Autores
- MÁRCIO SILVAUNIVERSIDADE FEDERAL DO ACREEmail: silva.marcio@sou.ufac.br
 - JOÃO VITORUNIVERSIDADE FEDERAL DO ACREEmail: joao.negreiros@sou.ufac.br
 - SOLANGE PEREIRAUNIVERSIDADE FEDERAL DO ACREEmail: solange.moraes@sou.ufac.br
 - WALDEMIR LIMAUNIVERSIDADE FEDERAL DO ACREEmail: waldemir.santos@ufac.br
 
Resumo
O objetivo da pesquisa é identificar as áreas de risco hidrogeomorfológico no 
Estado do Acre nos núcleos urbanos de Xapuri, Epitaciolândia e Brasileia, ambos 
da regional do Alto Acre. Analisou-se a suscetibilidade ao risco, através das 
variáveis: declividade, rede de drenagem, solos, relevo e litologia, com a 
sobreposição de imagens do satélite CEBRS 4A com 8 m  de resolução, escala 1: 
53000. Para a mancha urbana analisou-se imagens de 1990, 2010 e 2021, do 
satélite Landsat 5 e 7. Com ida a campo, localizou-se as áreas potenciais de 
risco. De 1990 a 2021  Xapuri cresceu a mancha urbana em  3,38 vezes  (84,7 ha 
para 520 ha); Epitaciolândia 1,1 vezes (267 ha para 755 ha); e Brasileia 0,83 
(410 ha  para 826 ha), e as áreas de risco acrescidas em 4, 8 e 5, 
respectivamente. Preliminarmente, conclui-se que o aumento da mancha urbana em 
cada cidade estudada está ocorrendo em direção as novas áreas de risco, 
potencializando a ocorrência de futuros desastres socioambientais.
Palavras chaves
Antropoceno; Monitoramento ambiental; Eventos extremos; Impactos socioambientais; Acre
Introdução
Este estudo envolve uma região marcada por grandes mudanças a partir da Era 
Cenozoico, com mudanças na fisiografia da região norte da América do Sul, 
especialmente na região amazônica (HOORN e WESSELINGH, 2010). No Neógeno 
ocorreram os seguintes eventos: o fim da Orogenia Andina e o início da 
configuração atual dos padrões geo-hidrográficos e fitofisionômicos na paisagem 
amazônica. 
Como resposta isostática, a região diminuiu, acumulando sedimentos cratônicos e 
andinos (HOORN e WESSELINGH, 2010). A unidade rochosa representativa deste 
período corresponde à Formação Solimões na Bacia do Solimões. Sua evolução 
paleoambiental envolveu três estágios: um sistema de lagos do Mioceno (23–16 Ma) 
com influência marinha fluvial e marginal; um sistema do Mioceno médio (16–10,5 
Ma) de lagos extensos, com influência marinha; e um sistema complexo de rios, 
deltas e estuários do final do Mioceno (10,5–5,3 Ma). Durante o Plioceno, o 
atual padrão de drenagem do rio foi definitivamente estabelecido no Leste, as 
áreas de floresta expandiram-se e o istmo do Panamá fechou (HOORN, 1993, HOORN 
et al., 1995; WESSELINGH et al., 2006; HOORN et al., 2010). 
Esse aspecto geológico interferiu inteiramente para a formação da bacia do Acre, 
que passou a ser constituída pela Formação Solimões, caracteristicamente 
composta de materiais finos (siltitos, argilitos e arenitos) associada às 
condições climáticas da região sul-ocidental da Amazônia. Essas formações 
consistem principalmente de argilitos cinza-esverdeados, siltitos e arenitos com 
concreções carbonáticas, gipsíferas e ferruginosas e intercalações de linhito 
depositadas em ambiente fluvial variável com influência marinha intermitente 
(COZZUOL, 2006; LATRUBESSE et al., 2010; HOORN et al., 2010; SILVA-CAMINHA et 
al., 2010; NOGUEIRA et al., 2013; LEITE et al., 2017).
Com essas características de formação, os estudos de risco hidrogeomorfológico 
se concentram na Regional do Alto Acre, especificamente nos municípios de 
Brasileia, Xapuri e Epitaciolândia (ZEE, 2006), onde observa-se que a ocupação é 
baseada no modelo rio-várzea-floresta, tendo início na chegada dos nordestinos 
conhecidos como soldados da borracha, onde trouxeram as primeiras estruturas de 
ocupação e organização política e socioeconômica (GONÇALVES, 2001; MARTINELLO, 
2004).
Os eventos subsequentes desenvolvem-se com a expansão de pequenos povoados até a 
chegada cada vez maior da miscigenação que culminou com a ampliação das grandes 
propriedades e, consequentemente, o aumento do êxodo rural, resultando na 
ocupação de áreas mais vulneráveis das cidades.
A pesquisa está sendo desenvolvida em três núcleos urbanos de Xapuri, 
Epitaciolândia e Brasileia, que tem em comum a mesma bacia hidrográfica e a 
mesma formação geológica, mas com algumas diferenças geomorfológicas e com 
semelhantes condições socioeconômicas. Nesses locais o êxodo rural se 
intensificou na última década do século XX e início deste século, onde observou-
se que os critérios de ocupação têm um forte contexto econômico, social, somado 
com o desconhecimento das estruturas geológicas e geomorfológicas. 
Na análise de vulnerabilidade ambiental elaborada por Sena (2011), demonstrou-se 
que a Regional do Alto Acre se constitui em áreas muito perturbadas, marcadas 
pela influência dos traçados das estradas e dos usos do solo essencialmente 
baseados na pecuária extensiva e atualmente com a inserção da monocultura (soja 
e milho). Razão disto, esta área constitui-se como de fundamental importância 
para os estudos de riscos e desastres naturais, considerando-se suas 
peculiaridades ambientais, econômicas e sociais, sendo, portanto, uma área-
piloto de análise de risco no estado do Acre.
O que não se tem dúvidas é de que os fenômenos naturais que causam desastres são 
intensificados pela presença humana, em condições que favorecem a sua 
intensidade e níveis de ocorrência, notadamente em função do desmatamento que 
cresce aceleradamente nessa porção sudoeste amazônica.
Material e métodos
2.1 Área de Estudo
A área de estudo compreende as cidades de Xapuri, Brasileia e Epitaciolândia, 
ambas pertencentes à Regional do Alto Acre, localizadas nas coordenadas 
68.747971 W e 10.998840° S, sudoeste da Amazônia (fig. 1).
2.2 Aspectos geoambientais da área de estudo
Os aspectos geoambientais na área de estudo são bastante característicos da 
regional do Alto Acre, com solo argissolos na maior parte do recorte de estudo, 
com exessão as margens do rio principal, que localizamos o gleissolos.  Todo a 
área pertence a bacia hidrográfica do Rio Purus, sobre bacia rio Acre que banha 
as regionais do Alto e Baixo Acre, sendo margeado pelos municípios de Assis 
Brasil, Brasileia, Epitaciolândia, Xapuri, Rio Branco e Porto Acre. Todos do 
mesmo estado, com sua foz está localizada no município de Boca do Acre no 
Amazonas. Pertencentes ao clima equatorial tropical úmido.
2.3 Procedimentos metodológicos
O desenvolvimento desta pesquisa decorreu em duas etapas, sendo a primeira em 
gabinete, onde foi realizada a busca por dados secundários através de leitura de 
textos e busca de imagens de satélites que possibilitasse a identificação de 
possíveis pontos de monitoramento na área de estudo.
A segunda etapa constituiu-se da atividade de campo para identificação dos 
pontos de monitoramento, para verificar as reais condições e características 
ambientais locais. A atividade foi realizada no dia .... de 2023 e, para cada 
cidade destinou-se 1 (um) dia de campo para localização e identificação dos 
pontos amostrais, que foram levantados com orientação no campo através dos mapas 
produzidos em gabinete na etapa inicial, o uso de GPS (Global Positioning 
System), modelo Garmin Edge 830 e observações gerais do ponto de monitoramento 
quanto a existência de: relevo, superficialidade do lençol, tipo de material 
(argiloso, arenoso, laterítico, etc), proximidade das redes de drenagem e 
declividade), cujos dados estão em fase de tabulação.
Foram realizadas, até o momento, as análises de suscetibilidade ao risco, 
análise do crescimento da malha urbana e a identificação dos pontos de 
monitoramento em campo. 
Para a análise do crescimento da mancha urbana, realizou-se uma análise espaço-
temporal referente aos anos de 1990, 2010 e 2021, com imagens extraídas do 
satélite Landsat 5 e 7 (anos de 1990 e 2010) e CBERS 4A (ano de 2021) baixadas 
do sítio eletrônico do INPE. O procedimento foi realizado utilizando-se ambiente 
SIG no software QGis 3.22 através do plugin SCP para classificação semi-
automática. 
Para a construção da mancha urbana dos anos 1990 e 2010 utilizamos imagens do 
satélite LandSat 5, utilizando a composição colorida das bandas 5,4,3. No ano de 
2021 utilizamos imagens do Satélite disponibilizada e desenvolvida pelo Inpe em 
parceria com o Agencia Espacial Chinesa o CBERS 4A, com as respectivas bandas 
3,2,1. 
Elaborou-se os mapas com a espacialização dos pontos de monitoramento e as 
tabelas para demonstrar os valores do índice de crescimento da malha urbana nos 
municípios estudados.
Portanto, a utilização de imagens orbitais no desenvolvimento deste trabalho, 
tronou-se essencial para demonstramos a real expansão urbana dessas áreas na 
regional do Alto Acre.
Para a análise do crescimento da mancha urbana, realizou-se uma análise espaço-
temporal referente aos anos de 1990, 2010 e 2021, com imagens extraídas do 
satélite Landsat 5 e 7 (anos de 1990 e 2010) e CBERS 4A (ano de 2021) baixadas 
do sítio eletrônico do INPE. O procedimento foi realizado utilizando-se ambiente 
SIG no software QGis 3.22 através do plugin SCP para classificação semi-
automática. 
Para a construção da mancha urbana dos anos 1990 e 2010 utilizamos imagens do 
satélite LandSat 5, utilizando a composição colorida das bandas 5,4,3. No ano de 
2021 utilizamos imagens do Satélite disponibilizada e desenvolvida pelo Inpe em 
parceria com o Agencia Espacial Chinesa o CBERS 4A, com as respectivas bandas 
3,2,1. 
Resultado e discussão
3.Resultados
Elaborou-se os mapas com a espacialização dos pontos de monitoramento e as 
tabelas para demonstrar os valores do índice de crescimento da malha urbana nos 
municípios estudados. Portanto, a utilização de imagens orbitais no 
desenvolvimento deste trabalho, tronou-se essencial para demonstramos a real 
expansão urbana dessas áreas na regional do Alto Acre.
Com os resultados elaborados a partir das etapas já citadas, evidencia-se o 
crescimento da malha urbana sobre a região, onde não ocorreu planejamento dos 
espaços pelas sedes municipais e Estaduais, conforme o esperado. O avanço da 
ocupação entre os anos de 1990 a 2010, ocorreu fortemente ás margens do Rio 
Acre, onde neste primeiro momento identificamos 17 pontos para monitoramento 
como mostra a figura 2.
As pesquisas iniciais demonstraram que a cidade de Xapuri apresentou uma 
anomalia no aumento de sua malha urbana em 2,7 vezes em duas décadas, 
possivelmente em função de possível êxodo rural que vem ocorrendo cada vez mais, 
devido ao crescimento das grandes áreas e subtraindo as pequenas propriedades. 
Como mostra a figura 3:
No decorrer da última década observou-se um padrão de crescimento ao longo das 
vias de acessos desses municípios, onde Epitaciolândia está se desenvolvendo em 
direção a rodovia BR-317 e Xapuri em direção da rodovia Estadual AC-485. Nessas 
cidades a expansão da malha urbana vem se distanciando das margens do rio Acre 
para locais fora da sua planície inundação, devido sua recorrência cada vez mais 
extremas, causando prejuízos econômicos e social para a população local, além 
das dificuldades de planejamentos pela gestão pública, que recorreu ao Serviço 
Geológico do Brasil – CPRM, onde este mapeou as áreas de inundação e as áreas de 
riscos, a qual denominou como “movimentação de massas”, ocasionado pela 
fluviometria do Rio Acre.
Apesar dos estudos já realizados, conforme já citado anteriormente o crescimento 
das cidades, também vem ocorrendo próxima às inúmeras redes de drenagens 
urbanas, contribuintes do Canal Principal “rio Acre”, findando o surgimento de 
mais pontos de monitoramento dentro das cidades, devido a essa ocupação 
desordenadas de áreas que não deveriam ser habitadas ou, e que estão sendo 
afetadas pela falta de manutenção da rede de esgoto dos municípios de Brasileia, 
Epitaciolândia e Xapuri.
Um dos locais identificados para monitoramento, encontra-se em uma área onde 
está sendo construído um recente residencial de alto padrão econômico em 
Epitaciolândia. Nesse local observamos a existência de uma sequência de camadas 
argilosas, formada por diferente mineralogia, e diferentes aspectos físicos, e 
geotécnicos, fazendo com que as camadas se acomodem de forma que desencadeiem 
movimentação em função do ângulo e de ações antrópicas desses materiais. Podemos 
ainda observar que algumas camadas não permitem a infiltração pluviométrica, em 
uma profundidade de aproximadamente 2mt. 
Para a implantação do residencial foi retira a camada mais drenante, expondo a 
camada argilosa formada por material expansivo, ou seja, a camada composta por 
argilos minerais que em contato com os períodos de precipitação  pluviométrica é 
hidratado provocando uma suscetibilidade a deslizamentos, em função do seu 
ângulo de acamamento, e produzindo gretas de contrações no período de ausência 
de precipitação.
  No município de Xapuri encontramos um relevo mais suave em relação aos demais, 
pois o mesmo possui uma menor influência de redes de drenagens internas no 
município, observamos em um dos pontos de monitoramento, no caso no bairro da 
Sibéria as margens direita do rio Acre, uma grande quantidade de oxido de ferro 
que possivelmente tem correlação com o nível freático, a uma profundidade média 
de 1,5 mt e 4 mt. Neste local já ocorreu um solapamento resultado dessa 
característica e consequentemente diferentes comportamentos geotécnicos, que 
facilita o deslizamento do solo úmido apoiador, sobre a camada de oxido de ferro 
e de argilas expansivas. Nessa área por ser mais plana ao longo do rio acre 
podemos observar vários meandros abandonados do rio Acre, que acabaram virando 
em tanques de criação de peixes e alguns recebendo dejetos de esgoto doméstico 
do município, no entanto, a área que se encontra à esquerda do Rio Acre 
encontramos as terras mais altas, mas com o mesmo padrão de material e de 
comportamento.
4.Discussão
Este artigo tem por objetivo analisar as áreas de risco incluindo as 
modificações por meios de eventos naturais e das mudanças antropogênicas 
ocorridas nas cidades de Brasiléia, Epitaciolândia e Xapuri, e assim desenvolver 
mapas de riscos, para ajudar a gestão pública de cada cidade citada. Desenvolver 
pesquisas em áreas de riscos e suas evoluções, vem de encontro com questões 
socioambiental que se constitui em observações fundamentais para o conhecimento 
científico, pois esse tipo de conhecimento pode prevenir grandes desastres 
(IBGE, 2014; PEREZ et al, 2014). 
Áreas inapropriadas para ocupação, tais como fundos de vale e vertentes 
inclinadas com declividades superiores a 30º representam risco de erosões 
laminares até grandes voçorocas que culminam em deslizamentos e dependendo da 
posição geográfica em inundações recorrentes. As enchentes e suas extensões não 
é o foco principal desses estudos, pois já foram objetos de análises com 
produção de relatórios e mapas de delimitações pela CPRM – Serviço Geológico do 
Brasil (2012, 2015,2019,2020). Nesses relatórios são discutidos e indicado a 
planície de inundação do rio Acre e pontos de áreas de riscos, com concentrações 
de deslizamentos causados principalmente pela ação do rio Acre em suas margens. 
Sternberg (1998), faz menção a esse tipo de evento chamando de “terras caídas”, 
onde descreve que as aguas promovem retoques constantemente as terras marginais 
das drenagens amazônicas.
Portanto, após a revisão dos estudos citados, buscamos incluir outros pontos 
fora da área de abrangência dos estudados realizados pela CPRM, onde já pudemos 
identificamos que existe uma homogeneidade geológica e geomorfológica entre as 
três cidades selecionas, devido as suas características químicas e 
mineralógicas. Essas áreas são objetos de observação, onde se correlaciona as 
formas de ocupação e os níveis de antropização que vem ao longo das últimas duas 
décadas se acelerando, com aumento populacional, possivelmente em função do 
êxodo rural cada vez maior (figura 02.). 
Esse evento tem feito surgir diferentes camadas sociais, observada nos tipos de 
estruturas existentes e dos locais de ocupação. Também se observa que existe um 
desconhecimento técnico do tipo de material, suas propriedades físicas, 
profundidades dos diferentes tipos de camadas geológicas e seus ângulos de 
sobreposições. Entender a correlação dos eventos com a geologia e a 
geomorfologia, tem sido o desafio onde a pluviometria da região, e a 
fluviometria do rio Acre e das microdrenagem que cortam as áreas urbanas tem 
caracterizados meandrastes.     
Os estudos têm apresentado que o avanço da expansão urbana, vem ocorrendo de 
forma desordenada e acelerada, em direção das regiões hora indicada como região 
de maior fragilidade. Para entender os processos, e quais são os elementos que 
indicam o início de um determinado evento, seja ele pequeno ou grande, tanto em 
extensão e velocidade, foi necessário se afastar das áreas já identificadas pela 
CPRM anteriormente, buscando conhecer a geologia e sua deposição, uma vez se 
tratar de uma região de deposição sedimentar.
É necessário que os estudos incluam não somente o mapeamento, mas também as 
condições geomorfo-pedológicas das vertentes, aliadas a análise de ritmo 
climático (MONTEIRO, 1976; GRIMM et al, 2000; THOMAS, 2008; FUNATSU et al, 
2019), e as variáveis de precipitação e temperatura (que condicionam a 
desestabilizam as camadas superficiais de um terreno). Esse conjunto de fatores 
são os que geram risco às comunidades, e assim sendo de extrema importância a 
identificação dos fatores.

Mapa de localização da área de estudo dos municipios.

Mancha Urbana nos anos de 1990, 2010 e 2021. Tabela de Indice de Crescimento.

Expanção da Mancha Urbana de Xapuri de 1990 a 2021.
Considerações Finais
Essa pesquisa ainda se encontra em desenvolvimento, no entanto os resultados 
apresentados já demonstram que as três cidades apresentam um comportamento similar 
no tocante a geologia e a geomorfologia, mas sem a identificação dos eventos 
deflagradores que culminam no desenvolvimento de áreas em evolução e em eminência 
de riscos.
É importante demonstrar que a cidade de Xapuri apresentou uma anomalia no tocante 
ao aumento de sua malha urbana em 2,7 vezes em duas décadas. Esses dados têm com 
certeza causado um desequilíbrio socioambiental devido a rapidez com que se 
sucedeu o evento. Portanto tem que ser melhor conhecido do padrão de ocupação e 
origem, pois podem revelar problemas que a gestão pública terá que enfrentar. 
Figura 3.
Em relação as cidades de Brasiléia e Epitaciolândia, essas têm sua malha urbana 
mais adensada, e mais perturbada geomorfologicamente, com maior desenvolvimento de 
drenagem em “v”, o que ocasiona um maior número de eventos culminando em locais 
que se desenvolveu ou estão desenvolvendo áreas de riscos.
Agradecimentos
Os pesquisadores envolvidos nesses estudos agradecem a Universidade Federal do 
Acre- UFAC pelo apoio prestado e ao laboratório LAGESE-Laboratório de 
Geomorfologia e Sedimentologia.
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