Autores
- LETÍCIA COSTA PARANAIBAICHPO/UFUEmail: leticiacostaparanaiba@gmail.com
 - LEDA CORREIA PEDRO MIYAZAKIICHPO/UFUEmail: lecpgeo@gmail.com
 
Resumo
O objetivo deste trabalho foi elaborar um mapeamento dos compartimentos 
geomorfológicos do município de Ituiutaba-MG para subsidiar a ocupação do relevo 
para fins de planejamento ambiental. Os procedimentos metodológicos utilizados 
foram: revisão bibliográfica, método do anáglifo, fotointerpretação de imagens 
de 
satélite, trabalho de campo. Para tanto, foram utilizados programas gratuitos, o 
Google Earth Pró, Stereophoto Maker e o Qgis. O resultado obtido foi 
satisfatório, 
pois permitiu elaborar um mapa inédito dos compartimentos geomorfológico do 
município de Ituiutaba. Dessa forma, foram identificados três compartimentos: os 
domínios dos topos, os domínios das vertentes e os fundos de vale. Além disso 
foram 
identificadas algumas feições geomorfológicas e hídricas. Vale ressaltar que o 
mapeamento do relevo é um produto cartográfico fundamental para subsidiar o 
planejamento ambiental do município, uma vez que as áreas mais adequadas para 
ocupação são os domínios de topos amplos.
Palavras chaves
Mapeamento; Compartimentos; Feições; Relevo; Planejamento
Introdução
Atualmente o mapeamento geomorfológico é um produto cartográfico bastante 
importante 
para subsidiar o planejamento de determinadas áreas, assim como o diagnóstico, o 
ordenamento e a gestão do território. Principalmente devido a questão ambiental, 
que 
tem sido tema de debates fervorosos nos últimos anos em diversos meios de 
comunicação. Esta questão é decorrente do avanço do desmatamento, das queimadas 
entre outros impactos. 
Segundo Cunha e Queiroz (2012), para que o planejamento seja efetivo é 
necessário a 
realização de um inventário dos aspectos físicos do território que será 
gerenciado. 
Assim, o relevo e a espacialização são um dos principais aspectos físicos que 
fundamenta os relatórios técnicos (EIA, RIMA, Diagnóstico ambiental), que 
analisa as 
suas características e processos, sendo muito relevante para a elaboração de um 
planejamento e a gestão ambiental.
Autores como Griffits e Abraham (2008) destacam a importância dos mapeamentos 
geomorfológicos para fins de planejamento, uma vez que é por meio dele que a 
compreensão das morfologias e os aspectos da atuação de processos do passado e 
presente são enfatizados, permitindo compreender e/ou levantar hipóteses de como 
as 
paisagens contemporâneas se formaram.
Em relação a questão das morfologias que são mapeadas é importante conhecer 
aspectos 
da morfodinâmica, que pode ser feito através dos registos e marcas na paisagem. 
Para 
Florenzano (2008, p. 23) a morfodinâmica trata-se dos “processos atuais 
(ativos), 
endógenos e exógenos que atuam nas formas de relevo”. Pode-se dizer que a 
morfodinâmica se caracteriza como o estudo da interação entre a morfologia e os 
processos responsáveis pela esculturação da superfície terrestre. No sentido de 
contribuir e identificar aspectos da morfodinâmica de um determinado local, a 
cartografia geomorfológica por meio da elaboração do mapeamento dos 
compartimentos 
geomorfológicos pode fornecer uma série de informações relevantes para a tomada 
de 
decisão e fundamentar políticas públicas de ocupação de áreas. 
Para Casseti (2005, p. 1), “a Cartografia Geomorfológica se constitui em 
importante 
instrumento na espacialização dos fatos geomorfológicos, permitindo representar 
a 
gênese das formas do relevo e suas relações com a estrutura e processos, bem 
como 
com a própria dinâmica dos processos, considerando suas particularidades.” 
Corroborando com o autor supracitado, Nunes (2002), Nunes, Freire e Perez 
(2006), 
Nunes e Fushimi (2010) e Nunes et al (2012), afirmam que o mapa geomorfológico é 
uma 
importante ferramenta na pesquisa do relevo, contribuindo em estudos de 
diagnósticos 
e prognósticos para áreas urbanas e rurais. 
Para se elaborar um mapeamento geomorfológico, pode-se utilizar, dentre as 
diversas 
técnicas e métodos existentes, aquela que melhor represente a área de interesse 
do 
mapeador. Nesse sentido, o método do anáglifo associado a estereoscopia digital 
e a 
fotointerpretação contribuem de forma efetiva para o estudo do relevo e sua 
representação espacial. 
O anáglifo consiste na obtenção da tridimensionalidade de um determinado objeto 
através da atribuição de falsas cores (vermelhas e azuis) a duas imagens 
capturadas 
de perspectivas diferentes (FITZ 2008). E através da estereoscopia digital é 
possível a percepção visual em três dimensões. A fotointerpretação é a “técnica 
empregada na interpretação de fotografias aéreas com objetivo de realizar um 
mapeamento” (TEIXEIRA, CHRISTOFOLETTI, p. 181). Também é reconhecida como a arte 
de 
examinar as imagens dos objetos nas fotografias e de deduzir a sua significação 
(MARCHETTI, GARCIA, 1989). Essas são técnicas importantes para a espacialização 
dos 
compartimentos geomorfológicos e atualmente são utilizadas na cartografia 
geomorfológica digital.
Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi elaborar um mapeamento dos 
compartimentos 
geomorfológicos do município de Ituiutaba-MG para subsidiar a ocupação do relevo 
para fins de planejamento ambiental.
Material e métodos
A primeira etapa de execução envolveu a pesquisa e revisão bibliográfica, no 
qual 
abordou-se os seguintes conceitos: relevo, mapeamento, cartográfica 
geomorfológica, 
morfodinâmica, planejamento ambiental, impactos, anáglifo, fotointerpretação, 
entre 
outros. Foram utilizados sites e bibliotecas para consulta de artigos 
científicos, 
livros, dicionários, monografias e teses virtuais e bases cartográficas. Dessa 
forma, todas as literaturas embasaram o referencial teórico-metodológico da 
pesquisa.
A segunda etapa envolveu os trabalhos de campo a fim de averiguar os dados e 
informações espaciais obtidos no trabalho de gabinete. Nesse sentido, foi 
possível a 
realização de três trabalhos de campo, no qual pode-se observar e registrar, com 
câmera fotográfica, as feições geomorfológicas, hídricas e algumas erosões 
lineares 
(ravinas e voçorocas), além das anotações realizadas em caderneta de campo 
A terceira etapa envolveu a elaboração do mapa dos compartimentos 
geomorfológicos do 
município de Ituiutaba-MG. Primeiramente foi necessário preparar as imagens do 
Google Earth Pró, no qual foram configuradas no programa e capturados pares de 
imagens de uma mesma área, mas de pontos de vista diferentes. Para a geração do 
mapa 
geomorfológico com um nível de detalhamento do município, foram selecionados 10 
recortes, no qual foram capturadas duas imagens para formar o par estereoscópico 
(FUSHIMI, NUNES, 2010). Em seguida, os pares de imagens foram levadas para o 
programa StereoPhoto Maker, no qual foram inseridas as imagens esquerda e 
direita, 
uma com a cor vermelha e a outra com a cor azul (falsa cor). E posteriormente, 
foram 
corrigidas e ajustadas no aplicativo que gerou as imagens anáglifo, conforme 
metodologia de Pedro Miyazaki (2017) e Pedro Miyazaki, Venceslau (2019). Com a 
utilização dos óculos 3D com lentes azul e vermelho, o próximo passo foi o 
georreferenciamento de cada anáglifo no programa QGIS (versão 3.16). Com o 
auxílio do Google 
Earth 
Pró e dos óculos 3D, foram adicionados 15 pontos no anáglifo através da 
ferramenta 
de “georrefenciador” no QGIS. Assim, os pontos foram adicionados no Google Earth 
Pró, em seguida foram extraídas as coordenadas UTM. A próxima etapa contemplou o 
acréscimo dos pontos no anáglifo com suas respectivas coordenadas. 
Posteriormente, 
para ter uma melhor precisão no georreferenciamento, as coordenadas foram 
ajustadas 
para que o erro fosse inferior a 1, em seguida realizou-se o processamento e a 
criação do anáglifo georreferenciado. Vale ressaltar que todos os programas e as 
imagens utilizadas estão disponíveis gratuitamente.
Por fim, foi feito o mosaico de todos os 10 anáglifos. Ainda com a utilização 
dos 
óculos 3D, foram utilizadas técnicas de fotointerpretação, utilizando as chaves 
de 
interpretação, tais como forma, tonalidade, padrão, rugosidade conforme 
Marchetti e 
Garcia (1989). Com isso foi possível delimitar os compartimentos do relevo, 
identificar as feições geomorfológicas entre outras. A primeira feição 
delimitada 
foi a rede de drenagem (cursos d’água e canais de escoamento), seguido pelos 
divisores de água, que servem de base para a delimitação dos domínios dos topos 
e 
das vertentes. Após isso, delimitou-se as cabeceiras de drenagem e anfiteatros, 
as 
planícies aluviais e alvéolos, as morfologias de fundos de vale em V e em berço, 
além das vertentes côncavas, convexas e retilíneas.
Resultado e discussão
O município de Ituiutaba (figura 1) se localiza na região geográfica imediata de 
Ituiutaba no estado de Minas Gerais e de acordo com o Censo Demográfico do 
Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010, o município possui 97.171 
habitantes e uma unidade territorial de 2.598,046 km. Essa área se encontra no 
Domínio Morfoclimático do Cerrado e, portanto, possui duas estações climáticas 
bem 
definidas, sendo quente e chuvoso nas estações primavera e verão e frio e seco 
nas 
estações outono e inverno. 
Figura 1. Localização do Município de Ituiutaba-MG
 
Org: PARANAIBA, L. C. (2021)
A morfoestrutura da área é composta por rochas do Grupo Bauru da Formação 
Adamantina 
e Marília e do Grupo São Bento da Formação Serra Geral. Os solos existentes no 
município são os Latossolo Vermelho, Argissolo Vermelho-Amarelo e Cambissolo 
Háplico. E em relação a morfoescultura é caracterizado como colinas suavemente 
onduladas (PEDRO MIYAZAKI, 2018). 
O resultado da pesquisa foi satisfatório, uma vez que permitiu elaborar um mapa 
inédito e completo dos compartimentos geomorfológicos do município de Ituiutaba-
MG 
(figura 2). Sendo assim, foram identificados e delimitados três compartimentos 
geomorfológicos: os domínios dos topos, os domínios das vertentes e os fundos de 
vale. 
Figura 2. Mapa geomorfológico do município de Ituiutaba-MG
 
Org: PARANAIBA, L. C. (2021)
O Domínio dos Topos, é a parte mais elevada do relevo, sendo marcado pelas 
colinas 
suavemente onduladas e relevos tabuliformes. A primeira morfologia é 
caracterizada 
por não possuir grandes variações altimétricas e por possuir topos mais amplos, 
arredondados e suaves. A segunda morfologia é caracterizada por ter uma 
superfície 
horizontal plana e uniforme, ou seja, chapada e que se ramifica por longas 
distâncias. No caso do município de Ituiutaba, essa segunda morfologia é 
encontrada 
nos divisores de água. Em relação aos processos morfodinâmicos é possível 
encontrar 
registros nas paisagens geomorfológica, no caso do domínio dos topos das colinas 
são 
visíveis marcas da ação de denudação com a manifestação de algumas erosões 
lineares 
em forma de ravinas e voçorocas, também encontrados nos topos dos relevos 
tabuliformes.
O Domínio das Vertentes, é composta por comprimentos de rampa suaves e 
almondegados 
com pouca declividade associados ao relevo de colinas e comprimentos de rampas 
curtos e com declive acentuados encontrados junto aos relevos tabuliformes. Em 
relação a forma da rampa, foi possível identificar três morfologias: as 
vertentes 
côncavas, convexas e retilíneas. A primeira é assinalada por se localizar 
próxima a 
nascentes e por apresentar uma maior susceptibilidade à erosão devido à maior 
velocidade da água que escoa por ela. A segunda é caracterizada por ser 
dispersora 
de águas pluviais e por possuir solos mais profundos favorecendo a presença de 
vegetação e atividades agrícolas. E a terceira é marcada por contribuir para uma 
melhor fluidez e drenagem das águas pluviais, porém isso acarreta solos mais 
rasos 
devido ao escoamento superficial acelerado não permitindo a infiltração gradual 
das 
águas pluviais. As marcas encontradas na paisagem geomorfológica referente a 
ação da 
morfodinâmica foram encontrados nas vertentes íngremes dos relevos tabuliformes, 
cujos depósitos de tálus e os colúvios são formas que demonstram como os 
processos 
responsáveis pela esculturação do relevo estão atuando. 
Em relação ao uso de ocupação dos Domínios dos Topos e Domínios das Vertentes, a 
agricultura e pastagens são as atividades mais predominantes do município, sendo 
a 
segunda mais intensa do que a primeira. Essas atividades quando má administradas 
acarretam impactos ambientais que podem ou não ser reversivos. A agricultura, 
por 
exemplo, apesar de ser uma atividade fundamental para a produção de alimentos, 
pode 
gerar desmatamento, resultando na perda de habitats naturais e da 
biodiversidade. 
Além disso, gera a contaminação da água através do uso de fertilizantes afetando 
a 
qualidade da água e a saúde humana, quando não há boas práticas de manejo das 
terras 
agrícolas. A pastagem, por exemplo, é um ciclo vicioso de impactos que geram 
outros 
problemas ambientais, uma vez que, a compactação do solo através do pisoteio do 
gado 
contribui para a geração de erosão linear do solo, que desprende, em seguida 
carreia 
e deposita sedimentos nas áreas mais baixa do relevo, contribuindo assim para o 
assoreamento dos rios em consequência do escoamento superficial concentrado das 
águas pluviais. Lembrando que uma pastagem degradada também contribui para a 
geração 
de impactos vinculados a perda de solo. Esse domínio é recomendado para 
ocupação, 
principalmente em locais onde o topo é amplo e com declividade suave.
Os fundos de vale, representados pela rede de drenagem em V e em berço são as 
partes 
mais baixas do relevo, drenando uma determinada área. Eles são compostos por 
canais 
fluviais, canais de escoamento, represas e lagos. Pode-se encontrar resquícios 
de 
mata ciliar, principalmente junto as nascentes. Os fundos de vale em V são 
encontrados em áreas mais a montante, sendo mais encaixados e com uma capacidade 
de 
erodir o relevo, enquanto os fundos de vale em berço são encontrados em 
ambientes 
com planícies aluviais, ou seja, áreas onde há uma umidade constante com 
morfologia 
bastante plana, o que caracteriza como área de deposição de sedimentos.
A morfodinâmica deste compartimento é marcado pela ação dos canais fluviais, 
principalmente nas áreas onde ocorrem as enchentes e inundações, uma vez que o 
fundo 
de vale é modelado pela ação fluvial, dando origem as morfologias de planícies 
aluviais, solapamento de borda dos canais sem a mata ciliar, etc.
O município de Ituiutaba possui uma vasta rede de drenagem e três grandes canais 
fluviais que são de suma importância para a rede de drenagem do município: o Rio 
Tijuco, Rio da Prata e Ribeirão São Lourenço. Esse último canal fluvial é fonte 
de 
captação de água para o tratamento e abastecimento urbano, porém, quando ocorre 
os 
períodos de seca, o ribeirão sofre com a redução de sua vazão. Com isso, há 
necessidade de captar água em outra fonte, sendo necessário captar do Rio 
Tijuco. 
Além disso, a cidade de Ituiutaba é cortada por três córregos que desaguam no 
Rio 
Tijuco: o Córrego do Carmo, Córrego do Pirapitinga e o Córrego São José que 
influenciam e sofrem pressão com a expansão territorial urbana. 
Além dos compartimentos geomorfológicos, no mapa foram identificadas outras 
feições 
geomorfológicas, como os divisores de águas e as cabeceiras de drenagem em 
anfiteatro. Os divisores de água são linhas que separam duas bacias 
hidrográficas, 
ou seja, marcam a separação das águas que escoam para diferentes fundos de vale. 
Além disso, estão associados aos Domínio dos Topos. Enquanto, as cabeceiras de 
drenagem em anfiteatro, representadas são caracterizados por abrigarem as 
nascentes 
dos cursos d’água. Elas são importantes, pois são fontes de água para a fauna e 
a 
flora local, além de abastecerem rios, córregos e ribeirões que podem ser usados 
para a fonte de captação de água para o abastecimento urbano e rural, irrigação 
e a 
geração de energia hidrelétrica. 
Em relação aos divisores de água, estes estão associados aos Domínios dos Topos, 
ou 
seja, neles podemos encontrar atividades agrossilvopastoril. As cabeceiras de 
drenagem em anfiteatro são feições geomorfológicas de extrema importância e que 
devem ser preservadas, pois abrigam as nascentes dos canais fluviais. Porém, no 
município é comum principalmente nos meses de seca a incidência de queimadas, 
destruindo vegetações nativas dentro de Áreas de Preservação Permanente (APP). 
Portanto, essa feição geomorfológica juntamente com as nascentes deve ser 
preservada.


Considerações Finais
Com os resultados obtidos a partir da elaboração do mapa geomorfológico e da 
análise 
da morfodinâmica do município de Ituiutaba-MG conclui-se que no município 
predomina 
o relevo de colinas suaves e onduladas, sendo formado e modelado principalmente 
por 
agentes exógenos. Assim, os mapeamentos geomorfológicos com recorte espacial dos 
municípios fornecem dados e informações espaciais sobre características dos 
terrenos 
subsidiando o planejamento municipal.
Verificou-se que a forma de relevo mais apropriada para ocupação da malha urbana 
da 
cidade são os topos amplos suaves e ondulados do relevo de colina, no entanto, 
algumas cabeceiras de drenagem em anfiteatro ´possuem nascentes importantes para 
abastecer a rede de drenagem nas bacias hidrográficas do município, com destaque 
para a bacia do Ribeirão São Lourenço, principal manancial que abastece a área 
urbana do município de Ituiutaba.
As vertentes dos relevos residuais, por apresentar uma morfologia bastante 
acentuada 
com exposição de rocha sedimentar e solos muito rasos, são áreas que necessitam 
de 
proteção, pois apresentam-se instáveis e com vegetação típica do cerrado.
As planícies de inundação, ou seja, as veredas são áreas geomorfológicamente que 
precisam ser recuperadas, uma vez que estão sendo degradadas devido a ocupação, 
que 
não considera os processos morfodinâmicos que ocorrem nessas áreas mal drenadas 
e 
com solos bastante orgânico. As veredas vêm sendo drenadas e desmatadas, devido 
ao 
cultivo de determinadas culturas nessas áreas. 
Dessa forma, espera-se que esse produto cartográfico possa subsidiar o 
planejamento, 
uma vez que o mapa geomorfológico pode apontar/orientar áreas vulneráveis a 
determinados tipos de ocupação, evitando e/ou mitigando os impactos ambientais.
Agradecimentos
Agrademos ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), 
pela 
bolsa de iniciação científica que possibilitou a dedicação integral a pesquisa. 
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