Autores
- ELIAS DOS SANTOS SILVAUNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBAEmail: elias.silva@aluno.uepb.edu.br
 - ELIZABETH DOS SANTOS SILVA FARIASUNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBAEmail: elizabeth.santos.silva@aluno,uepb.edu.br
 - JOYCE CARLA PEREIRA GOMESUNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBAEmail: joyce.gomes@aluno.uepb.edu.br
 - INOCÊNCIO DE OLIVEIRA BORGES NETOUNIVERSIDADE DO PARANÁEmail: iobngpb@gmail.com
 - RAFAEL ALBUQUERQUE XAVIERUNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBAEmail: rafaelxavier@servidor.uepb.edu.br
 
Resumo
Este artigo discute a importância do geoturismo para a conservação do patrimônio 
geomorfológico dos lajedos no Cariri Paraibano. A exploração antrópica por meio 
de atividades turísticas inadequadas pode levar à degradação dos recursos 
naturais, causando danos irreparáveis. O geoturismo se apresenta como 
alternativa para a conservação do patrimônio geomorfológico, com valores 
expressivos culturais, estéticos ou científicos. Através de pesquisas 
bibliográficas e trabalho de campo foi possível identificar a prática turística 
oferecida pelos guias desses lajedos. Os lajedos do Cariri Paraibano apresentam 
uma alta geodiversidade, e uma variedade em suas formas de relevo, tornando-os 
relevantes para a prática do geoturismo. É possível observar que as práticas 
turísticas nesses lajedos, por mais que protejam os elementos abióticos não são 
totalmente geoturísticas, pois focam na experiência cultural do turista deixando 
de lado os valores geocientíficos da geodiversidade do local.
Palavras chaves
Geoturismo; Geoconservação; Geodiversidade; Lajedos; Cariri Paraibano
Introdução
O turismo está experimentando um crescimento significativo em todo o mundo, 
inclusive no Brasil. No entanto, é importante considerar que as atividades 
turísticas podem gerar a degradação do ambiente, especialmente em áreas com 
expressiva geodiversidade. A geodiversidade é composta por elementos como 
rochas, relevos, solos e recursos hídricos, sendo essencial para a conservação 
dos ecossistemas e proteção do patrimônio cultural (NASCIMENTO; RUCKYS; 
MANTENSSO-NETO, 2008; GRAY, 2004; AZEVEDO, 2007). A exploração antrópica por 
meio de atividades turísticas inadequadas pode levar à degradação dos recursos 
naturais e culturais, incluindo a perda da biodiversidade e dano ao patrimônio 
cultural e geomorfológico.
O patrimônio geomorfológico envolve os elementos geológicos presentes na 
natureza, cujos valores culturais, científicos, estéticos, econômicos e 
ecológicos são importantes para as sociedades, sendo considerado como herança da 
história evolutiva da Terra ao longo do tempo geológico.(CANDEIRO et. Al., 2012; 
PEREIRA,1995; GRAY, 2004; BRILHA, 2005, CARCAVILLA, LÓPEZ-MARTINEZ,  DURÁN,2007; 
REYNARD 2005; VIEIRA E CUNHA 2004; PEREIRA et, Al., 2006). Esse tipo de 
patrimônio desempenha um papel importante no desenvolvimento do geoturismo e é 
considerado um recurso valioso para atrair visitantes. Gray (2004) enfatiza a 
importância de valorizar e preservar a natureza abiótica, incluindo feições 
geomorfológicas, como meio de promover a geoconservação.
A geoconservação é um conjunto de estratégias e ações voltadas para a  
conservação, proteção e gestão sustentável do patrimônio geológico-
geomorfológico (SHARPLES 2002; GRAY, 2004). O patrimônio geomorfológico é 
constituído por formações geológicas singulares, fósseis, minerais raros, 
paisagens geológicas e outros elementos de valor científico, pedagógico, 
cultural e estético. (PEREIRA, 1995). Para se alcançar a geoconservação é 
necessário estratégias para a possível conservação de cada elemento constituinte 
do patrimônio geomorfológico com valores excepcionais (BRILHA, 2005; BRILHA, 
2015; CARCAVILLA et al., 2007; CARCAVILLA, 2012).
Por sua vez, o geoturismo é um novo tipo de turismo que busca coalizar a 
conservação do patrimônio geomorfológico com o desenvolvimento regional e o bem-
estar das populações, sendo praticado em áreas urbanas e naturais, promovendo 
assim, uma geoconservação. (AZEVEDO, 2007; LOPES et. Al., 2011). 
O geoturismo desempenha um papel importante na geoconservação, pois promove a 
conscientização e o envolvimento das comunidades locais e visitantes na proteção 
do patrimônio geológico (HOSE, 1995; SOUZA E NASCIMENTO, 2005; MOREIRA, 2011). 
Com o emprego do geoturismo é possível promover a educação ambiental e 
sensibilizar a comunidade local, promover a conservação do geopatrimônio, 
impulsionar o desenvolvimento econômico sustentável na localidade onde ele é 
praticado, envolvimento da comunidade local nas atividades, divulgação do 
patrimônio geomorfológico e auxiliar nos estudos geocientíficos.
Sob esta perspectiva, se enquadram os lajedos do Cariri Paraíbano, pois 
apresentam uma rica geodiversidade, e uma variedade em suas formas de relevo, 
devido aos diferentes processos de formação, intemperismo e erosão.  Os lajedos, 
como são popularmente conhecidos, se trata de extensos afloramentos rochosos, 
geralmente rochas graníticas, com uma forma de domo assimétrico, do tipo 
Whaleback, que raramente ultrapassam 100 metros de amplitudes altimétricas. 
(SOUZA e XAVIER, 2017; LAGES et. Al., 2014).Assim, o presente trabalho versa 
sobre a importância do geoturismo para a geoconservação dos lajedos de maior 
expressividade presentes no Cariri paraibano, a saber: Lajedo de Pai Mateus 
(Cabaceiras), Lajedo da Salambaia(Cabaceiras), Lajedo Manoel de Souza 
(Cabaceiras) e o Lajedo do Marinho (Boqueirão), os quais foram identificados 
previamente por Lages et al. (2018) na proposta do Geoparque do Cariri 
Paraibano.
Material e métodos
2.1	Caracterização da Área de Estudo:
A microrregião do Cariri Paraibano (figura 1) situa-se na borda Oeste do 
Planalto da Borborema no Estado da Paraíba. Seuterritório equivale a 11.233 km2, 
e é composto por29 municípios. O acesso ao Cariri da Paraíba é feito por 
estradas entre Queimadas e Boqueirão ao leste, Soledade a norte e o Vale do Rio 
Farinha ao noroeste. Ao sul, esta microrregião faz divisa com municípios de 
Pernambuco - PE.
Figura 1: Mapa de Localização da microrregião do Cariri Paraibano. 
Fonte: Elaboração própria (2022)
	
O clima do Cariri Paraibano é considerado Bsh segundo Köppen, cuja precipitação 
média varia entre 350 a 700 mm anuais e a sua temperatura média anual fica em 
torno 26º C (AESA, 2022). O Cariri Paraibano situa-se na porção centro-sul do 
Planalto da Borborema, onde sua base geológica é composta pelo complexo 
gnáissico-migmatítico-granidiorítico  (LUCENA, 2009). Nessa microrregião é 
perceptível a exposição das rochas cristalinas, e a presença notória de feições 
como inselbergs, lajedos e cristas isoladas (LAGES, 2018;SOUZA e XAVIER 2017).
De acordo com Souza, Suertegaray e Lima (2009) os principais tipos de solos 
encontrados nessa área são: “LuvissoloHipocrômico, Luvissolo Crômico, 
PlanossoloHáplico, PlanossoloNátrico, CambissoloÚmico, VertissoloHidromórfico, 
NeossoloFlúvico, NeossoloRegolítico, NeossoloLitólico e o ChernossoloRêndzico”.O 
Cariri Paraibano estáinserido no Bioma da Caatinga, cuja sua fitofisionomia é 
diversa, apresentando estratos arbóreos, arbustivos e herbáceos. Segundo Ballén 
et. al. (2016) dominam nessa região“espécies caducifólias de caráter xerófilo e 
grande quantidade de plantas espinhosas. Fitosionomicamente as caatingas podem 
ser caracterizadas como florestas arbóreas ou arbustivas, sem formar um dossel 
contínuo”.
2.2	Procedimentos Metodológicos:
Esta pesquisa se caracteriza como sendo de natureza básica, de abordagem 
qualitativa, e com os seguintes procedimentos técnicos para a coleta dos dados: 
I- levantamento bibliográfico, II- estudo de campo (exploratório), III- 
observação direta eIV- análises dos dados obtidos durante as revisões das 
literaturas e os trabalhos de campo durante a pesquisa de gabinete.
Foram realizados levantamentos e análises de algumas literaturas que abordam os 
temas sobre Geodiversidade, Geopatrimônio, Geoconservação, Geoparques e 
Geoturismo, ademais, concomitantemente foram revisadas literaturas que 
caracterizavam a microrregião do Cariri Paraibano.
No estudo de campo foram realizadas as coletas das coordenadas geográficas com o 
GPS Garmin modelo 60csx dos lajedos, além de registros fotográficos e a 
observação direta da atividade turística. Por fim, a pesquisa de gabinete se deu 
na composição de mapas em ambiente SIG com o emprego do geoprocessamento e a 
utilização do software QGIS em sua versão 3.30.
Resultado e discussão
Segundo Souza e Xavier (2017) os lajedos “apresentam grande importância 
geomorfológica, tanto pelo conjunto variado de formas específicas e raras, 
quanto pela presença marcante na paisagem revelando seu caráter de resistência 
aos processos geomorfológicos.”. Nesse estudo, será destacada a prática 
geoturística para a promoção da geoconservação nos lajedos de Pai Mateus, Lajedo 
da Salambaia e o Lajedo Manoel de Souza no município de Cabaceiras e o Lajedo do 
Marinho no município de Boqueirão (figura 2).
Figura 2. Mapa de localização dos lajedos com mais expressividade do Cariri 
Paraibano
 
Fonte: Elaboração própria (2023).
O Lajedo de Pai Mateus (figura 3- A) é o mais conhecido turisticamente, 
principalmente devido ao marketing empregado após as gravações do filme “O Auto 
da compadecida”.  Os tipos de turismo mais praticados no local são: o 
Ecoturismo, o Geoturismo e o Turismo de Aventura (COSTA, 2018). No entanto o 
turismo místico e esotérico é o mais ofertado pelos guias, os quais contam a 
história do Hermitão Pai Mateus de forma mística (CAVALCANTE e PERAZZO, 2013). 
Além do mais, nesta área são praticados esportes radicais, como bouldering e 
mountain bike, são realizadas gravações de filmes e séries e ensaios 
fotográficos. O lajedo localiza-se em uma propriedade privada na zona rural do 
Município de Cabaceiras – PB (LAGES et. Al., 2014).
A beleza cênica única e exclusiva presente no Lajedo de Pai Mateus atrai 
turistas de todo o mundo para observarem os grandes matacões arredondados 
(boulders) sobrepostos acima do lajedo. No entanto, por mais que diversas 
pesquisas geológicas e geomorfológicas tenham formado um inventário cientifico 
sobre os processos de intemperismo químico, a esfoliação esferoidal que 
arredondaram esses matacões e a pediplanação que removeu todo o material 
regolitico, exumando a superfície rochosa e seus boulders, a parte geocientifica 
é deixada em segundo plano, dando espaço e ênfase a cultura indígena, lendas 
locais e religiosas (PEREIRA, 2008; SOUZA e XAVIER, 2017; LAGES et. Al., 2014; 
CAVALCANTE e PERAZZO, 2013; LAGES et. Al., 2018; MAIA e NASCIMENTO, 2018).
Esse lajedo conta com diversas pesquisas cientificas, além de obter espaços para 
acolhimento turístico, como restaurante, hotel e guias capacitados na cultural e 
história local. Entretanto, o foco da prática turística realizada no local, visa 
apenas a apreciação das geoformas, a experiência religiosa e a observação do pôr 
do Sol. Assim, é deixada de lado a premissa do geoturismo que é a 
conscientização e o envolvimento das comunidades locais e visitantes na proteção 
do patrimônio geomorfológico, além do auxílio nos estudos geocientíficos e 
interpretação do geopatrimônio (AZEVEDO, 2007; LOPES et. Al., 2011; HOSE, 1995; 
SOUZA E NASCIMENTO, 2005; MOREIRA 2011).
A ausência do geoturismo no local acaba pondo em risco a geodiversidade, visto 
que a exploração comercial na área é grande, colocando em risco a integridade do 
lajedo. É possível observar nos comerciais e até mesmo in loco a presença de 
automóveis e motocicletas em cima do lajedo aumentando o risco de degradação e 
se distanciando do cerne da geoconservação, visto que o a conservação do 
patrimônio geomorfológico fomentada pelo geoturismo vai além de efeitos sonoros 
e/ou estéticos/visuais.
O município de Cabaceiras conta também com outros lajedos de suma importância 
para o turismo e a ciência, como é o caso do Lajedo da Salambaia (figura 3-B), 
cuja localização é na Fazenda homônima, distante 23 quilômetros da Zona Urbana 
do Município (DANTAS, 2022). Esse Lajedo possui 3,2 quilômetros de extensão no 
sentido sudeste-nordeste e uma amplitude altimétrica de 66 metros, sendo o menos 
fraturado, o mais extenso e o que não apresenta blocos arredondados em sua 
superfície (SOUZA, LIMA e XAVIER, 2022). A forma desse lajedo é tipo arco com 
estrutura do tipo Whale Back (Dorso de Baleia) apresentando no seu topo bacias 
de dissoluções e caneluras (SOUZA e XAVIER, 2017; LAGES et. Al., 2018).
No Lajedo da Salambaia é comum a prática geoturística e ecoturística, esse 
afloramento dentre os demais, é o que apresenta foco no turismo ambiental, com 
preocupação na preservação da biodiversidade e do patrimônio geomorfológico.  
Esse local apresenta uma boa estrutura para os turistas e oferece alimentação 
pré-agendada, além de possuir estacionamento, mas não possui hotel próximo ao 
lajedo onde os turistas possam pernoitar ou se hospedar por um longo período. Em 
se tratando do geoturismo, essa atividade é praticada com êxito, visto que os 
guias são capacitados e a entrada de pessoas no lajedo é pré-agendada, o que 
coaliza em uma maior preservação das geoformas locais.  
O Lajedo Manoel de Souza (figura 3- C) situa-se em uma propriedade privada, com 
uma área de 18.000 m2e altura de 40 metros. Há a presença de boulders, tafoni 
basais e caneluras. Este afloramento se destaca entre os demais devido ao estado 
de preservação em que se encontra o patrimônio arqueológico, por este motivo ele 
apresenta uma relevância nacional, com valores que necessitam ser exercitados 
pelo geoturismo, como é o caso dos valores educacionais, científicos e 
turísticos (LAGES et. Al., 2014; LAGES et. Al., 2018).
A tipologia turística é a técnico-cientifica, e nesse contexto, insere-se os 
objetivos do geoturismo para o engajamento da comunidade local nas atividades, a 
conscientização geopatrimonial para os turistas e a preservação do patrimônio 
Geomorfológico (ALVES, SOUZA e ARAÚJO, 2008). Por estar próximo ao Lajedo de Pai 
Mateus, apresenta uma boa infraestrutura para o acolhimento dos turistas, a 
exemplo de hotéis, restaurantes, área de camping, banheiros e áreas e lazer.
O Lajedo do Bravo (figura 3- D) localiza-se em uma propriedade privada do 
município de Boa Vista, sua área é de 22.000 m2, com altura média de 30 metros 
em relação à superfície aplainada do entorno. Ele dentre os lajedos que compões 
a análise deste estudo é que se apresente mais fraturado, apresenta diversos 
blocos rochosos de diferentes tamanhos, porém mais retangulares, nesses blocos é 
perceptível a presença de tafonibasais, caneluras e tanques (SOUZA e XAVIER, 
2017), além de blocos menores sobrepostos. O grande diferencial desse lajedo é a 
presença das Itacoatiaras (gravuras rupestres) nas rochas, formando a patrimônio 
arqueológico, no entanto essas inscrições se apresentam degradadas e 
vandalizadas.
A tipologia turística e atividade predominante no Lajedo do bravo é a do turismo 
em paisagens naturais, devido a sua beleza cênica e estética (ALVES, SOUZA e 
ARAÚJO 2008). Nesse lajedo a atividade geoturística começou tardia, 
possibilitando a degradação ambiental e geopatrimonial. No entanto, atualmente, 
essa atividade vem favorecendo a proteção do patrimônio geomorfológico evitando 
a degradação e perca da memória da Terra e dos índios que habitavam a essa 
região. A localidade conta com estrutura para acampamentos e alimentações 
previamente agendadas, onde o foco turístico perpassa pelo geoturismo.
O Lajedo do Marinho (figura 3- E) é um afloramento situado no distrito do 
Marinho do Município de Boqueirão – PB. Esse encontra a 14 quilômetros da zona 
urbana e possui 610 metros de altitude e apresenta blocos rochosos em superfície 
de formas ovaladas (LAGES et. Al., 2018; ARAÚJO, 2021). O local ainda não dispõe 
de um acervo de pesquisas geológicas e geomorfológicas, mas apresenta uma boa 
conservação do Lajedo, no entanto, a comunidade local, aproveitou as bacias de 
dissoluções para a construção de barragens que fornece o aproveitamento da água 
da chuva (ARAÚJO, 2021). O turismo no local ofertado pelos guias são o rural de 
experiência, mas apresenta grandes potenciais para a implementação do 
geoturismo, visto que a comunidade local já usufrui da economia gerada pela 
oferta turística e o geopatrimônio é conservado.
Figura 3- Lajedos, (A- Pai Mateus), (B- Salambaia), (C- Manoel de Souza) e (D- 
Marinho).
 
Fonte: Elaboração própria (2023)

Mapa de localização dos lajedos com mais expressividade do Cariri Paraibano

Lajedos, (A- Pai Mateus), (B- Salambaia), (C- Manoel de Souza) e (D- Marinho).
Considerações Finais
Foi constatado que os lajedos de maior expressividade do Cariri Paraibano 
apresentam uma boa conservação devido as intervenções por parte das práticas 
turísticas realizadas no local. No entanto, quando o assunto é o geoturismo, esses 
Lajedos apresentam potencialidades, mas não apresentam uma prática correta.
Para que seja implementada a prática geoturística em toda sua totalidade nesses 
locais, é necessário um maior envolvimento das comunidades locais, gerando renda 
para os moradores do município e que não seja apenas um monopólio de venda 
experiências. O geoturismo antes de tudo, se preocupa com o bem-estar das 
populações, para que elas sejam promotoras e protetoras do patrimônio 
geomorfológico.
O geoturismo não visa extinguir os costumes locais, mas busca coalizar a cultural 
local com o anseio em saciar a sede de conhecimento dos turistas que buscam 
conhecer o patrimônio geomorfológico, observar a beleza cênica e obter uma 
conscientização ambiental.
Para a implementação do geoturismo não basta apenas infraestrutura adequada, é 
necessário identificar, caracterizar e inventariar todo o patrimônio 
geomorfológico da área, desenvolver roteiros puramente voltado para o geoturismo 
com foco nos conhecimentos geocientificos sobre a gênese e evolução do relevo da 
área, promover a educação ambiental e conservação do patrimônio geomorfológico.
Agradecimentos
Referências
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