Autores
- JOÃO GABRIEL DE MORAES PINHEIROUNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ (UESC)Email: jgmpinheiro.bge@uesc.br
 - SAMUEL DE AMARAL MACEDOUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS (UNICAMP)Email: s264821@dac.unicamp.br
 
Resumo
A caracterização morfométrica consiste na análise das características 
geométricas, hipsométricas e lineares de uma bacia hidrográfica por meio de 
modelos matemáticos. Nesse sentido, o presente estudo tem como objetivo analisar 
a morfometria da bacia hidrográfica do rio Cachoeira, Bahia, utilizando imagens 
do projeto TOPODATA, disponibilizadas gratuitamente pelo Instituto Nacional de 
Pesquisas Espaciais. Essas imagens foram utilizadas para alimentar o Sistema de 
Informações Geográficas ArcGIS 10.8.1, licenciado pela Unicamp. Verificou-se que 
a bacia do rio Cachoeira apresenta baixa tendência à enchente em índice 
pluviométrico normal, escoamento superficial lento e baixa disponibilidade de 
recursos hídricos. A caracterização morfométrica é uma das primeiras 
investigações comumente realizadas após a delimitação da bacia, sendo essencial 
para o direcionamento de estudos posteriores.
Palavras chaves
Geomorfologia; Planejamento Ambiental; Geoprocessamento; Tendência a enchente; Recursos hídricos
Introdução
As Bacias Hidrográficas (BH) podem ser definidas como um conjunto de terras que 
são drenadas por um rio principal e seus afluentes, as quais são formadas nas 
regiões mais altas do relevo, por divisores de águas, neste processo as águas da 
chuva podem ter dois destinos: ou escoam superficialmente formando riachos e 
rios ou infiltram, retroalimentando o lençol freático (TEODORO et al., 2007; 
BERNARDI et al., 2012).  Esta definição se alinha com a afirmação de Lima 
(1986), que a bacia hidrográfica pode ser compreendida como um sistema 
geomorfológico aberto. Mesmo quando não sofre interferências, ela permanece em 
constante flutuação, em um estado de equilíbrio transicional ou dinâmico. Assim 
sendo, a bacia hidrográfica é um sistema dinâmico que está em constante 
interação com o ambiente ao seu redor, e as suas características e 
comportamentos são influenciados pelas entradas e saídas de energia e matéria 
(Tonello et al., 2006). Ou seja, as águas superficiais escoam para as partes 
mais baixas do terreno, subsidiando a formação de rios e riachos, neste sentido 
as cabeceiras são formadas por riachos que nascem nos terrenos mais íngremes das 
montanhas e serras. À medida que as águas dos riachos descem, unem-se aos outros 
riachos aumentando o volume e formando os primeiros rios (TEODORO et al., 2007; 
BERNARDI et al., 2012). Neste sentido, pode-se afirmar que as BHs são produtoras 
de água doce, mas não apenas a entrada de água, pois seus componentes ambientais 
ajudam a purificar a água, como as áreas de mata ciliar e as zonas úmidas 
(ALTMANN, 2014), se estabelecendo como fontes de abastecimento de água doce para 
a população (BRASIL, 1997). Diante deste panorama, os recursos hídricos merecem 
atenção através do planejamento e gestão, haja vista que nos moldes do 
desenvolvimento econômico atual boa parte da água é utilizada de maneira 
irracional e não sustentável, aliado a isso existe a distribuição heterogênea 
dos recursos hídricos, na qual constata-se que a água não é um recurso 
democrático, não estando integralmente disponível e com qualidade para suprir 
todas as necessidades humanas (BERNARDI et al., 2012). Para a gestão eficiente e 
integral dos recursos hídricos de uma BH é necessário a compreensão dos aspectos 
geomorfológicos, como subsídio ao planejamento. Dessa forma a análise 
morfométrica da BH é de suma importância tanto para se ter uma base de dados 
confiável sobre o ambiente tanto para a qualificação da bacia (BARROS; STEINKE, 
2009). Segundo Antônio Cristofolini em seu livro "Geomorfologia" de 1980, a 
morfometria de bacias hidrográficas é o estudo das características quantitativas 
da forma das bacias hidrográficas, utilizando-se técnicas de análise espacial 
para medir, descrever e comparar essas características. Neste sentido, 
pressupõe-se que quantificar é necessário para qualificar, isto significa que a 
utilização de modelos matemáticos para o estudo de uma BH permite caracterizá-la 
de modo preciso e confiável (BARROS; STEINKE, 2009). Dada a importância da 
compreensão geomorfológica básica da BH e os recursos tecnológicos disponíveis 
atualmente, este estudo tem o objetivo de analisar as características 
morfométrica da Bacia Hidrográfica do Rio Cachoeira (BHRC), que pertence a VII 
Região de Planejamento e Gestão das Águas (RPGA), denominada de RPGA Leste. 
Devido à complexidade da rede de drenagem do estado da Bahia, as RPGA foram 
criadas com o intuito de implementar as políticas de recursos hídricos através 
de procedimentos teóricos-científicos (BAHIA, 2009). Portando, a realização da 
presente pesquisa se justifica a partir de três perspectivas: a primeira é a 
ambiental, por permitir construir uma base de dados para melhor compreender a 
dinâmica da bacia; social, pois ao entender a bacia é possível propor melhores 
planos de gestão dos recursos hídricos; e econômico, considerando a importância 
da água para regiões com concentração de empresas.
Material e métodos
A BHRC localizada entre as latitudes: -14,716837 norte, -15,375943 sul e 
longitude -40,155311 oeste, -39,032804 leste (Figura 1). A norte está limitada 
pelas bacias dos rios de Contas e Almada, ao sul pelas bacias dos rios Pardo e 
Una, a leste pela bacia do rio Pardo e a oeste pelo oceano atlântico. Sua área 
total de 4.288,69 km2, engloba 12 municípios, com população de 600.000 mil. A 
caracterização morfométrica foi realizada a partir das propostas apresentadas 
por Horton (1945), Parvis (1950), Schumm (1956), Strahler (1957), Villela e 
Matos (1975), Christofoletti (1980), Piedade (1980), Beltrame (1994), Lana 
(2001), Cardoso et al. (2006), Nardini et al (2013), como pode ser visualizado 
na Tabela 1. O Fator de Forma (F), o índice de Circularidade (Ic) e o 
coeficiente de compacidade (Kc) permitem compreender o formato da bacia e 
inferir interpretações considerando as referências apresentadas por (VILLELA E 
MATOS, 1975; NARDINI ET AL., 2013). A densidade hidrográfica é uma medida da 
quantidade de corpos de água em uma determinada região. Ela é calculada 
dividindo-se a área da região pela quantidade de água presente nela, e é 
geralmente expressa em km²/km² ou km de rios por km², podendo ser analisada a 
partir da proposta de Lollo (1995). A relação de relevo se refere à forma como 
as diferentes formas do terreno estão distribuídas em uma determinada área 
geográfica, podendo ser interpretada a partir dos valores de referência 
propostos por Piedade (1980). O Índice de sinuosidade é uma medida que descreve 
a curvatura do canal principal de um rio em relação à sua extensão, sendo o 
resultado avaliado pela proposta de (SCHUMM, 1963). O gradiente de canais é a 
variação da altitude ao longo do curso de um rio ou riacho que faz parte dessa 
bacia hidrográfica. A sua finalidade é indicar a declividade dos cursos de água, 
sendo expressa em metros por quilômetro (m/km) ou em porcentagem (%) (HORTON, 
1945; STRAHLER, 1952). A densidade de drenagem é uma medida da quantidade de 
canais de drenagem em relação à área total de uma bacia hidrográfica, podendo os 
valores serem interpretados a partir das referências apresentadas por Beltrame 
(1994). O coeficiente de manutenção expressa a capacidade de uma bacia 
hidrográfica em manter a sua própria estrutura e funcionalidade ao longo do 
tempo. Primeiramente, realizou-se o tratamento do Modelo Digital de Elevação 
disponibilizados gratuitamente pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais 
(INPE, 2011). Para isto, seguiu-se a proposta de Valeriano (2008), o que 
permitiu gerar um mosaico das folhas 14S405ZN e 15S405ZN em ambiente de Sistema 
de Informações Geográficas Arcgis 10.8, licenciado pela universidade Estadual de 
Campinas através da ferramenta Mosaic, depois o mosaico foi reprojetado para o 
Sistemas de Referência de Coordenada Sirgas 2000, através da ferramenta Project 
raster. Em seguida, realizou-se a delimitação da BHRC por meio da ferramenta 
ArcSWAT. Posteriormente, ainda no Arcmap, calculou-se a área e perímetro da BHRC 
utilizando a ferramenta raster calculator, em seguida foram calculados os 
índices referentes a análise geométricas – Fator de Forma (F), Coeficiente de 
Compacidade (Kc), índice de Circularidade (Ic) e Comprimento do eixo da bacia. 
Os índices referentes a análise do relevo foram obtidos através dos dados 
hidrométricos. Assim sendo, foi possível obter as variações de altitude, Índice 
de sinuosidade (Is), Gradiente de canais (Gc) e Relação de relevo (Rr). Por fim, 
foram obtidos os valores referentes a análise da rede de drenagem, considerando 
o modelo hidrográfico. Dessa forma, foram calculados Comprimento do canal 
principal, Comprimento total dos canais, Comprimento vetorial do canal 
principal, Densidade de drenagem (Dd), Coeficiente de manutenção (Cm), Ordem da 
bacia hidrográfica e Número de canais de 1ª ordem.
Resultado e discussão
Conforme apresentado na Tabela 7, a caracterização morfométrica da bacia 
hidrográfica consiste na análise geométrica, por meio de equações que consideram 
área e perímetro, na análise hipsométrica, utilizando equações que levam em 
conta os valores altimétricos, e na análise linear, em que as equações 
consideram a distância dos vetores que representam os corpos hídricos 
(CRISTOFOLETTI, 1980). A análise geométrica revela que a BHRC possui uma área de 
captação de água de aproximadamente 4.288,69 km2, um perímetro de 666,18 km e o 
comprimento do eixo da bacia de 122,8 km. A partir desses dados, foram 
realizados os cálculos das equações (Tabelas 1) referentes ao Coeficiente de 
Compacidade (Kc) - 2,85, Fator de forma (F) - 0,28 e Índice de Circularidade 
(Ic) - 0,12, que ao serem analisados indicam que a bacia possui um formato 
retangular comprido (VILLELA; MATOS, 1975; NARDINI et al., 2013). Assim sendo, 
os valores de Kc, Ic e F revelam que a bacia apresenta geometria distante do 
formato circular. Dessa forma, pode-se inferir que apresenta baixa tendência à 
ocorrência de enchente em um cenário com índice pluviométrico normal (VILLELA; 
MATOS, 1975; NARDINI et al., 2013). Essa interpretação, ao ser combinada com o 
clima do tipo Af, que age sobre a BHRC, com pluviosidade superior a 1.000 mm 
anuais, se bem distribuída ao longo do ano (KÖPPEN-GEIGER, 1936), a bacia pode 
enfrentar problemas com escassez de recursos hídricos (BAHIA, 2016). Apesar das 
características geométricas revelarem que a bacia não tende a enchentes em 
cenário com índices normal de chuva, há histórico de inundação em cenário de 
índice excepcional de chuva, com registros de grandes cheias do rio Cachoeira em 
dezembro de 1967 (ANDRADE, 1968), dezembro de 2007 (HORA; GOMES, 2009) e 
dezembro de 2021 (ITABUNA, 2022). Há duas principais causa das intensas chuvas 
de verão, uma é a influência da "Zona de Convergência Intertropical" (ZCIT) 
(MENDONÇA; DANNI-OLIVEIRA, 2007) e a outra é a ocorrência de eventos climáticos 
extremos decorrentes do fenômeno La Ninã (INMET, 2023). Esses eventos provocam 
“input” de uma grande quantidade de água, ocasionando rápido escoamento nas 
áreas de patamares e serras da Bacia, e rápida acumulação de águas nas 
depressões no médio e baixo curso, estando a área urbana localizada no médio 
curso, próximo ao rio cachoeira (SEI, 2014; IBGE, 2021). A análise do relevo 
revela que nas compartimentações patamares e serras, a altitude máxima é de 
1.100 m, as depressões ficam abaixo de 200 metros, e terraços e planícies 
marinhas chegando a mínima de 1,0 m. Com base nos valores hipsométricos, torna-
se possível identificar a Relação de Relevo (Rr), o Gradiente dos Canais (Gc) e 
o Índice de Sinuosidade (Is) (Tabela 2). A Rr de 7 m/km indica que a bacia tem 
um terreno mais acidentado (PIEDADE, 1980), sobretudo no alto curso da bacia 
(IBGE, 2021). No entanto, isso também pode significar que a bacia tem uma área 
variando de ondulada a plana, indicando um escoamento superficial mais lento, 
principalmente nas áreas de depressões. O Gc de 6,08 para a BHRC também revela 
que a bacia possui valores de declividade muito elevados, o que pode repercutir 
no potencial de energia do canal fluvial. De acordo com Lana, Alves e Castro 
(2001), canais que apresentam valores de 0,90% tendem a ter baixa declividade, o 
que corrobora para menor velocidade no escoamento superficial. O Ic descreve a 
curvatura do canal principal de um rio em relação à sua extensão (SCHUMM, 1963). 
No caso do BHRC, o índice de sinuosidade foi moderado, apresentando um valor de 
1,62 (SCHUMM, 1963), o que indica que há uma velocidade moderada no escoamento 
da água, não sendo forte o suficiente para a formação de canais lineares, nem 
fraca demais para a formação de canais sinuosos. Os dados de hipsometria e 
declividade (INPE, 2011) apontam que há predominância de relevo ondulado a forte 
ondulado no alto curso da bacia, com compartimentação planalto pré-litorâneo, o 
curso médio ondulado, com compartimentação colinas, e baixo curso plano, com 
compartimentação característica de Planície resultante da combinação das ações 
marinhas e fluviais nas embocaduras de rios sujeitos às penetrações das marés; 
podendo conter mangues e terraços (IBGE, 2021). Os valores dos índices Rr, Gc e 
Is e as informações extraídas dos dados de hipsometria, declividade e formas do 
relevo podem ajudar a compreender o escoamento superficial acelerado no alto 
curso da bacia e escoamento lento no médio e baixo curso em cenário de índice 
pluviométrico excepcional, consequentemente, permite entender a dinâmica do 
processo de inundação na área urbana de Itabuna, Bahia. As informações extraídas 
dos índices Rr, Gc e Is e dos dados hipsométricos, clinográficos e formas do 
relevo também permitem entender o padrão de drenagem, o qual foi identificado 
como dendrítico, sendo comum em áreas de planalto pré-litorâneo, com rochas 
apresentando baixo grau metamórfico, e desenvolvimento de latossolo e argissolo 
(IBGE, 2021). É um padrão observado em bacias hidrográficas onde a água flui em 
diferentes direções (CRISTOFOLETTI, 1980). O comprimento total desses canais de 
drenagem calculado na BHRC é de 4.374,0 km. Dos canais identificados, 2.595 são 
de primeira ordem, o que sugere a existência de 2.595 nascentes, a partir de um 
modelo digital de elevação com resolução espacial de 30 m. As nascentes estão 
localizadas nas compartimentações de planalto pré-litorâneo cobertos por 
floresta ombrófila densa (IBGE, 2021). Uma boa parte das nascentes estão em 
propriedades privadas – fazendas de cacau (CAR, 2023), em que a maioria mantém 
parte da cobertura vegetal por causa da vocação da região para o cultivo no 
sistema cabruca, demandando menos recurso hídrico para irrigação. Neste sistema, 
as mudas de cacau são plantadas à sombra das árvores da mata nativa, após esta 
ter sido submetida a um raleamento de seu sub-bosque (ENGEL, 1999). A densidade 
hidrográfica (Dd) da área em questão foi de 0,61 canais/km², sendo considerada 
baixa, ou seja, inferior a 3 canais/km² (LOLLO, 1995). Para Engelbrecht et al 
(2019, p. 739), “a disponibilidade hídrica e a taxa de reposição por recarga são 
reduzidas na BHRC, indicando que o volume de água disponível para captação 
sustentável, superficial e subterrânea, é bastante restrita”. Neste sentido, se 
o sistema cabruca demandasse mais recursos hídricos, as lavouras de cacau 
estariam comprometidas. Considerando o perfil da cabruca, é importante destacar 
o seu papel de proteção das nascentes, atendendo uma base legal para áreas de 
proteção permanente para nascentes em propriedades rurais de cultivo de cacau 
(BRASIL, 2012). Por outro lado, a densidade de drenagem da bacia foi de 1,02 
km/km², indicando uma quantidade mediana de canais ou rios que existem em uma 
determinada bacia hidrográfica em relação à sua área (BELTRAME, 1994), estando 
de acordo com a classificação do IBGE (2021). De acordo com Engelbrecht et al 
(2019, p. 739), “a evapotranspiração anual média da BHRC corresponde a cerca de 
85% da precipitação, enquanto 15% desta é escoada pelos rios ou infiltrada em 
subsuperfície”. Podendo ser essa uma explicação para a quantidade mediana de 
rios. De acordo com a CEPLAC (1976), as vazões dos rios da BHRC são 
influenciadas pelas variações nos índices pluviométricos, e os rios Salgado e 
Colônia, que formam o rio Cachoeira, são intermitentes e podem ficar sem água 
por até oito meses durante o ano. Em um cenário com índice pluviométrico baixo, 
a região enfrenta crise hídrica. No ano de 2016, municípios abastecidos pelo rio 
Cachoeira passou por uma crise sem precedentes (BAHIA, 2016). Apesar da baixa 
disponibilidade de recursos hídricos, sobretudo em período de pouca chuva, o 
estudo intitulado "Análise quali-quantitativa da bacia do rio cachoeira (BA)" 
revelou que a qualidade da água do rio Cachoeira se apresentou em boas condições 
ambientais em relação aos parâmetros avaliados: oxigênio dissolvido, turbidez, 
temperatura e pH (MELO et al., 2014).

A figura ilustra a localização da bacia hidrográfica do rio Cachoeira no estado da Bahia.

Parâmetros escolhidos para análise morfométrica da bacia hidrográfica do rio cachoeira, Bahia.

Resultados dos cálculos morfométricos da bacia hidrográfica do rio cachoeira, Bahia
Considerações Finais
A partir das técnicas de geoprocessamento, em ambiente de SIG alimentado, com 
imagem TOPODATA, constatou-se durante a análise geométrica que a BHRC apresenta 
baixa tendência a enchente em cenário de índice pluviométrico normal, porém há 
registros de inundação destrutivas em cenários de índice pluviométrico 
excepcional, sendo necessário investigações mais específicas para explicar o 
fenômeno considerando bacias menores. A análise do relevo mostrou que a bacia tem 
uma parte com relevo ondulado e outra com relevo plano, assim, favorece o 
escoamento superficial a montante e desfavorece a jusante. As características do 
relevo também revelam alta capacidade de geração de novos cursos hídricos, mas 
isso depende da entrada de água na bacia. A BHRC apresenta baixa densidade 
hidrográfica, o que indica menor número de corpos hídricos de primeira ordem e 
consequentemente baixa quantidade de nascentes. E densidade de drenagem mediana, 
indicando quantidade razoável de canais de drenagem em relação à área total de uma 
bacia hidrográfica.
Agradecimentos
O presente trabalho foi realizado com apoio de Coordenação de Aperfeiçoamento de 
Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - processo n° 88887.801419/2023-00.
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