• 14° SINAGEO – Simpósio Nacional de Geomorfologia
  • Corumbá / MS
  • 24 a 30 de Agosto de 2023

A IMPORTÂNCIA DO GEOTURISMO PARA A GEOCONSERVAÇÃO DOS LAJEDOS COM MAIORES EXPRESSIVIDADES NO CARIRI PARAÍBANO

Autores

  • ELIAS DOS SANTOS SILVAUNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBAEmail: elias.silva@aluno.uepb.edu.br
  • ELIZABETH DOS SANTOS SILVA FARIASUNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBAEmail: elizabeth.santos.silva@aluno,uepb.edu.br
  • JOYCE CARLA PEREIRA GOMESUNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBAEmail: joyce.gomes@aluno.uepb.edu.br
  • INOCÊNCIO DE OLIVEIRA BORGES NETOUNIVERSIDADE DO PARANÁEmail: iobngpb@gmail.com
  • RAFAEL ALBUQUERQUE XAVIERUNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBAEmail: rafaelxavier@servidor.uepb.edu.br

Resumo

Este artigo discute a importância do geoturismo para a conservação do patrimônio geomorfológico dos lajedos no Cariri Paraibano. A exploração antrópica por meio de atividades turísticas inadequadas pode levar à degradação dos recursos naturais, causando danos irreparáveis. O geoturismo se apresenta como alternativa para a conservação do patrimônio geomorfológico, com valores expressivos culturais, estéticos ou científicos. Através de pesquisas bibliográficas e trabalho de campo foi possível identificar a prática turística oferecida pelos guias desses lajedos. Os lajedos do Cariri Paraibano apresentam uma alta geodiversidade, e uma variedade em suas formas de relevo, tornando-os relevantes para a prática do geoturismo. É possível observar que as práticas turísticas nesses lajedos, por mais que protejam os elementos abióticos não são totalmente geoturísticas, pois focam na experiência cultural do turista deixando de lado os valores geocientíficos da geodiversidade do local.

Palavras chaves

Geoturismo; Geoconservação; Geodiversidade; Lajedos; Cariri Paraibano

Introdução

O turismo está experimentando um crescimento significativo em todo o mundo, inclusive no Brasil. No entanto, é importante considerar que as atividades turísticas podem gerar a degradação do ambiente, especialmente em áreas com expressiva geodiversidade. A geodiversidade é composta por elementos como rochas, relevos, solos e recursos hídricos, sendo essencial para a conservação dos ecossistemas e proteção do patrimônio cultural (NASCIMENTO; RUCKYS; MANTENSSO-NETO, 2008; GRAY, 2004; AZEVEDO, 2007). A exploração antrópica por meio de atividades turísticas inadequadas pode levar à degradação dos recursos naturais e culturais, incluindo a perda da biodiversidade e dano ao patrimônio cultural e geomorfológico. O patrimônio geomorfológico envolve os elementos geológicos presentes na natureza, cujos valores culturais, científicos, estéticos, econômicos e ecológicos são importantes para as sociedades, sendo considerado como herança da história evolutiva da Terra ao longo do tempo geológico.(CANDEIRO et. Al., 2012; PEREIRA,1995; GRAY, 2004; BRILHA, 2005, CARCAVILLA, LÓPEZ-MARTINEZ, DURÁN,2007; REYNARD 2005; VIEIRA E CUNHA 2004; PEREIRA et, Al., 2006). Esse tipo de patrimônio desempenha um papel importante no desenvolvimento do geoturismo e é considerado um recurso valioso para atrair visitantes. Gray (2004) enfatiza a importância de valorizar e preservar a natureza abiótica, incluindo feições geomorfológicas, como meio de promover a geoconservação. A geoconservação é um conjunto de estratégias e ações voltadas para a conservação, proteção e gestão sustentável do patrimônio geológico- geomorfológico (SHARPLES 2002; GRAY, 2004). O patrimônio geomorfológico é constituído por formações geológicas singulares, fósseis, minerais raros, paisagens geológicas e outros elementos de valor científico, pedagógico, cultural e estético. (PEREIRA, 1995). Para se alcançar a geoconservação é necessário estratégias para a possível conservação de cada elemento constituinte do patrimônio geomorfológico com valores excepcionais (BRILHA, 2005; BRILHA, 2015; CARCAVILLA et al., 2007; CARCAVILLA, 2012). Por sua vez, o geoturismo é um novo tipo de turismo que busca coalizar a conservação do patrimônio geomorfológico com o desenvolvimento regional e o bem- estar das populações, sendo praticado em áreas urbanas e naturais, promovendo assim, uma geoconservação. (AZEVEDO, 2007; LOPES et. Al., 2011). O geoturismo desempenha um papel importante na geoconservação, pois promove a conscientização e o envolvimento das comunidades locais e visitantes na proteção do patrimônio geológico (HOSE, 1995; SOUZA E NASCIMENTO, 2005; MOREIRA, 2011). Com o emprego do geoturismo é possível promover a educação ambiental e sensibilizar a comunidade local, promover a conservação do geopatrimônio, impulsionar o desenvolvimento econômico sustentável na localidade onde ele é praticado, envolvimento da comunidade local nas atividades, divulgação do patrimônio geomorfológico e auxiliar nos estudos geocientíficos. Sob esta perspectiva, se enquadram os lajedos do Cariri Paraíbano, pois apresentam uma rica geodiversidade, e uma variedade em suas formas de relevo, devido aos diferentes processos de formação, intemperismo e erosão. Os lajedos, como são popularmente conhecidos, se trata de extensos afloramentos rochosos, geralmente rochas graníticas, com uma forma de domo assimétrico, do tipo Whaleback, que raramente ultrapassam 100 metros de amplitudes altimétricas. (SOUZA e XAVIER, 2017; LAGES et. Al., 2014).Assim, o presente trabalho versa sobre a importância do geoturismo para a geoconservação dos lajedos de maior expressividade presentes no Cariri paraibano, a saber: Lajedo de Pai Mateus (Cabaceiras), Lajedo da Salambaia(Cabaceiras), Lajedo Manoel de Souza (Cabaceiras) e o Lajedo do Marinho (Boqueirão), os quais foram identificados previamente por Lages et al. (2018) na proposta do Geoparque do Cariri Paraibano.

Material e métodos

2.1 Caracterização da Área de Estudo: A microrregião do Cariri Paraibano (figura 1) situa-se na borda Oeste do Planalto da Borborema no Estado da Paraíba. Seuterritório equivale a 11.233 km2, e é composto por29 municípios. O acesso ao Cariri da Paraíba é feito por estradas entre Queimadas e Boqueirão ao leste, Soledade a norte e o Vale do Rio Farinha ao noroeste. Ao sul, esta microrregião faz divisa com municípios de Pernambuco - PE. Figura 1: Mapa de Localização da microrregião do Cariri Paraibano. Fonte: Elaboração própria (2022) O clima do Cariri Paraibano é considerado Bsh segundo Köppen, cuja precipitação média varia entre 350 a 700 mm anuais e a sua temperatura média anual fica em torno 26º C (AESA, 2022). O Cariri Paraibano situa-se na porção centro-sul do Planalto da Borborema, onde sua base geológica é composta pelo complexo gnáissico-migmatítico-granidiorítico (LUCENA, 2009). Nessa microrregião é perceptível a exposição das rochas cristalinas, e a presença notória de feições como inselbergs, lajedos e cristas isoladas (LAGES, 2018;SOUZA e XAVIER 2017). De acordo com Souza, Suertegaray e Lima (2009) os principais tipos de solos encontrados nessa área são: “LuvissoloHipocrômico, Luvissolo Crômico, PlanossoloHáplico, PlanossoloNátrico, CambissoloÚmico, VertissoloHidromórfico, NeossoloFlúvico, NeossoloRegolítico, NeossoloLitólico e o ChernossoloRêndzico”.O Cariri Paraibano estáinserido no Bioma da Caatinga, cuja sua fitofisionomia é diversa, apresentando estratos arbóreos, arbustivos e herbáceos. Segundo Ballén et. al. (2016) dominam nessa região“espécies caducifólias de caráter xerófilo e grande quantidade de plantas espinhosas. Fitosionomicamente as caatingas podem ser caracterizadas como florestas arbóreas ou arbustivas, sem formar um dossel contínuo”. 2.2 Procedimentos Metodológicos: Esta pesquisa se caracteriza como sendo de natureza básica, de abordagem qualitativa, e com os seguintes procedimentos técnicos para a coleta dos dados: I- levantamento bibliográfico, II- estudo de campo (exploratório), III- observação direta eIV- análises dos dados obtidos durante as revisões das literaturas e os trabalhos de campo durante a pesquisa de gabinete. Foram realizados levantamentos e análises de algumas literaturas que abordam os temas sobre Geodiversidade, Geopatrimônio, Geoconservação, Geoparques e Geoturismo, ademais, concomitantemente foram revisadas literaturas que caracterizavam a microrregião do Cariri Paraibano. No estudo de campo foram realizadas as coletas das coordenadas geográficas com o GPS Garmin modelo 60csx dos lajedos, além de registros fotográficos e a observação direta da atividade turística. Por fim, a pesquisa de gabinete se deu na composição de mapas em ambiente SIG com o emprego do geoprocessamento e a utilização do software QGIS em sua versão 3.30.

Resultado e discussão

Segundo Souza e Xavier (2017) os lajedos “apresentam grande importância geomorfológica, tanto pelo conjunto variado de formas específicas e raras, quanto pela presença marcante na paisagem revelando seu caráter de resistência aos processos geomorfológicos.”. Nesse estudo, será destacada a prática geoturística para a promoção da geoconservação nos lajedos de Pai Mateus, Lajedo da Salambaia e o Lajedo Manoel de Souza no município de Cabaceiras e o Lajedo do Marinho no município de Boqueirão (figura 2). Figura 2. Mapa de localização dos lajedos com mais expressividade do Cariri Paraibano Fonte: Elaboração própria (2023). O Lajedo de Pai Mateus (figura 3- A) é o mais conhecido turisticamente, principalmente devido ao marketing empregado após as gravações do filme “O Auto da compadecida”. Os tipos de turismo mais praticados no local são: o Ecoturismo, o Geoturismo e o Turismo de Aventura (COSTA, 2018). No entanto o turismo místico e esotérico é o mais ofertado pelos guias, os quais contam a história do Hermitão Pai Mateus de forma mística (CAVALCANTE e PERAZZO, 2013). Além do mais, nesta área são praticados esportes radicais, como bouldering e mountain bike, são realizadas gravações de filmes e séries e ensaios fotográficos. O lajedo localiza-se em uma propriedade privada na zona rural do Município de Cabaceiras – PB (LAGES et. Al., 2014). A beleza cênica única e exclusiva presente no Lajedo de Pai Mateus atrai turistas de todo o mundo para observarem os grandes matacões arredondados (boulders) sobrepostos acima do lajedo. No entanto, por mais que diversas pesquisas geológicas e geomorfológicas tenham formado um inventário cientifico sobre os processos de intemperismo químico, a esfoliação esferoidal que arredondaram esses matacões e a pediplanação que removeu todo o material regolitico, exumando a superfície rochosa e seus boulders, a parte geocientifica é deixada em segundo plano, dando espaço e ênfase a cultura indígena, lendas locais e religiosas (PEREIRA, 2008; SOUZA e XAVIER, 2017; LAGES et. Al., 2014; CAVALCANTE e PERAZZO, 2013; LAGES et. Al., 2018; MAIA e NASCIMENTO, 2018). Esse lajedo conta com diversas pesquisas cientificas, além de obter espaços para acolhimento turístico, como restaurante, hotel e guias capacitados na cultural e história local. Entretanto, o foco da prática turística realizada no local, visa apenas a apreciação das geoformas, a experiência religiosa e a observação do pôr do Sol. Assim, é deixada de lado a premissa do geoturismo que é a conscientização e o envolvimento das comunidades locais e visitantes na proteção do patrimônio geomorfológico, além do auxílio nos estudos geocientíficos e interpretação do geopatrimônio (AZEVEDO, 2007; LOPES et. Al., 2011; HOSE, 1995; SOUZA E NASCIMENTO, 2005; MOREIRA 2011). A ausência do geoturismo no local acaba pondo em risco a geodiversidade, visto que a exploração comercial na área é grande, colocando em risco a integridade do lajedo. É possível observar nos comerciais e até mesmo in loco a presença de automóveis e motocicletas em cima do lajedo aumentando o risco de degradação e se distanciando do cerne da geoconservação, visto que o a conservação do patrimônio geomorfológico fomentada pelo geoturismo vai além de efeitos sonoros e/ou estéticos/visuais. O município de Cabaceiras conta também com outros lajedos de suma importância para o turismo e a ciência, como é o caso do Lajedo da Salambaia (figura 3-B), cuja localização é na Fazenda homônima, distante 23 quilômetros da Zona Urbana do Município (DANTAS, 2022). Esse Lajedo possui 3,2 quilômetros de extensão no sentido sudeste-nordeste e uma amplitude altimétrica de 66 metros, sendo o menos fraturado, o mais extenso e o que não apresenta blocos arredondados em sua superfície (SOUZA, LIMA e XAVIER, 2022). A forma desse lajedo é tipo arco com estrutura do tipo Whale Back (Dorso de Baleia) apresentando no seu topo bacias de dissoluções e caneluras (SOUZA e XAVIER, 2017; LAGES et. Al., 2018). No Lajedo da Salambaia é comum a prática geoturística e ecoturística, esse afloramento dentre os demais, é o que apresenta foco no turismo ambiental, com preocupação na preservação da biodiversidade e do patrimônio geomorfológico. Esse local apresenta uma boa estrutura para os turistas e oferece alimentação pré-agendada, além de possuir estacionamento, mas não possui hotel próximo ao lajedo onde os turistas possam pernoitar ou se hospedar por um longo período. Em se tratando do geoturismo, essa atividade é praticada com êxito, visto que os guias são capacitados e a entrada de pessoas no lajedo é pré-agendada, o que coaliza em uma maior preservação das geoformas locais. O Lajedo Manoel de Souza (figura 3- C) situa-se em uma propriedade privada, com uma área de 18.000 m2e altura de 40 metros. Há a presença de boulders, tafoni basais e caneluras. Este afloramento se destaca entre os demais devido ao estado de preservação em que se encontra o patrimônio arqueológico, por este motivo ele apresenta uma relevância nacional, com valores que necessitam ser exercitados pelo geoturismo, como é o caso dos valores educacionais, científicos e turísticos (LAGES et. Al., 2014; LAGES et. Al., 2018). A tipologia turística é a técnico-cientifica, e nesse contexto, insere-se os objetivos do geoturismo para o engajamento da comunidade local nas atividades, a conscientização geopatrimonial para os turistas e a preservação do patrimônio Geomorfológico (ALVES, SOUZA e ARAÚJO, 2008). Por estar próximo ao Lajedo de Pai Mateus, apresenta uma boa infraestrutura para o acolhimento dos turistas, a exemplo de hotéis, restaurantes, área de camping, banheiros e áreas e lazer. O Lajedo do Bravo (figura 3- D) localiza-se em uma propriedade privada do município de Boa Vista, sua área é de 22.000 m2, com altura média de 30 metros em relação à superfície aplainada do entorno. Ele dentre os lajedos que compões a análise deste estudo é que se apresente mais fraturado, apresenta diversos blocos rochosos de diferentes tamanhos, porém mais retangulares, nesses blocos é perceptível a presença de tafonibasais, caneluras e tanques (SOUZA e XAVIER, 2017), além de blocos menores sobrepostos. O grande diferencial desse lajedo é a presença das Itacoatiaras (gravuras rupestres) nas rochas, formando a patrimônio arqueológico, no entanto essas inscrições se apresentam degradadas e vandalizadas. A tipologia turística e atividade predominante no Lajedo do bravo é a do turismo em paisagens naturais, devido a sua beleza cênica e estética (ALVES, SOUZA e ARAÚJO 2008). Nesse lajedo a atividade geoturística começou tardia, possibilitando a degradação ambiental e geopatrimonial. No entanto, atualmente, essa atividade vem favorecendo a proteção do patrimônio geomorfológico evitando a degradação e perca da memória da Terra e dos índios que habitavam a essa região. A localidade conta com estrutura para acampamentos e alimentações previamente agendadas, onde o foco turístico perpassa pelo geoturismo. O Lajedo do Marinho (figura 3- E) é um afloramento situado no distrito do Marinho do Município de Boqueirão – PB. Esse encontra a 14 quilômetros da zona urbana e possui 610 metros de altitude e apresenta blocos rochosos em superfície de formas ovaladas (LAGES et. Al., 2018; ARAÚJO, 2021). O local ainda não dispõe de um acervo de pesquisas geológicas e geomorfológicas, mas apresenta uma boa conservação do Lajedo, no entanto, a comunidade local, aproveitou as bacias de dissoluções para a construção de barragens que fornece o aproveitamento da água da chuva (ARAÚJO, 2021). O turismo no local ofertado pelos guias são o rural de experiência, mas apresenta grandes potenciais para a implementação do geoturismo, visto que a comunidade local já usufrui da economia gerada pela oferta turística e o geopatrimônio é conservado. Figura 3- Lajedos, (A- Pai Mateus), (B- Salambaia), (C- Manoel de Souza) e (D- Marinho). Fonte: Elaboração própria (2023)

Figura 2: Mapa de localizaçãp

Mapa de localização dos lajedos com mais expressividade do Cariri Paraibano

Figura 3: Lajedos

Lajedos, (A- Pai Mateus), (B- Salambaia), (C- Manoel de Souza) e (D- Marinho).

Considerações Finais

Foi constatado que os lajedos de maior expressividade do Cariri Paraibano apresentam uma boa conservação devido as intervenções por parte das práticas turísticas realizadas no local. No entanto, quando o assunto é o geoturismo, esses Lajedos apresentam potencialidades, mas não apresentam uma prática correta. Para que seja implementada a prática geoturística em toda sua totalidade nesses locais, é necessário um maior envolvimento das comunidades locais, gerando renda para os moradores do município e que não seja apenas um monopólio de venda experiências. O geoturismo antes de tudo, se preocupa com o bem-estar das populações, para que elas sejam promotoras e protetoras do patrimônio geomorfológico. O geoturismo não visa extinguir os costumes locais, mas busca coalizar a cultural local com o anseio em saciar a sede de conhecimento dos turistas que buscam conhecer o patrimônio geomorfológico, observar a beleza cênica e obter uma conscientização ambiental. Para a implementação do geoturismo não basta apenas infraestrutura adequada, é necessário identificar, caracterizar e inventariar todo o patrimônio geomorfológico da área, desenvolver roteiros puramente voltado para o geoturismo com foco nos conhecimentos geocientificos sobre a gênese e evolução do relevo da área, promover a educação ambiental e conservação do patrimônio geomorfológico.

Agradecimentos



Referências

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