Autores
Carvalho-neta, M.L. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO) ; Bétard, F. (UNIVERSITÉ PARIS DIDEROT) ; Côrrea, A.C.B. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO)
Resumo
Apresenta-se um mapeamento dos diferentes componentes da Geodiversidade do Geopark Araripe. O mapeamento, guiado pela definição de geodiversidade de Gray (2013), contempla representações das diversidades geológica, geomorfológica, pedológica e hidrológica. A cartografia foi gerada a partir de bases preexistentes, com escalas variáveis. Embora o crescente número de pesquisas relacionadas à geodiversidade do Geopark Araripe, a área ainda carecia de representações cartográficas que ilustrassem a diversidade de componentes da região. A diversidade geológica da área já é reconhecida e, as representações aqui apresentadas sobre a geomorfologia, pedologia e hidrologia, podem dar suporte para diferentes atividades na região, seja na orientação das visitas de geocientistas, sejam nas ações de planejamento.
Palavras chaves
Mapeamento; Geodiversidade; Geopark Araripe
Introdução
O trabalho apresenta um mapeamento dos diferentes componentes da Geodiversidade do Geopark Araripe. O recorte, localizado no sul do Ceará, compreendendo o território dos municípios de Crato, Juazeiro do Norte, Barbalha, Nova Olinda, Santana do Cariri e Missão Velha está inserido na Bacia Sedimentar do Araripe, a qual é apontada por Bétard et al (2017a) como um hotspot de geodiversidade. O Geopark Araripe integra a Rede Mundial de Geoparques-GGN e têm 9 geossítios prioritários para geoconservação e geoturismo, são eles: Colina do Horto, Cachoeira de Missão Velha, Floresta Petrificada do Cariri, Batateiras, Pedra Cariri, Parque dos Pterossauros, Riacho do Meio, Ponte de Pedra e Pontal de Santa Cruz. Alguns destes apresentam relevante interesse científico, como os geossítios Parque dos Pterossauros, Floresta Petrificada do Cariri e Pedra Cariri. Outros se destacam também por apresentar, além do interesse geológico, interesse histórico-cultural, como os geossítios Colina do Horto, Ponte de Pedra, Cachoeira de Missão Velha e Pontal de Santa Cruz; e outros pelo elevado interesse ecológico, como Riacho do Meio e o Batateiras (CEARÁ, 2012). Peulvast et al (2009) escrevem que, pelo menos cinco desses geossítios apresentam um importante valor geomorfológico, de onde se tem uma vista das depressões circundantes e de cânions encaixados (Horto, Arajara, Pontal de Santa Cruz) e de formas de dissecção espetaculares esculpidas nos sedimentos subjacentes (Missão Velha, Batateira). Brilha (2005) aponta que a geodiversidade consiste na diversidade de ambientes e elementos geológicos, geo¬morfológicos e pedológicos, incluindo as suas inter-relações que dão origem às paisagens que são o suporte da vida da Terra. Gray (2013) entende a Geodiversidade como o conjunto da diversidade geológica (rochas, minerais, fósseis), geomorfológica (relevo), pedológica (solo) e hidrológica (águas superficiais e subterrâneas), e todos os processos que os geram. O mapeamento aqui apresentado foi orientado por esta definição proposta por Gray (2013). Por conta da relevância geológica e paleontológica da bacia sedimentar do Araripe (Herzog et al, 2008), muitas pesquisas foram desenvolvidas sobre o tema na região, entre estas: Ponte e Appi (1990), Assine (1992; 2007), Neumann (1999), Castro et al (2006), Martill et al (2007), Carvalho et al (2012). No tocante à geomorfologia, destacam-se as pesquisas de Claudino- Sales e Peulvast (2007), Peulvast et al (2009), Ribeiro (2012), Peulvast e Bétard (2015), Lima (2015). Sobre a geodiversidade e os temas correlatos, aponta-se a contribuições de Herzog (2017), Bétard (2017), Bétard et al (2017a; 2017b), Ceará (2012), Lima (2011), entre outros. Herzog (2017) ilustra a geodiversidade da região do Araripe, fazendo referência ao Planalto sedimentar, como uma espécie de “oásis” encravado no semiárido nordestino. Esse território úmido e fértil, circundado pela aridez de seu entorno, deve suas características às altitudes elevadas e a uma rica reserva hidrológica, que o beneficia com numerosas fontes de água que irrompem nos contornos. Bétard (2017) alerta que o Geopark Araripe além de ser uma área de grande geodiversidade e também de forte pressão das ameaças relacionadas às formas de uso e ocupação, o que indica a necessidade de medidas urgentes de conservação sobre estes dois critérios. Uma medida interessante é a realização de estudos e metodologias de mapeamento e análises, qualitativa e/ou quantitativa, dessa geodiversidade. Com o propósito de suprir parte dessa carência, bem como instigar outros pesquisadores, apresentamos mapas representativos das diversidades geológica, geomorfológica, pedológica e hidrológica. A partir dessa cartografia, muitos questionamentos e atividades podem ser realizados, desde a descoberta dos locais de interesse por especialistas e/ou não especialistas, até o planejamento de ações, seja no sentido de explorar o potencial da geodiversidade do recorte e/ou salvaguardar as áreas mais vulneráveis.
Material e métodos
O mapeamento da geodiversidade do Geopark Araripe contemplou uma etapa de levantamentos bibliográficos e documental (busca de bases de dados cartográficos), seguida de elaboração e interpretação dos mapas temáticos. Diante da recente emergência da temática, a busca de bibliografia acerca da geodiversidade e temas relacionados foram realizados em periódicos e anais de eventos científicos. O mapeamento da geodiversidade do Geopark Araripe foi efetivado a partir de diferentes bases de dados. A representação da diversidade geológica foi extraída do Mapa Geológico do Estado do Ceará, na escala de 1:500.000, editado pela Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais-CPRM (CAVALCANTE et al, 2003). Informações complementares tiveram como fontes o Mapa de Geodiversidade do Estado do Ceará, também publicado pela CPRM, no ano de 2014 e a Carta Hidrogeológica do Brasil, na escala de 1:1.000.000, do ano de 2015. O mapa de diversidade geomorfológica contemplou um Modelo Digital de Elevação-MDE gerado a partir de dados Shuttle Radar Topography Mission-SRTM, resolução espacial de 30x30m e da atualização do Esboço geomorfológico do Geopark Araripe, na escala de 1:400.000 de Carvalho-Neta et al (2016). A representação da diversidade pedológica partiu do levantamento de reconhecimento de média intensidade dos solos da mesorregião do Sul Cearense, escala de 1:200.000, do ano de 2012 e dos dados de uso do solo do Zoneamento geoambiental do estado do Ceará, parte II - Mesorregião do Sul Cearense, ano 2006, na escala de 1:250.000, ambos publicados pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos-FUNCEME. A cartografia da diversidade hidrológica teve como referência a base cartográfica contínua para o território nacional, na escala 1:250.000 (BC250) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, versão de 2015. As bases cartográficas, de escalas variáveis, foram organizadas em ambiente de Sistema de Informação Geográfica-SIG, tendo sido manipuladas no software ArcGIS 10.1. Os mapas resultantes desta organização são apresentados na sequência.
Resultado e discussão
A partir definição de geodiversidade apresentada por Gray (2013) gerou-se 
mapas representativos dos seus diferentes componentes no recorte do Geopark 
Araripe (figura 1). A diversidade Geológica é ilustrada pela figura 2A. Os 
sedimentos cenozóicos, representados pelas argilas, areias argilosas 
cascalhos, os sedimentos argilo-arenosos e depositos de tálus, 
predominantemente, estão associados aos aluviões das planícies fluviais. As 
litologias mesozóicas e paleozóicas, associadas a Bacia Sedimentar do 
Araripe, estão representadas por uma associação de arenitos e conglomerados; 
margas, folhelhos e gipsitas; arenitos siltitos e folhelhos, e folhelhos, 
siltitos e arenitos; arenitos e conglomerados. Tratando dessas litologias, 
têm-se as Formações Exu, Santana, Missão Velha, Brejo Santo e Mauriti. A 
Formação Exu inclui arenitos médios a grosseiros, mal selecionado, de 
coloração avermelhada e com intercalações de níveis conglomeráticos. A 
Formação Santana é uma unidade dominantemente carbonática, de grande 
espessura e extensão territorial, constituída em sua porção basal por 
calcários laminados e margas. Sua porção média é dominada por calcário, 
gipsita, folhelhos negros e betuminosos, enquanto na parte superior 
predominam margas e folhelhos cinza-escuros. A Formação Missão Velha é 
constituída por arenitos grosseiros, friáveis, com baixo grau de cimentação 
e compactação, com elevadas porosidade primária e permeabilidade. A Formação 
Brejo Santo constitui-se predominantemente por folhelhos e siltitos, com 
intercalações de arenitos finos, argilosos de coloração avermelhada. A 
Formação Mauriti é constituída por arenitos finos a grossos, por vezes 
conglomeráticos, consolidados, no geral com alto grau de cimentação, 
compactação e fraturamentos. As litologias Pré-cambrianas são representadas 
por intrusões graníticas. Localmente, identifica-se os granitóides cinzentos 
da “Ponta da Serra” e da “Colina do Horto”, que são sítios de relevante 
interesse geológico e geomorfológico, sendo o segundo um 9 geossítios 
inventariados e abertos ao público. As rochas metamorfizadas, no contexto da 
Depressão Sertaneja, são representados por augernortognaisses graníticos, 
associações de micaxistos, gnaisses, metacalcários e micaxistos, 
ortognaisses tonalito-granodioritos e ortognaisses e restos de 
paraderivadas. Como observado, grande parte do território do Geopark Araripe 
está associado à Bacia  Sedimentar do Araripe, que como aponta Bacci et al 
(2009), é conhecida internacionalmente pela excepcional preservação e rico 
acervo paleontológico. O potencial para exploração de recursos minerais 
também é conhecido. Os principais recursos explorados são: os calcários 
laminados, os depósitos de gipsita e de argila e a água mineral. As jazidas 
de calcário laminado são exploradas para a construção civil, sendo utilizado 
comumente em pisos e revestimentos de paredes. Aponta-se também a 
importância dos depósitos de gipsita para a produção de gesso (fortemente 
explorado em Pernambuco). A exploração dos depósitos de argila ocorre, 
principalmente, para fins de produção de telhas e tijolos e no artesanato 
típico da região. (CEARA, 2012).  A representação da diversidade 
geomorfológica do Geopark Araripe  é ilustrada nas figuras 1 e 2B. 
Analisando a topografia do recorte (figura 1), identifica-se altitudes 
variando entre 280m e 970 metros. As altitudes mais elevadas são referentes 
ao Planalto Sedimentar do Araripe. As regiões de altitudes menos elevadas 
estão associadas a Depressão periférica. Tratando das unidades 
geomorfológicas (figura 2B) identificam-se dois domínios morfoestruturais: o 
Planalto Sedimentar do Araripe e a Depressão Periférica. A partir destas, 
foram definidas oito unidades geomorfológicas. O Planalto Sedimentar do 
Araripe trata-se de uma vasta mesa de formato alongado, com eixo maior de 
direção aproximada ENE-WSW. Associadas a esta morfoestrutura, mapeou-se as 
seguintes unidades: Cimeira estrutural; Escarpa rochosa e Encosta. Na 
morfoestrutura Depressão periférica, foram diferenciadas as unidades Maciço 
residual e em cristas; Superfície colinosa; Inselbergues; Pedimento 
dissecado e Planície aluvial. Informaçoes detalhadas desse mapeamento podem 
ser consultadas em Carvalho-Neta et al (2016). Na encosta do Planalto 
Sedimentar do Araripe, identificam-se muitas cicatrizes de escorregamentos. 
Essas feições ficam evidentes no terreno quando ocorrem movimentos de massa, 
diferenciando-se pela forma no plano de ruptura. Essas cicatrizes foram 
mapeadas no setor leste do planalto por Peulvast et al (2011). Informações 
detalhadas sobre o relevo da região são apresentadas por Peulvast e Bétard 
(2015), Lima (2015) e Ribeiro (2012). O mapa de diversidade pedológica é 
apresentdo na figura 3A. Os Argissolos são desenvolvidos de rochas 
sedimentares (arenitos) referentes às Formações Exu, Santana e Mauriti e 
também de Xistos, Gnaisses e Migmatitos referentes ao Pré-Cambriano. Tratam-
se de solos com elevado potencial agrícola, com bons atributos físicos e 
morfológicos para a agricultura, mas têm alta susceptibilidade à erosão. Os 
Latossolos apresentam boa expressão geográfica na Chapada do Araripe, sendo 
desenvolvidos predominantemente nas Formações Exu e Missão Velha. Os 
Neossolos Litólicos,  apresentam um conjunto de atributos restritivos ao uso 
agrícola que ainda são agravados pelo déficit hídrico regional e pela má 
distribuição das chuvas na quadra invernosa. O material de origem dos 
Neossolos Quatzarênicos, na região, está correlacionado com arenitos ou com 
sedimentos arenoquartzosos de coberturas cenozóicas. Os Neossolos Flúvicos 
restringem-se às faixas de deposições junto às margens dos cursos d’água, e 
estão intensamente cultivados. Os Nitossolos em geral possuem média a alta 
fertilidade natural, boas condições físicas, bem drenados e sem maiores 
restrições quanto ao uso de máquinas agrícolas nas áreas de relevo menos 
acidentado. Apresentam baixa susceptibilidade á erosão, principalmente 
quando em relevo plano e suave ondulado. A principal limitação quanto ao uso 
agrícola decorre do elevado déficit hídrico nas áreas onde ocorrem. 
Atualmente estão bastante cultivados com culturas de ciclo longo e curto, 
observando-se em alguns trechos, sinais de degradação devido ao uso das 
terras sem práticas conservacionistas, principalmente quando em relevos mais 
declivosos. Os Vertissolos Háplicos são solos bastante susceptíveis a 
erosão. Apresentam drenagem imperfeita, com lenta a muito lenta 
permeabilidade, sendo, portanto, solos bastante susceptíveis à erosão. 
(FUNCEME, 2012). A análise da figura 3B nos permite refletir sobre pela 
pressão sofrida pela geodiversidade da área apontadas por Bétard (2017). A 
figura 3B apresenta informações sobre os tipos vegetacionais e as formas de 
uso do solo. Identifica-se o limite da Floresta Nacional do Araripe, bem 
como da Área de Proteção Ambiental da Chapada do Araripe, bem como a mancha 
urbana das cidades de Juazeiro do Norte, Crato e Barbalha. A cartografia da 
diversidade hidrológica do Geopark Araripe é apresentado na figura 4. Os 
cursos fluviais foram hierarquizados à partir da proposta de Strahler 
(1952). Os principais cursos fluviais que drenam o referido Geopark são: 
Rios Cariús, Batateiras e Salamanca. A área é, ainda, drenada por inúmeros 
riachos (figura 4A). No contexto da representatividade das bacias 
hidrográficas, destacamos que o território do Geopark Araripe integra duas 
bacias do Ceará: a Bacia do Salgado e a do Alto Jaguaribe. Tratando da 
hidrogeologia, embora a figura 4B apresente informações quanto a baixa 
potencialidade da Formação Santana e do setor de terreno cristalino, dentro 
do contexto Cearense, a área apresenta o mais importante sistema aquífero do 
Estado, com as melhores unidades armazenadoras de águas subterrâneas 
(VERÍSSIMO et al, 2008).

Localização do Geopark Araripe e dos seus geossítios e Hipsometria da área
2A Diversidade geológica do Geopark Araripe. 2B Diversidade geomorfológica do Geopark Araripe

3A Diversidade pedológica do Geopark Araripe. 3B Diversidade vegetacional e formas de uso do solo do Geopark Araripe

Diversidade hidrológica do Geopark Araripe. 4A Hierarquia da rede de drenagem a partir da metodologia de Strahler (1952).4B Potencial hidrogeológico
Considerações Finais
O mapeamento dos diferentes componentes da geodiversidade do Geopark Araripe constata a alta diversidade apontada por outros autores. Essa riqueza de geodiversidade, além da forte pressão que a área recebe por conta das formas de uso do solo, são fatos que devem ser considerados para o desenvolvimento de atividades de geoconservação. As bases cartográficas utilizadas no presente mapeamento atenderam às expectativas iniciais de gerar produtos cartográficos que suprissem parte da carência de cartografias do recorte. Constata-se que a geodiversidade do Geopark não é apenas geológica e paleontológica. O mapeamento aqui apresentado também revela uma grande diversidade geomorfológica, pedológica e hidrológica. Este mapeamento qualitativo servirá como base para uma avaliação quantitativa da geodiversidade, bem como das ameaças à geodiversidade do território do Geopark Araripe e adjacências (trabalhos em andamento).
Agradecimentos
À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior-CAPES pela concessão de bolsa de Doutorado Sanduíche no Exterior-PDSE (Processo n° 88881.133740/2016-01); Ao Pôle de Recherche pour l'Organisation et la Diffusion de l'Information Géographique-PRODIG, pela acolhida para o Doutorado Sanduiche; À Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico-FUNCAP, pelo apoio financeiro à pesquisa.
Referências
ASSINE, M. L. Análise estratigráfica da Bacia do Araripe, Nordeste do Brasil. Revista Brasileira de Geociências, São Paulo, v 22, n. 3, p. 289-300. 1992.
______. Bacia do Araripe. Boletim de Geociências da Petrobrás. Rio de Janeiro, v. 15, n. 2, p. 371-389, maio/nov. 2007.
BACCI, D. de La C. PIRANHA, J. M. BOGGIANI, P. C. DEL LAMA, E. A. TEIXEIRA, W.  Geoparque - Estratégia de Geoconservação e Projetos Educacionais. Revista do Instituto de Geociências-USP. Geol. USP, Publ. espec., São Paulo, v. 5, p. 7-15, outubro 2009. 
BÉTARD, F. Géodiversité, biodiversité et patrimoines environnementaux. De la connaissance à la conservation et à la valorisation. Mémoire d'Habilitation à Diriger des Recherches, Université Paris-Diderot: Paris, 2017. 2 volumes, 270 p. e 316p.
______. PEULVAST J-P. ; MAGALHÃES, A.O. ; CARVALHO-NETA, M. L. ; FREITAS, F.I. Araripe Basin: A Major Geodiversity Hotspot in Brazil. Geoheritage, 2017a. doi:10.1007/s12371-017-0232-5.  
______. PEULVAST, J-P., MAGALHÃES, A. O., FREITAS, F. I. Géopatrimoine et biopatrimoine, à la croisée entre conservation et développement. Une approche des trajectoires patrimoniales dans le Cariri du Ceará (Nordeste brésilien). Annales de Géographie, 717, 2017b, 544-565.
BRANDÃO, R. de L. FREITAS, L. C. B. (Org.) Geodiversidade do estado do Ceará. Fortaleza: CPRM, 2014. 214 p. Disponível em: www.cprm.gov.br
BRILHA, J. Patrimônio Geológico e Geoconservação: a conservação da natureza na sua vertente geológica. Palimage: Braga, 2005.
CARVALHO, I. de S.; FREITAS, F. I.; NEUMANN, V. Chapada do Araripe. In: HASUI, Y. et al (Org.). Geologia do Brasil. São Paulo: Beca, 2012. 510-513p.
CARVALHO NETA, M. de L.; CORREA, A. C. B. ; SILVA, D. G. . Esboço Geomorfológico do Geopark Araripe/CE como ferramenta para a Geoconservação. In: XI Simpósio Nacional de Geomorfologia-SINAGEO, 2016, Maringá. Anais do XI Simpósio Nacional de Geomorfologia - SINAGEO, 2016. v. único.
CASTRO, J. C. de. VALENCA, L. M. M.; NEUMAN, V. H. Ciclos e sequências deposicionais das formações Rio da Batateira e Santana (Andar Alagoas), Bacia do Araripe, Brasil. Geociências. São Paulo: UNESP, v. 25, n. 3, p. 289-296, 2006.
CAVALCANTE, J. C.; VASCONCELOS, A. M.; MEDEIROS, M. de F.; PAIVA, I. G. Mapa geológico do estado do Ceará. Fortaleza: CPRM, 2003.
CEARÁ. Geopark Araripe: Histórias da Terra, do Meio Ambiente e da Cultura.  Programa Cidades do Ceará – Cariri Central, Secretaria das Cidades. Fortaleza: 2012.
CLAUDINO- SALES, V. PEULVAST. J. P. Evolução morfoestrutural do relevo da margem continental do Estado do Ceará, Nordeste do Brasil. Caminhos de Geografia, Uberlândia v. 7, n. 20. 2007. 
CPRM. Projeto de disponibilidade hídrica do Brasil - Carta Hidrogeológica – Folha SB.24 Jaguaribe. Rio de Janeiro: CPRM, 2015.
FUNCEME, Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos. Zoneamento geoambiental do estado do Ceará: parte II mesorregião do sul cearense. FUNCEME: Fortaleza, 2006. 132p. Mapas escala 1:250.000.
______. Levantamento de reconhecimento de média intensidade dos solos da Mesorregião do Sul Cearense. MAPAS. Fortaleza, 2012. 98p.
______. Levantamento de reconhecimento de média intensidade dos solos da Mesorregião do Sul Cearense. Fortaleza, 2012. 280p.
GRAY, M. Geodiversity: valuing and conserving abiotic nature. John Wiley & Sons, 2ª Ed. 2013. 
HERZOG, A. L. Paisagens Geológicas e Geoparques: o Geoparque Araripe. In: MONGELLI, M. de M.; CASTRIOTA, L. B. (Editores). 1º Colóquio Ibero-americano Paisagem Cultural, Patrimônio e Projeto, Edition: 1a, Chapter: IV Parte, Publisher: IPHAN, 2017. pp.420-435.
______. SALES, A., HILLMER, G. The UNESCO Araripe Geopark: A Short Story of the Evolution of Life, Rocks and Continents. Expressão Gráfica e Editora, Fortaleza, 2008.
IBGE. Base Cartográfica Contínua do Brasil 1: 250 000 – BC250. 2ª Ed.  - versão digital com banco de dados geográfico. Instituto Brasileiro de Geografia e estatística – IBGE: Rio de Janeiro, 2015. 
LIMA, F. J. de. Evolução geomorfológica e reconstrução paleoambiental do setor subúmido do Planalto Sedimentar do Araripe: um estudo a partir dos depósitos coluviais localizados nos municípios de Crato e Barbalha-Ceará (Tese de Doutorado). Programa de Pós-Graduação em Geografia da UFPE – PPGEO/UFPE: Recife, 2015. 192 p.
LIMA, F. F. de. Diagnóstico do Patrimônio Geológico do Geopark Araripe no âmbito do Projeto de Desenvolvimento Econômico Regional do Ceará. Governo do Estado do Ceará: Crato, 2011.
MARTILL, D.M., BECHLY, G., LOVERIDGE, R.F. The Crato Fossil Beds of Brazil: Window into an Ancient World. Cambridge University Press, Cambridge, 2007. 
NEUMANN, V.H.M.L. Estratigrafia, Sedimentologia, Geoquímica y Diagénese de los Sistemas Lacustres Aptiense Albiense de la Cuenca de Araripe (Nordeste do Brasil). Tese de doutorado, Pós-graduação em Estratigrafía y Paleontología, Departamento de Geoquímica, Petrologia y Prospección Geológica. Universidad de Barcelona, 1999. 233p.
PEULVAST, J-P., BÉTARD, F. A history of basin inversion, scarp retreat and shallow denudation: the Araripe basin as a keystone for understanding long-term landscape evolution in NE Brazil. Geomorphology, 233, 2015. pp. 20-40.  
______. MAGALHÃES, A.O. ; FREITAS, F.I. ; BÉTARD, F. Le Géoparc Araripe (Nordeste brésilien): des sites géomorphologiques majeurs par-delà le “Cretacic Park”. Géomorphosites 2009: imagerie, inventaire, mise en valeur et vulgarisation du patrimoine géomorphologique, 10-12 juin 2009, Paris, communication orale.
RIBEIRO, S. C. Etnogeomorfologia sertaneja - proposta de classificação das paisagens da sub-bacia do rio Salgado/CE (Tese de Doutorado). Programa de Pós-graduação em Geografia da UFRJ. Rio de Janeiro: UFRJ/PPGG, 2012. 278 p.
VERÍSSIMO, L. S.; AGUIAR, R. B. de. Hidrogeologia da Porção Oriental da Bacia Sedimentar do Araripe. Relatório Diagnóstico do Estado-da-Arte. Fortaleza: FINEP/CPRM/UFC, 2005.
