Autores
- SHIRLEY MANERA BALASTRELLIUNIOESTEEmail: shirleymanerabalastrelli@gmail.com
 - MARGA ELIZ PONTELLIUNIOESTEEmail: margapontelli@gmail.com
 
Resumo
A evolução do relevo baseia-se no reconhecimento e descrição das formações 
superficiais ou materiais inconsolidados. Nesse sentido, a geomorfologia 
contribui diretamente para a compreensão da dinâmica das distintas paisagens no 
Quaternário. Na região do Planalto Basáltico Sul-Brasileiro, pesquisas vêm sendo 
realizadas a fim de conhecer os processos vinculados a gênese de formações 
superficiais. Os resultados evidenciam, principalmente, formações superficiais 
oxídicas com materiais parentais poligenéticos - alóctones e autóctones, cujas 
características químicas e mineralógicas remetem a distintas evoluções 
pedogeoquímicas. No setor do Alto Uruguai, em divisor local entre as bacias dos 
rios da Várzea e Fortaleza – superfície geomórfica de Boa Vista das Missões, 
ocorrem formações superficiais compostas por materiais latossólicos, de cor 
bruna, com presença de linha de pedras na transição do solum para alterita. Os 
fragmentos da linha de pedras correspondem a seixos oligomíticos (ferruginosos) 
suportados e, fisicamente, individualizam perfil latossólico composto por “raíz” 
de alteração autóctone e solum composto por colúvios indiferenciados, ou seja, 
alóctone. A mineralogia obtida pela Difração de Raios-X revela presença de: 
filossilicatos 1:1 tipo Caulinita; óxidos de Fe – Goethita, Hematita, Maghemita; 
óxidos de Ti/Fe – Ilmenita e Ti - Rutilo; óxidos de Al – Gibbsita, além do 
mineral primário Quartzo. Essa assembleia mineralógica revela atuação da 
hidrólise, especificamente a monossialitização, indicando tratar-se de materiais 
muito evoluídos, relacionados a fase pedogeoquímica de ferralitização das 
formações superficiais. Quando comparado com mineralogia de formações 
superficiais, também latossólicas, situadas no Planalto das Araucárias (SW do PR 
e W de SC), verifica-se que embora essas apresentem grau elevado de evolução dos 
materiais, ainda não se encontram na fase de ferralitização.
Palavras chaves
Formações superficiais  ; Mineralogia de argilas; Ferralitização








 









 