Autores
- JOÃO VICTOR PEQUENO RUFINOUNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIROEmail: rufino550@gmail.com
 - JULIA RODRIGUES SILVAUNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIROEmail: juliarodriguess1998@gmail.com
 - LAURA DELGADO MENDESUNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIROEmail: lauradmendes@gmail.com
 
Resumo
A capacidade de intervenção nas formas e na dinâmica da superfície terrestre, em 
especial associadas à técnica, tornou o ser humano um novo agente geológico-
geomorfológico capaz de promover significativas alterações. Assim, a pesquisa 
objetiva analisar mudanças na cobertura e uso da terra nos últimos 30 anos nos 
municípios de Japeri e Queimados, situados na Baixada Fluminense (RJ), para 
identificação de relevos tecnogênicos associados à extração de areia e análise 
de impactos e conflitos ambientais. A metodologia adotada incluiu a 
classificação supervisionada de cobertura e uso da terra com geotecnologias 
livres a partir de imagens sensores remotos Landsat. Os resultados destacam a 
existência de áreas de extração de areia, geradoras de Tecnoformas de 
Degradação, em ambos os municípios, principalmente no entorno e interior da APA 
Guandu, entre outras importantes mudanças, ressaltando a necessidade de um plano 
estratégico de gestão e manejo para maior proteção
Palavras chaves
Relevos tecnogênicos; Cobertura e uso da terra; Mineração de areia; Região Hidrográfica do Guandu; Baixada Fluminense
Introdução
A capacidade de intervenção nas formas e na dinâmica da superfície terrestre, em 
especial associadas à técnica, tornou o ser humano um novo agente geológico-
geomorfológico que supera seus equivalentes naturais pela intensidade e 
velocidade de transformação (PELOGGIA e OLIVEIRA, 2005). Para Silva et al. 
(2014) “a magnitude e intensidade da ação antrópica sobre as dinâmicas da 
natureza variam no tempo-espaço, de acordo com os diversos arranjos 
socioambientais e o nível de desenvolvimento dos diferentes grupos sociais” e 
tem decorrências diversas, em particular em áreas urbanas, onde se ampliam e 
diversificam (SILVA et al., 2014).
As cidades brasileiras passaram e passam pelo processo de urbanização, levando a 
um crescimento pujante a partir da metade do século XX e que, de forma 
conturbada, desencadeou problemas ambientais e sociais (SILVA et al., 2015). 
Essa situação leva à modificação da estrutura existente, na dinâmica e nas 
formas de relevo. Na perspectiva social, traz prejuízos econômicos e perda da 
qualidade de vida (SILVA et al., 2015). Muitas ações antrópicas resultam em 
significativas alterações que, em sua maioria, são inconvertíveis ao meio 
ambiente. 
	Assim, no contexto do Antropoceno/Tecnógeno, a identificação e 
caracterização de relevos tecnogênicos (PELOGGIA e OLIVEIRA, 2005) possibilita a 
investigação dessa intervenção humana sobre a natureza e suas dinâmicas, 
constituindo-se em marcos estratigráficos (PELOGGIA, 1996), inclusive tendo sido 
recentemente incorporado no Sistema Brasileiro de Classificação do Relevo em 
fase de sistematização (CEN/SBCR, 2022), sendo o relevo tecnogênico 
caracterizado por “morfologias resultantes da agência humana, a qual constitui o 
elemento fundamental para sua identificação, diferenciação e caracterização” 
(CEN/SBCR, 2022, p.222). A grandeza e intensidade das alterações dão escopo à 
ideia de que a sociedade é um agente ativo em relação aos processos 
superficiais. Logo, pode-se afirmar “que os processos geológicos e 
geomorfológicos estão sujeitos ao condicionante tecnogênico, justificando a 
adoção de uma nova abordagem a respeito da dinâmica dos processos superficiais” 
(SILVA et al., 2014).
Desse modo, a pesquisa objetiva analisar mudanças na cobertura e uso da terra 
nos últimos 30 anos nos municípios de Japeri e Queimados, situados na Baixada 
Fluminense (RJ), para identificação de relevos tecnogênicos associados à 
atividade de mineração de areia e análise de impactos e conflitos ambientais. Um 
foco de atenção especial se direciona à Área de Proteção Ambiental (APA) Guandu, 
integrante à Região Hidrográfica Guandu (INEA/CERHI, 2013), responsável por 85% 
do abastecimento de água potável na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. 
Periféricos na metrópole do Rio de Janeiro, segundo Alcântara et al. (2020), 
esses municípios passaram por um processo comum a outras cidades brasileiras, 
com histórico de industrialização e metropolização, com concentração de 
investimentos e infraestruturas em áreas privilegiadas, abrigando populações sem 
o direito à cidade ou à justiça ambiental. Nesse contexto, possuem problemas e 
desafios referentes à questão ambiental: uso e ocupação irregulares do solo, 
investimentos ineficientes em infraestrutura urbana, aterros sanitários, 
mineradoras e indústrias poluentes (ALCÂNTARA et al., 2020). Alguns efeitos 
desse processo se expressam na superfície e podem ser identificados a partir de 
técnicas que utilizam sensores remotos via satélite para a identificação e 
diferenciação das condições de cobertura e uso da terra.
Material e métodos
Os procedimentos metodológicos foram divididos em duas etapas com o intuito de 
fundamentar as análises e discussões. Na primeira etapa foram realizados a 
coleta de dados primários, originados de cenas de sensores remotos, e processos 
de pré e pós-processamento para o mapeamento da cobertura e uso da terra. Na 
segunda etapa executou-se o levantamento de dados secundários, ou seja, dados 
coletados de instituições públicas e de outras pesquisas realizadas com 
relevância para embasar os resultados e discussões.
O mapeamento e análise das alterações de cobertura e uso da terra nos municípios 
de Queimados e Japeri foi realizado a partir de classificação supervisionada 
para os anos de 1991, 2006, 2010 e 2020. Os dados dos sensores remotos 
utilizados são Landsat-5: Thermatic Mapper [TM], Landsat-8: Thermal Infrared 
Sensor [TIRS] e Operational Terra Imager [OLI]. Foi utilizado o software QGIS 
3.22.14, com as cenas capturadas processadas com o complemento para 
classificação supervisionada semi-automática (Semi-Automatic Classification 
Plugin), desenvolvida por Congedo (2014), na versão 7.10.10. Foram adotados os 
mesmos procedimentos em todos os mapas objetivando o aperfeiçoamento da análise, 
assim seguindo determinada paridade.
No pré-processamento dos dados foi realizada a conversão dos dados DN (Digital 
Numbers) para refletância (TOA – Top of Atmosphere reflectance). Além desse 
processo, também foi utilizado o método de correção atmosférica DOS1 (Dark 
Objetc Subtration 1). Posteriormente, foi criado um raster virtual de composição 
RGB (cores verdadeiras) com bandas 3, 2 e 1 para os satélites Landsat-5 e bandas 
4, 3 e 2 para o satélite Landsat-8.
O processamento de classificação consistiu na definição de categorias de 
interesse através da seleção de pontos amostrais. Com o programa Google Earth 
Pro, foram selecionadas áreas representativas para as classes, designadas como 
ROIs (Regions Of Interest) destinadas à determinação de padrões de comportamento 
dos pixels de cada classe, viabilizando a busca destes padres em toda a imagem. 
Conforme o Manual Técnico de Uso da Terra do IBGE (2006), foram definidas as 
seguintes classes de cobertura e uso da terra: 1- Corpos hídricos; 2- Área de 
extração de areia (água proveniente do afloramento do lençol freático provocado 
pelo demonstre hidráulico da extração de areia); 3- Vegetação densa ; 4- Campos 
e pastagens ; 5- Solo exposto ; e 6- Áreas construídas. Segundo o IBGE (2006), o 
principal objetivo do uso de nomenclaturas é unificar os conceitos e garantir a 
compatibilidade de resultados. Em tempo, a “cobertura da terra” corresponde às 
áreas em que sobressaem as características naturais ou mesmo construídas, 
determinadas através da observação direta em visitas a campo ou por meio de 
sensores remotos. Tendo em conta as áreas sob utilização econômica, realizadas 
pelo homem (na superfície terrestre) que tem como objetivo obter algum produto 
ou benefício (IBGE, 2006).
Em seguida, foram realizados os cálculos de área (em km²) e a porcentagem (%) de 
cada classe, transferidos para planilha Excel para cálculo da variação 
percentual entre os anos analisados. Para a validação da acurácia das 
classificações supervisionadas foi utilizado o Índice Kappa Global, a fim de 
avaliar a qualidade e confiabilidade dos dados apresentados.
De acordo com Monteiro (2008), os instrumentos de análise espacial fazem 
ligações entre o meio físico e socioeconômico, sendo indispensáveis em estudos 
ambientais, na tomada de decisões em ordenamento e planejamento do território, e 
na definição de políticas de gestão de recursos naturais. Logo, a utilização de 
sensores remotos, em especial para o mapeamento de cobertura e uso da terra, tem 
um caráter fundamental para o desenvolvimento de pesquisas e monitoramento 
ambientais, por possibilitar uma eficiência na obtenção e tratamento de elevada 
quantidade de dados e informações sobre os recursos naturais.
Resultado e discussão
Desde os anos 1990 o estado fluminense passa por processos acentuados de 
alteração do ambiente natural, ligados especialmente à industrialização e 
crescimento populacional (LAMEIRA, 2010). Tais processos ocorreram de forma 
desordenada e sem planejamento, principalmente na Baixada Fluminense, com suas 
áreas rebaixadas e de formações sedimentares quaternárias transformadas, que 
favoreceram a ocupação, embora com muitos fatores limitantes. 
Visando compreender e avaliar as alterações que ocorreram nos municípios de 
Queimados e Japeri, especialmente nas áreas próximas a APA do Rio Guandu, foram 
criadas quatro classificações supervisionadas de cobertura e uso da terra, 
referentes aos anos de 1991, 2006, 2010 e 2020, representadas nas Figuras 1 e 2. 	
Os resultados da validação da acurácia via Índice Kappa Global são: 0,93 (1991); 
0,94 (2006); 0,93 (2010); e 0,94 (2020). Nota-se que os valores de Kappa das 
classificações estão todos acima de 0,81, correspondendo a uma força de 
concordância quase perfeita (MARTINEZ, 2015).
A classe de Extração de areia constitui áreas que podem ser classificadas como 
Tecnoformas de Escavação (CEN/SBCR, 2022), com cicatrizes geradas pela retirada 
direta de material e ocorrem em ambos os municípios nas proximidades da APA 
Guandu, na orientação sudoeste. Com aumento total de 141%, destacando o ano de 
2010 com 66%, nota-se a sua proximidade com eixos os rodoviários via Dutra 
(Queimados) e Arco Metropolitano (Japeri). Ainda, estão localizadas nas 
proximidades dos polos industriais das duas cidades. Segundo Morais (2016), por 
sua localização privilegiada e a disponibilidade de amplos terrenos às margens 
das rodovias, possuem um papel decisivo na economia do Rio de Janeiro, atraindo 
investimentos industriais que remodelam a estrutura produtiva, reestruturando o 
processo de circulação de bens e pessoas, e também os processos de criação de 
novos relevos. 
A ampliação de relevos tecnogênicos tem sido identificada em estudos na Baixada 
Fluminense que ressaltam a substituição das morfologias quaternárias (SILVA, 
2010; RUFINO, 2021; DIAS, 2022). Nessa área ocorrem depósitos arenosos do 
Quaternário em áreas de planícies fluviais (SILVA, 2001), intensamente 
explorados pela a indústria da construção civil (SILVA, 2010). A produção de 
areia fluminense ocorre em terrenos quaternários devido à ocorrência de 
depósitos arenosos relacionados ao intenso retrabalhamento do relevo nesse 
período geológico, porém essas áreas, mesmo que em considerável disponibilidade, 
coincidem com áreas urbanizadas (SILVA, 2010). 
Esses relevos têm características específicas, que revelam a gênese diferenciada 
dos processos antes dados como naturais. Essas formações se dão com a 
intervenção do ser humano na dinâmica dos processos naturais, provocando a 
quebra do equilíbrio dinâmico. A atualidade tem como uma de suas principais 
marcas a maneira como a sociedade consome os recursos naturais e produz o 
espaço, registrando no ambiente as formas da produção de sua ocupação (MIYAZAKI, 
2014). 
Além dessa, outras alterações registradas ao longo do período analisado estão 
descritas a seguir e, de forma variada se relacionam com as mudanças nos 
municípios. Observa-se a diminuição total de 21% na classe Corpos Hídricos 
(Figura 3), que pode se associar a fatores como o regime de chuvas na região e 
desmatamento da mata ciliar, diminuindo a retenção de água do rio Guandu. O ano 
de 2010 mostrou um aumento de 16%, porém os anos seguintes demonstram um cenário 
que aponta para a queda da disponibilidade hídrica, o que a criação da APA 
Guandu visou combater. Tal queda não se restringe a apenas a área da APA Guandu, 
mas também a toda a Região Hidrográfica Guandu (RUFINO, 2021).
A Vegetação Densa aumentou 164% nos últimos 32 anos. Destaque para o intervalo 
entre 2010 e 2020 com 108% de elevação. Tal variação é influência da proximidade 
com outras Unidades de Conservação, em especial APA Guandu-Açu, APA Jaceruba, 
APA Rio D’Ouro, além da Reserva Biológica do Tinguá, todas à nordeste de Japeri. 
Logo, grande parte do aumento dessa classe está relacionada principalmente a APA 
da Pedra Lisa (Japeri) e as que estão próximas, levando o alerta para o 
município de Queimados que apresenta apenas a APA Guandu como área de 
preservação.
A classe de Campos e Pastagens diminuiu em todos os anos analisados, com 
destaque para 2020 com uma redução de 20%, e um total de 31% de queda. A 
tendência de redução pode estar diretamente ligada ao aumento expressivo das 
áreas de vegetação densa, além do aumento das áreas construídas, discutido mais 
à frente, e a ampliação dos parques industriais de Queimados e Japeri. Esses 
parques industriais vêm sendo instalados em áreas férteis, perto de terras 
banhadas pelo rio Guandu, próximas a APA Guandu, e causado prejuízos para 
famílias de agricultores, que perdem seu meio de sustento. Essas áreas são 
interessantes às unidades fabris pela posição estratégica para o escoamento da 
produção, próximas à via Dutra e ao Arco Metropolitano (ALCÂNTARA et al., 2020). 
Tal como campos e pastagens, Solo Exposto também apresentou tendência de queda, 
em parte pelos mesmos fatores citados anteriormente. Entretanto, pode-se 
destacar que os novos modelos de empreendimentos comerciais, processos de 
reestruturação e novas práticas urbanas levam as cidades a um modelo onde, 
segundo Araújo (2011), o importante é vender a beleza das áreas que rendem lucro 
e manter as áreas territoriais desprivilegiadas na maior passividade possível, 
preferencialmente escondidas. Logo, as áreas centrais das cidades são exploradas 
e embelezadas e as áreas periféricas acabam negligenciadas. No caso dos dois 
municípios estudados, isso levou a um aumento das áreas construídas, graças à 
mudança de cidade rurais/dormitórios para cidades urbanas/industriais. Outro 
fator é a construção do eixo rodoviário Arco Metropolitano, onde pode ser 
observado a abertura de sua via em solo exposto no ano de 2010 e, logo em 
seguida, no ano de 2020, sua total conclusão representando a classe de áreas 
construídas, assim demonstrando a tendência que essa classe tem em representar 
áreas que logo terão outro tipo de cobertura, assim como a formação de novos 
relevos tecnogênicos. 
Enfim, a classe de Áreas construídas, com o maior aumento, que chega a 229%, tem 
destaque para a variação entre 1991 e 2006 com 156% de aumento. Os dois 
municípios participaram do processo de emancipação no ano de 1991, logo os dados 
disponíveis do censo demográfico do IBGE daquele ano ainda os tratavam como 
distritos do município de Nova Iguaçu. Em 1990, Queimados e Japeri apresentavam, 
respectivamente, 124.514 e 65.723 habitantes, no ano de 2000 foram 121.993 e 
83.278. Com isso, Queimados apresentou uma queda de 2% em seus habitantes e 
Japeri um aumento de 27%. No intervalo de 1991 até 2020, o aumento populacional 
de Queimados foi de 22% e em Japeri de 61%, com os municípios apresentando 
151.335 e 105.548, respectivamente. Antes conhecidas como “cidades dormitórios”, 
os municípios se transformaram de uma “periferia marginalizada” para um eixo de 
desenvolvimento econômico e industrial do estado do Rio de Janeiro (MORAIS, 
2016; LAGO, 2017). 
A chegada posterior da indústria na Baixada Fluminense alterou a estrutura 
espacial e transformou essas “cidades dormitórios” em localidades economicamente 
dinâmicas, municípios menores, recém-emancipados, com maior importância na 
produção industrial do estado do Rio de Janeiro (MORAIS, 2016). O espaço 
geográfico da Baixada foi transformado profundamente, alguns centros regionais 
se consolidaram, como Queimados se transformou em uma cidade modelo, 
representando uma “Nova Baixada” industrial (MORAIS, 2016). 
Assim o espaço geográfico foi transformado profundamente. Essas feições 
tecnogênicas produzidas pela atividade humana, com gênese e morfologia estão 
ligadas diretamente às novas formas de apropriação e ocupação do relevo 
(PELOGGIA, 1997; MIYAZAKI ,2014).

Mapa de localização dos municípios de Queimados e Japeri e mapas de cobertura e uso da terra dos anos de 1991 e 2006

Mapa de localização da APA do Rio Guandu e APA da Pedra Lisa e mapas de cobertura e uso da terra dos anos de 2010 e 2020

Gráfico com os valores da áreas das classes em Km² e as suas variações entre 1991 e 2020
Considerações Finais
A Baixada Fluminense passou por processos acentuados de alteração do relevo, 
principalmente ligado a industrialização e crescimento das áreas urbanizadas. 
Relevos  tecnogênicos do tipo Tecnoformas de Degradação e expressos no terrenos 
como cicatrizes tecnogênicas escavadas, com base em CEN/SBCR (2022), formados pela 
extração de areia em cavas, foram possíveis de serem observadas nos municípios de 
Queimados e Japeri, especialmente dentro e nas proximidades da APA Guandu 
revelando conflitos de ordem ambiental pelo uso e ocupação desse território.
A análise também permitiu constatar uma queda da disponibilidade hídrica, com a 
classe corpos hídricos apresentando uma diminuição de 21%, além de campos e 
pastagens e a de solo expostos que mostram a sua retração ligada principalmente ao 
crescimento das áreas construídas. As áreas de vegetação densa aumentaram em 164%, 
entretanto, seu aumento parece estar mais ligado a outras Unidades de Conservação 
que não estão abrangidas no recorte espacial aqui definido, o que levanta a 
possibilidade de mais estudos para se observar a sua influência, principalmente as 
do município de Nova Iguaçu, nos municípios vizinhos. 
Por fim, o aumento expressivo de áreas de extração de areia e das áreas 
construídas acarretam a criação de novas formas de relevo advindas da atividade 
humana, produzidas pela apropriação do relevo, muitas vezes de forma desordenada e 
sem preocupação com o ambiente.
Agradecimentos
Referências
AB’SABER, A. Um Conceito de Geomorfologia a Serviço das Pesquisas sobre o Quaternário. Geomorfologia, n. 18, IGEOG-USP, 1969.
ALC NTARA, D. de; OLIVEIRA, N. S; MAGALHÃES, L. C; MENDONÇA, G. R. de. Cenários de Desenvolvimento Urbano e Periurbano em Japeri, RJ: zona de sacrifício ou município insurgente. Espaço e Economia, v. 19, 2020. Disponível em: <http://journals.openedition.org/espacoeconomia/16368>. Acesso: 15 abr 2023.  
ARAÚJO, F. Empresariamento Urbano: concepção, estratégias e críticas. In: I circuito de debates acadêmicos. 2011, Rio de Janeiro. Anais… Rio de Janeiro. 2011. Disponível em: <http://www.ipea.gov.br/code2011/chamada2011/pdf/area7/area7-artigo7.pdf> Acesso: fev. 2016.
CASTRO, E.; CUNHA, L.; SANTOS, N. P. Análise integrada da paisagem da raia central portuguesa. Minerva, vol. 5, n. 2, p. 139-147, 2008. 
CEN/SBCR. Breve estado da arte do Sistema Brasileiro de Classificação do Relevo (SBCR): contribuições de e para a sociedade científica geomorfológica. Nota Técnica. Revista Brasileira de Geografia, v.67, n.2, p.212-227, 2022. 
CONGEDO, L. Tutorial: Land Cover Classification Using the SemiautomaticClassification Plugin v. 3.0 “Rome” for QGIS, 2014. Disponível em<http://fromgistors.blogspot.com/>. Acesso: 24 out. 2020.
CPRM. Serviço Geológico do Brasil. Diagnostico geoambiental do estado do Rio de Janeiro. Ministério de Minas e Energias. Brasília, 2000. Disponível em: <https://rigeo.cprm.gov.br/jspui/bitstream/doc/17229/14/rel_proj_rj_geoambiental.pdf> Acesso em: 12 abr. 2023.
DIAS, B.P. Identificação e caracterização de terrenos e processos tecnogênicos na bacia hidrográfica do Rio da Guarda, na Baixada de Sepetiba (RJ). Monografia (Licenciatura em Geografia), Instituto Multidisciplinar, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Nova Iguaçu, 2022, 111 p. 
IBGE. Manual Técnico de Uso da Terra. Manuais Técnicos em Geociências. Rio de Janeiro: IBGE, 2006. Manual. 2º ed., n. 7.
LAGO, L. C. A "periferia" metropolitana como lugar do trabalho: da cidade dormitório à cidade plena.Cadernos IPPUR/UFRJ/Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ano XXI, nº 2, pp. 9-28, 2007.
LAMEIRA, A. BRENNO, C; MOTTA, H. F; LOPES, L. A. C; MENEGON, M; OLIVEIRA, R. S; BARCELLOS, T. B. C; ZAINER, N. G; PRADO, R. B. Diagnóstico e alternativas para a recuperação ambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Guandu (BHRG) - RJ. Embrapa Solos. Rio de Janeiro, 2010. Disponível em: <https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/881979/4/documentos122.pdf> Acesso: 14 out. 2019.
MAIA, P.F.; RODRIGUES, A. A cidade (re)partida: um breve estudo sobre as emancipações da cidade de Nova Iguaçu e a formação da região da Baixada Fluminense. In : I Congresso de Desenvolvimento Regional de Cabo Verde. 2009. Anais… Cidade da Praia: UniPiaget, 2009. Disponível em <http:// www.apdr.pt/congresso/2009/pdf/Sess%C3%A3o%2039/72A.pdf> Acesso: 15 out. 2022.
MARTINEZ, E. Z. Coeficiente kappa (vídeo aula). Disponível em:<https://www.youtube.com/watch?v=OGKFTh0EPoc>. Acesso: 13 dez.2015.
MIYAZAKI, L. C. P. Depósitos tecnogênicos: Uma nova perspectiva de leitura geográfica. Quaternary and Environmental Geosciences, v. 5, n.2, p. 53-66, 2014.  Disponível 	em: < https://revistas.ufpr.br/abequa/article/view/33964> Acesso em: 13 ago. 2022 
MONTEIRO, C. A. de F. Geografia Sempre: O Homem e seus Mundos. Campinas: Edições Territorial, 2008. 256 p. 
MORAIS, M. L. Os Novos Usos Do Espaço Urbano Periférico: O Processo De Reestruturação Urbana Em Queimados-RJ. Revista de História da UNIABEU, v.6, n.11, p. 102-121. 2016. Disponível em: <https://core.ac.uk/display/268397149?utm_source=pdf&utm_medium=banner&utm_campaign=pdf-decoration-v1> Acesso em: 24 abr. 2023.
PELOGGIA, A. U. G. A ação do homem enquanto ponto fundamental da geologia do tecnógeno: Proposição teórica básica e discussão acerca do caso do município de São Paulo. Revista Brasileira de Geociências, v. 27, n.3, p.  257-258, São Paulo, 1997. Disponível em: <https://www.ppegeo.igc.usp.br/index.php/rbg/article/view/11290#:~:text=O%20cerne%20da%20Geologia%20do,efetiva%20 do%20homem%20como%20agente> Acesso em: 15 mar. 2022. 
PELOGGIA, A.U.G. Delineação e aprofundamento temático da geologia do tecnógeno do município de São Paulo: as conseqüências geológicas da ação do homem sobre a natureza e as determinações geológicas da ação humana em suas particularidades referentes à precária ocupação urbana. Tese  (Doutorado em Geociências) - Instituto de Geociências, Universidade de São Paulo, 1996, 162p.
PELOGGIA, A. U. G.; OLIVEIRA, A. M. S. Tecnógeno: um novo campo de estudos das geociências. In: X Congresso da Associação Brasileira de Estudo do Quaternário, 10., Guarapari, 2005. Anais... Guarapari, 2005. Disponível em: <http://www.abequa.org.br/trabalhos/0268_tecnogeno.pdf>. Acesso: 05 mai. 2018. 
RUFINO, J. V. P. Monitoramento de Áreas de Extração de Areia Na Região Hidrográfica Guandu (RJ) com o uso de Geotecnologias. Monografia (Graduação em Geografia) - Universidade Federal Rural do Estado do Rio de Janeiro, 2021, 118 p.
SILVA, T. M. A estruturação geomorfológica do Planalto Atlântico no Estado do Rio de Janeiro. Tese (Doutorado em Geografia) - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2002, 264 p. 
SILVA, S. L. Extração de areia na região metropolitana do Rio de janeiro - distribuição espacial e parâmetros de análise na indicação de áreas produtoras. Rio de Janeiro. Dissertação (Mestrado em Geografia), Programa de Pós Graduação em Geografia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2010, 119 p. 
SILVA, E.C.N.; DIAS, M.B.G.; MATHIAS, D.T. A abordagem tecnogênica: reflexões teóricas e estudos de caso. Quat. Environm. Geosc., v. 5, n. 1, p.1-11, 2014.
SILVA, M. J. dos S. O.; SILVA FILHO, J. A.; SILVA, A. J. L. Principais impactos e mudanças na paisagem decorrentes da ocupação desordenada no município de Encanto – RN: exemplo do bairro Alto da Boa Vista. Revista do CERES, v.1, n.2, p.115-1221, 2015.
VITTE, A. C. O desenvolvimento do conceito de paisagem e a sua inserção na geografia física. Mercator – Revista de Geografia da UFC, Fortaleza, v. 6, n. 11, p. 71-78, 2008. Disponível em: < http://www.mercator.ufc.br/mercator/article/view/58> Acesso em: 30 mar. 2023.








 









 