Autores
- JOÃO PAULO DE CARVALHO ARAÚJOUNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIROEmail: jpaulo_geo@hotmail.com
 - CÉSAR FALCÃO BARELLAUNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETOEmail: cesarbarella@ufop.edu.br
 - JOSÉ LUIS GONÇALVES MOREIRA S ZÊZEREUNIVERSIDADE DE LISBOAEmail: zezere@campus.ul.pt
 - NELSON FERREIRA FERNANDESUNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIROEmail: nelsonff@acd.ufrj.br
 
Resumo
Os modelos matemáticos de previsão de movimentos gravitacionais de massa (MMs) 
são construídos segundo o pressuposto de que os eventos futuros se repetirão 
sobre as mesmas condições ou condições similares dos eventos passados. Modelos 
Digitais de Elevação de alta resolução espacial, contratados após a ocorrência 
dos MMs (MDTs pós-ruptura), possibilitam uma melhor representação geométrica das 
deformações causadas por estes eventos, contudo não mais representam as 
condições geomorfométricas associadas à deflagração dos MMs mapeados e, 
portanto, não devem ser usados nos modelos de previsão. Uma possível solução 
para este problema é assumir que a topografia pré-ruptura possa ser inferida a 
partir das áreas adjacentes às cicatrizes que não foram perturbadas pelos MMs. 
Este trabalho apresenta um método de reconstrução para estimar a topografia pré-
ruptura utilizando os pontos de elevação do último retorno de um sensor ALS 
(Airborne Laser Scanning). Foram produzidos 12 modelos de suscetibilidade a 
escorregamentos, calculados pelo método estatístico bivariado de Pesos de 
Evidência, usando o MDT pré-ruptura e o MDT pós-ruptura em duas bacias 
hidrográficas na cidade do Rio de Janeiro (Brasil). Todos os modelos tiveram sua 
capacidade preditiva testada pelo cálculo da área abaixo a curva (AAC) e os 
melhores resultados foram aqueles que combinaram os mapas de ângulo de encosta, 
área de contribuição, curvatura e aspecto: MDT pré-ruptura (AAC 0,773) e MDT 
pós-ruptura (AAC 0,777). Os resultados mostram que as mudanças morfométricas no 
terreno causadas pelos escorregamentos elevaram os ângulos das encostas, 
alteraram o padrão de concentração e dispersão do fluxo de água e causaram uma 
sutil migração de orientação das encostas afetadas pelos escorregamentos. Embora 
o resultado calculado com o MDT pós-ruptura seja um pouco melhor, este modelo 
não representa as verdadeiras condições deflagradoras dos escorregamentos na 
área de estudo e, portanto, sobrevaloriza os resultados. 
Palavras chaves
Reconstrução Topográfica; Modelagem Estatística; LIDAR








 









 