Autores
- DIEGO SILVA SALVADORUNICAMPEmail: diegosilvasalvador@gmail.com
 - REGINA CÉLIA DE OLIVEIRAUNICAMPEmail: regina5@unicamp.br
 
Resumo
A praia Formosa e seus terraços marinhos, da linha do mar até a cota de 10 m em 
1945, na planície costeira de Fortaleza, Ceará, Brasil, são formas de relevo com 
o equilíbrio indissociado da instabilidade e sua ocupação pode conduzir 
populações para vulnerabilidade. A Geoecologia guia o entendimento dos fatores 
naturais da paisagem, com a geomorfologia como fator de diferenciação da 
dinâmica. Por meio do georreferenciamento e interpretação visual da carta (1945) 
e ortofotocartas (1958, 1973 e 1995), foi feita análise temporal e vista a 
sucessão de alterações para estruturação do urbano. Assim, expressa formas das 
paisagens condicionadas por obras de engenharia costeira (molhes, quebra-mares e 
aterros) ocupadas por complexo hoteleiro, estaleiro, habitações autoconstruídas 
e grandes vias, organizadas de acordo com o nível técnico e processos de 
ocupação diferenciados, em que a Geomorfologia Urbana pode contribuir na 
reflexão da vulnerabilidade da ocupação sobre áreas de intensa dinâmica.
Palavras chaves
Praia; Terraço Marinho; Análise Temporal; Paisagem; Geomorfologia Urbana
Introdução
	Ao focar em um espaço territorial específico, este estudo analisa a 
praia Formosa e seus terraços marinhos, formas de relevo que acolhem a foz do 
riacho Pajeú, localizado na planície costeira em Fortaleza, Ceará (3°43'7.56"S 
38°31'36.42"O). Espaço costeiro na metrópole cearense em processo de ocupação 
desde o século XVII, demostra uma paisagem com sucessão de funcionalidades, com 
estímulos para estruturação da ocupação, dinamização econômica e envoltos no 
processo de urbanização firmada no século XX, que impôs importantes modificações 
geomorfológicas a estas formas de relevo.	
	Por meio de referências bibliográficas, interpretação da Carta de 
Fortaleza e Seus Arredores de 1945 e fotografias aéreas de 1958, 1973 e 1995, 
este estudo tem o objetivo de realizar a análise temporal da evolução do uso 
sobre a praia Formosa e terraços marinhos, com a alteração nas formas da 
paisagem da planície costeira, na relação entre a organização do espaço e 
implantação de estruturas de engenharia costeira. 
	A planície costeira é representada por potenciais de um equilíbrio não 
estável, ou seja, seus intensos processos geradores compõem um mosaico de 
feições em movimentação visível ao olho nu e demostra o equilíbrio como par e 
indissociável da instabilidade (SOUZA, 2009). O sistema costeiro é manifestado 
assim, como uma cadeia de elementos em intensa movimentação de fluxos, matérias 
e energias. Sua manutenção natural está no entrelaçar de dinâmicas oceânicas, 
continentais e atmosféricas, desde da escala astronômica visível nas 
movimentações das marés, até a escala do lugar, manifestada na sedimentação das 
praias e dos terraços marinhos. São áreas de intensos processos naturais, que em 
pouco espaço temporal, apresenta expressiva alteração em suas formas comandadas 
pelas forças dos ventos, ataque das ondas, fluxo hídrico continental, deriva 
continental de sedimentos jovens, depositados e carreados, dentro das 
características climáticas atuais e que repercutem em padrões florísticos de 
importante função estabilizadora dos sedimentos inconsolidados.
	O estágio contemporâneo de alteração das formas e funções dos relevos, 
foi produzido em meio a evolução das relações entre sociedade e natureza, muitas 
vezes entendidos como entes separados e em conflito ou como recurso econômico. 
Chegou-se à um estágio de uma complexidade não apenas estancada nas 
movimentações dos sistemas naturais, mas inseridas no contexto das relações 
sociais, que constrói ambientes instáveis e conduz populações para estágios de 
vulnerabilidade, de acordo com a capacidade econômica-técnica dos grupos sociais 
envolvidos.
	A estruturação da ocupação e evolução do urbano provocaram repercussões 
na dinâmica costeira, teve início com a estrutura de quebra mar implantada no 
fim do século XIX, com intensão de propiciar o atracamento portuário, instaurou 
as primeiras alterações do relevo costeiro para atender determinadas funções. No 
decorrer dos anos o porto do Mucuripe (1945) é implantado, o que modificou a 
dinâmica de sedimentos e a necessidade de estruturas de controle de costa. Como 
interpretado pelas fotografia aéreas, no ano de 1995 a paisagem já está com suas 
formas determinadas por obras de engenharia de controle costeiro como aterros, 
molhes e quebra-mares, determinantes para a manutenção das formas sem alterações 
expressivas até o contemporâneo, que acolhe diversas funcionalidades inseridas 
para estruturação da metrópole e em poucos quilômetros quadrados, o espaço é 
dividido entre a complexo turístico; estaleiro; edificações de armazenagem e 
comércio; área habitacional com padrão autoconstrutivo; além de importantes 
vias.
	Por fim, a compreensão dos processos de apropriação e alteração das 
formas e funções, fundamenta a discussão do futuro das cidades evoluídas sobre 
sistemas naturais de dinâmica intensa.
Material e métodos
Referencial Teórico-Metodológico
Como orientado pela Geoecologia das Paisagens, é definido que o nível local 
apresenta especificidade paisagística, com o sistema taxonômico definido pelo 
detalhe, fundamental para diferenciação topológica e morfológica da paisagem, em 
que são considerados por Rodriguez; Silva; Cavalcanti (2004) fatores 
geoecológicos na formação das paisagens: geológicos, climáticos, 
geomorfológicos, hídricos, edáficos e bióticos.
Para compreensão das transformações da forma e funções da paisagem sob ponto de 
vista Geoecológico, é estabelecido como condutor deste estudo que as formas de 
relevo e o entendimento geomorfológico, são importantes bases teóricas-
metodológicas para a observação de dinâmicas de alteração sob ponto de vista da 
relação entre os processos naturais e sociais.
Mesmo que a observação seja na escala local, não são processos autônomos, nem 
está desconectada do regional e do global, são sempre sistemas associados em 
inter-relação, em que o relevo é fator geoecológico de redistribuição dos fluxos 
de matéria e energia, o qual possui valor significativo na distinção e 
diferenciações das paisagens em nível local (RODRIGUEZ; SILVA; CAVALCANTE, 
2004).
Christofoletti (1980) bem fala que a geomorfologia estuda as formas de relevo, 
demonstra a expressão espacial de uma superfície com diferentes configurações de 
paisagem morfológica, que em suas relações entre formas e processos, determina o 
sistema geomorfológico no conjunto dos elementos e das suas relações, em que a 
ação humana se tornou responsável na distribuição da matéria e energia, com 
poder de transformação dos potenciais do equilíbrio dinâmico.
Neste sentido, Grangeiro (2012) ajuda a entender as formas dos relevos atuais 
não como algo externo ao homem, mas como relação dialética sociedade/natureza, 
um processo interativo entre elementos físicos, ecológicos, sociais, econômicos, 
históricos e culturais. Demonstra o movimento e a permanente transformação, 
retroalimentadas por variáveis e constantes.
Já os resultados das alterações dependem das intenções de usos; da forma que a 
alteração foi operada; do nível técnico; e localização geográfica onde foi 
aplicada a transformação, assim o estado do sistema deve ser caracterizado pela 
composição, organização e fluxo de matéria e energia (CHRISTOFOLETTI, 1980).
Com específico olhar para o urbano, as formas de relevo possuem uma complexa 
inter-relação, e a Geomorfologia Urbana como ramo da ciência Geomorfológica, 
cria interconexões de abordagens com as ciências sociais e humanas, com a 
reconstrução geohistórica, sobreposição de cartografias de anos diferentes, 
comparação e análise espacial. Ao serem organizadas, permitem a quantificação 
das mudanças ao longo do tempo e identificação de áreas perdidas ou alteradas, 
em que a ocupação atual pode evoluir para vulnerabilização das populações 
instaladas sobre feições instáveis (REYNARD; PICA; CORATZA, 2017).
Como procedimentos operacionais, são elencados:
- Delimitação da área de estudo da linha do mar até cota 10 metros do ano de 
1945;
- Levantamento bibliográfico, cartográfico, geohistórico e físico-natural;
- Caracterização dos componentes naturais;
- Georreferenciamento e ortorretificação por meio do software QGis 3.22, da 
Carta de Fortaleza e Seus Arredores de 1945 (1:10.000), levantada, desenhada e 
impressa pelo Exército Brasileiro; Fotografias aéreas de 1958 (1:30.000) e 1973 
(1:25.000) do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e dos anos 1995 (1:5.000) e 
2016 (1:1.000) da Prefeitura Municipal de Fortaleza; Vetorização na escala 
1:15.000, generalização na escala 1:30.0000 da evolução do uso sobre a planície 
costeira e a alteração da praia e dos terraços marinhos; e compatibilização 
cartográfica com representação na escala 1:40.000 (ROSETTE; MENEZES (2002) e 
PORFÍRIO; BOGGIONE (2005));
- Discussão da alteração da paisagem natural na relação entre a implantação de 
estruturas de engenharia e organização do espaço.
Resultado e discussão
Dinâmica Física-Natural
	As dinâmicas naturais estão em contexto da unidade geomorfológica da 
planície costeira em Fortaleza, Ceará, no nordeste brasileiro (Mapa 01), é 
delimitado o objeto deste estudo desde a linha do mar, com a faixa de praia no 
limite da cota de 5 metros e terraço marinho, entre as cotas de 5 a 10 metros no 
ano de 1945. São estabelecidas tais cotas, pois, de acordo com Paula (2012) apud 
INPH (1996), o litoral de Fortaleza possui a característica de mesomaré, com 
variação altimétrica das marés entre 2 a 4 metros, com regime semidiurno. Assim, 
o limite altimétrico de 5 metros, condiz com amplitude das marés e o estirâncio 
praial. Já para área do terraço marinho, é delimitado após a cota mantida sob o 
regime das marés, até a ruptura altimétrica na base dos depósitos dunares.
	O clima é tropical úmido por sua posição costeira, apresentando médias 
pluviométricas em 1300 mm anuais, com chuva entre verão e outono, nos primeiros 
seis meses do ano, comandada principalmente pela Zona de Convergência 
Intertropical (ZCIT) e com menor escala os vórtices ciclônicos, linhas de 
instabilidade e brisas marítimas. Com temperatura média de 26,6°C, e maior 
insolação e evaporação no segundo semestre, favorece o déficit hídrico anual 
(SOUZA, 2009). 
	As condições climáticas definem a disponibilidade hídrica superficial e 
subterrânea, como também, controlam a ação dos processos exógenos, em que os 
meses com chuvas, favorecerão o transporte de sedimentos por meio da dinâmica 
hídrica. Já a deriva continental de sedimentos acontece na direção SO-NE e nos 
meses de déficit hídrico, a ação dos ventos comanda o transporte dos sedimentos 
costeiros, em que predominam nas direções E-SE e E-NE (MORAES, 1980 e SOUZA, 
2009).
Os sedimentos de granulometria de fina a média, são compostos de areias 
quartzosas, fragmentos de conchas e minerais micáceos, de tonalidade 
esbranquiçadas, de origem continental, transportados pela drenagem e 
retrabalhados pela abrasão marinha. Formam um depósito longitudinal desde a maré 
mais baixa até a base das dunas, com a linha de costa controlada também por 
alinhamentos rochosos, os beachrocks, de litologia arenítica. Nos setores que 
não recebem ataques diretos das ondas, o terraço marinho apresenta o neossolo 
quartzarênico, coberto por vegetação rasteira, adaptada a salinidade, radiação 
solar e força dos ventos (SOUZA, 2009).
	Por ser um setor limítrofe, é caracterizado como área transicional, que 
recebe e transmite matéria e energia, expõe seus limiares de equilíbrio mantidos 
pela dinâmica instável, em constante ação morfogenética, que pode causar sérios 
problemas relativos as ocupações desconectadas da realidade física-natural.
Dinâmica da ocupação urbana
	A área que acolhe a praia e terraço marinho está no contexto de ocupação 
inicial de Fortaleza. Após a tentativa da ocupação militar as margens do rio 
Ceará não ser bem sucedida, os holandeses estabelecem o forte de Shoonenborch na 
margem esquerda do riacho Pajeú em 1649, sobre a colina de Marajatiba. Após os 
portugueses retomarem o controle da ocupação em 1654, o forte passa a ter o nome 
de Nossa Senhora de Assunção. Em 1726 passa ao estágio de vila, mas ainda podre 
e sem significância. No século XIX, passa a ter importância por ser área que 
despontava como porto escoador de algodão, o que propiciou a elevação para a 
categoria de cidade em 1823, a instalação de prédios públicos, infraestruturas e 
serviços (COSTA, 2014).
	Com necessidade do atracamento marítimo, proximidade com o centro da 
cidade, da alfândega e dos armazéns, a praia Formosa (Figura 01) recebeu uma 
série de infraestruturas portuárias que instauraram alterações na manutenção 
natural das feições. Primeiro um atracadouro foi construído em 1807, abrigado 
pelos recifes de arenito. Com a necessidade de expansão, em 1875 foi feito um 
estudo pelo engenheiro John Hawkshaw e é instalado um quebra-mar de 350 m 
paralelo a linha de costa, causando a retenção de sedimentos, culminando no 
processo de progradação da praia (MORAIS, 1980 e VALENTINI, 1994).
	Este espaço portuário recebeu melhorias para auxiliar no transporte de 
mercadorias e pessoas, com a construção em 1906 e restaurado em 1928, um 
trapiche com estrutura de ferro e piso de madeira, na frente do prédio da 
alfândega. Com a expansão do processo de urbanização, foi construído o porto do 
Mucuripe entre 1940 e 1945, com a instalação de um cais de atracação protegido 
por um quebra-mar projetado em 1400 m, denominado de molhe do Titan, o que fez 
iniciar o processo de erosão nas praias a sotamar e progradação a barlamar, 
causado pelo barramento na deriva dos sedimentos, assim instaurou uma sequência 
de processos erosivos e consequente necessidade de obras de engenharia para 
contenção da erosão praial, que define o espaço costeiro atual da capital 
cearense (VALENTINI, 1994).
Com a transferência do porto, a área da praia Formosa e dos terraços marinhos, 
passaram por transição e sobreposição de funcionalidades, os anos de 1945, 1958, 
1973 e 1995, demonstram a implantação de estruturas de engenharia costeira e 
seus usos determinando a manutenção da paisagem costeira atual (Mapa 01).
	Em 1945, a área da praia Formosa onde houve a progradação após a 
instalação do quebra-mar, observou a formação de uma laguna denominada Poço da 
Draga, formada pela contenção de sedimentos na foz do riacho Pajeú. Em sua 
ocupação apresentava edificações pequenas de padrão habitacional, abertura de 
glebas de loteamento, com arruamentos, via férrea, prédios administrativos e 
galpões de armazenagem.
	Em 1958, os processos erosivos estão em pleno desenvolvimento após a 
construção do porto do Mucuripe, com áreas na praia Formosa com o recuo de 
aproximados 160 m e já com a presença de um quebra mar para estabilização da 
linha de costa. A área onde a laguna foi formada apresentou assoreamento, 
aterramento e sucessão de vegetacional, além do aumento do padrão sinuoso da 
drenagem que a foz do riacho Pajeú apresentou. É vista a evolução da ocupação 
habitacional com características autoconstrutivas e sujeitas a dinâmicas 
costeiras diretas.
No ano de 1973, a linha de costa está estabilizada por meio de obras de 
contenção como, quebra-mares e molhes. A calha do riacho Pajeú apresenta 
retificação, com partes encaixadas por galerias fluviais. É identificada a 
antiga saída da drenagem do riacho Pajeú apresentando fluxo hídrico, deve-se a 
isso, a lagoa do Garrote, então tributária do riacho Pajeú, que foi aterrada no 
início do século XX. É possível verificar a área da foz do Pajeú, com pequeno 
estaleiro com embarcações organizadas.
	No ano de 1995, Fortaleza já apresentava a efetivação de planos 
diretores para organização da metrópole, determinada por lei em 1973 (BRASIL, 
1973). Neste momento, a paisagem costeira apresentou valorização e foi inserida 
na indústria do turismo. É visto os limites costeiros apresentando obras de 
requalificação, expansão do antigo quebra-mar Hawkshaw, a instalação de hotel de 
luxo, com suas áreas de convívio e uma marina em aterros controlados por quebra-
mares. Também é constatada a expansão do estaleiro com aterros e obras costeiras 
para seus galpões e pátios de movimentação. Na área dos terraços marinhos, onde 
existiam habitações populares, com a expansão da malha viária na década de 1970, 
houve a retirada da população, restando apenas a comunidade do Poço da Draga, 
estabelecia sobre a planície da laguna e mantida por processos e lutas sociais.
	A atualidade é caracterizada em poucos quilômetros quadrados, por uma 
sucessão de funcionalidades, com espaços de alta renda, comunidades de baixa 
renda com luta pela moradia, indústria, e importantes vias de acesso.
	É uma área que alcançou alto valor econômico, com organização do espaço 
diretamente relacionada a manutenção da paisagem com a movimentação dos sistemas 
naturais condicionada pelas estruturas de engenharia e seus respectivos usos.

Fonte: BC250/IBGE (2021) e Prefeitura Municipal de Fortaleza (2016). Organizado pelo autor.

Fonte: Reis Filho (2000).

Fonte: Elaborado pelo autor.
Considerações Finais
Ao observar o funcionamento conjugado na relação físico-natural e social, as 
transformações são construídas por relações sociais que estabeleceram modelos 
técnicos de alteração das formas e funções da natureza, e que determinam 
diferenças na ocupação do mesmo setor praial, com espaços de alta renda e a 
ocupação de populações postas a vulnerabilização.
	O livre acesso à praia, a organização do espaço coletivo, além da 
reserva de espaço de segurança diante as intemperes maregráficas estão 
comprometidas. Também, mesmo que este trabalho possua foco em um espaço 
territorial específico, as alterações na faixa de praia e nos terraços marinhos, 
são repercutidas e repercutem em problemáticas a jusante do curso do riacho 
Pajeú, que observou alterações e encaixamento de sua foz, com sua bacia 
hidrográfica impermeabilizada e alteração no fluxo hídrico, que provocam 
expressivos alagamentos nos momentos de chuva (SANTOS, 2021).
	Portanto, os aterros mantidos por obras de contenção do mar, com molhes, 
quebra-mares e importantes vias determinam a paisagem contemporânea, geram a 
discussão da ocupação que fragiliza os sistemas naturais e que pode repercutir 
na vulnerabilização de populações. 
	Assim, os estudos da Geomorfologia Urbana auxiliam no conhecimento das 
interações que repercutem nas feições do relevo e de suas transformações, de 
como a cidade avança sobre áreas de intensa dinâmica e que provoca sucessivas 
problemáticas dadas pelo uso e ocupação sem conformidade com a realidade física-
natural.
Agradecimentos
Ao Programa de Pós-graduação em Geografia (PPGGeo), Instituto de Geociências (IG), 
Núcleo de Estudos Ambientais e Litorâneos (NEAL), Universidade Estadual de 
Campinas (UNICAMP) e CAPES.
Referências
BRASIL. Lei Complementar nº 14, de 8 de junho de 1973. Estabelece as regiões metropolitanas. Brasília, DF: Diário Oficial da União, 1973.
CHRISTOFOLETTI, A. Geomorfologia. São Paulo: Edgard Blucher, 2ed.1980.
COSTA, M. C. L. Fortaleza, capital do Ceará: transformações no espaço urbano ao longo do século XIX. Revista do Instituto do Ceará - 2014, p.94.
GRANGEIRO, C. M. Meio Ambiente litorâneo e urbanização: o Ambiente produzido na costa leste da cidade de Fortaleza – Ceará. Tese (doutorado em Geografia) – Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza, 2012. 
MORAIS, J. O. (1980). Aspectos de geologia ambiental costeira do município de Fortaleza (Estado do Ceará). Tese de professor titular, Universidade Federal do Ceará, pp. 249.
PAULA, D. P. Análise dos riscos de erosão costeira no litoral e Fortaleza em função da vulnerabilidade aos processos geogênicos e antropogênicos. 2012. 364 f. Tese (Doutorado em Ciências do Mar) – Universidade do Algarve, Faro, Portugal, 2012.
PORFÍRIO, G.C.; BOGGIONE, G. DE A. Avaliação de métodos de classificação em ortofotocartas digitais para identificação do uso e ocupação do solo. In: Anais Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto, Goiânia, 2005.
REIS FILHO, N. G. Imagens de vilas e cidades do Brasil colonial. São Paulo: EDUSP, 2000.
REYNARD, E.; PICA, A.; CORATZA, P. Urban geomorphological heritage. An overview. Quaestiones Geographicae, V. 36, N. 3, p.7-20, 2017
RODRIGUEZ, J. M. M; SILVA, E. V.; CAVALCANTI, A. P. B. (orgs.) Geoecologia das Paisagens: uma visão geossistêmica da análise ambiental. Fortaleza: Edições UFC, 2004.
ROSETTE, A. C. MENEZES P. M. L. Erros comuns na cartografia temática. Trabalho apresentado junto à disciplina Estudos Especiais em Cartografia (Doutorado em Geografia - UFRJ). Rio de Janeiro, 2002.
Santos, Juliana Moreira Dos. Alagamentos e inundações em Fortaleza-Ce: uma análise diacrônica. 2021. Dissertação (Mestrado em Geografia) - Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza, 2021. 105 p.
SOUZA, M. J. N. Diagnóstico Geoambiental do Município de Fortaleza: Subsídios ao macrozoneamento ambiental e à revisão do Plano Diretor Participativo PDPFor. Fortaleza: PMF, 2009.
VALENTINI, E. 1994. Avaliação de processos litorâneos e consequências para o gerenciamento costeiro no Ceará. Tese. Programa de Engenharia Oceânica. COPPE/UFRJ. Rio de Janeiro.








 









 