Autores
- GUILHERME PAULA CAMPOSIGC-UFMGEmail: contato@guilherme.geo.br
 - PEDRO POLI YAMASHIROIGC-UFMGEmail: pedro.yamashiro98@gmail.com
 - ANTÔNIO PEREIRA MAGALHÃES JUNIORIGC-UFMGEmail: antonio.magalhaes.ufmg@gmail.com
 - LUIZ FERNANDO DE PAULA BARROSIGC-UFMGEmail: luizfpaulabarros@gmail.com
 
Resumo
Índices morfométricos são tradicionalmente empregados na identificação de 
assimetrias de drenagem, a fim de compor a análise geomorfológica em relação ao 
condicionamento tectono-estrutural e litológico. Este artigo busca avançar no 
entendimento da evolução hidrográfica e do relevo na zona de contato entre o 
Quadrilátero Ferrífero e o Cráton São Francisco. Para isso, foram aplicados os 
índices Fator de Assimetria de Bacia de Drenagem (FABD) e Fator de Simetria 
Topográfica Transversal (FSTT). Foram obtidos valores de até 32,52 (deslocamento 
para a margem direita) para o FABD na bacia do Pará e até 83,99 (deslocamento 
para a margem esquerda) na bacia do Paraopeba, mostrando a presença de bacias 
bastante assimétricas. Já o FSTT apresentou alto grau de anomalia em áreas de 
mudança litológica ou presença de estruturas. Os resultados confirmam forte 
controle litoestrutural, mas, por outro lado, marcam significativa diferença da 
evolução da drenagem entre ambas.
Palavras chaves
Bacia do rio Pará; Bacia do rio Paraopeba; Morfometria fluvial;  ;  
Introdução
Assimetrias de drenagem vêm sendo usadas como parâmetros de análise geomorfológica, sobretudo com o auxílio de índices 
morfométricos. Destacam-se os índices Fator de Assimetria de Bacia de Drenagem – FABD (HARE; GARDNER, 1985) e Fator de Simetria 
Topográfica Transversal – FSTT (COX, 1994). Eles permitem, respectivamente, investigar comparar a diferença da área de margem 
direita em relação à área total da bacia e aferir a simetria do canal em relação aos divisores hidrográficos. Assim, eles 
possibilitam evidenciar anomalias na organização da drenagem e verificar possíveis controles geológicos na sua origem.
As bacias dos rios Pará e Paraopeba drenam a zona de contato entre os compartimentos interiores do Quadrilátero Ferrífero (QF) e 
do Cráton São Francisco (CSF). As porções superiores da bacia do Paraopeba estão inseridas no QF e apresentam diversas evidências 
de controles litoestrutural e tectônico da drenagem associados à matriz estrutural herdada do Ciclo Brasiliano (MAGALHÃES; SAADI, 
1994, BARROS; MAGALHÃES, 2018). Por sua vez, o restante de ambas as bacias se desenvolve no CSF, caracterizado por estabilidade 
tectônica pós-arqueana (SAADI, 1991). Sendo assim, a região de transição entre os domínios foi marcada por uma dinâmica tectônica 
particular, sob influência das faixas móveis brasilianas.
Embora Oliveira (2019) destaque a diferença na forma das bacias desses rios, a aplicação dos índices FABD e FSTT ainda não foi 
feita para a totalidades delas, sobretudo de modo comparado. Apenas Carvalho et al. (2020) aplicou o FABD na porção média da bacia 
do rio Paraopeba. Buscando contribuir com os conhecimentos sobre a evolução da hidrografia e do relevo regional, em especial 
quanto ao controle geológico (litoestrutural e/ou neotectônico), o presente trabalho tem o objetivo de investigar e comparar 
assimetrias de drenagem nas bacias dos rios Pará e Paraopeba. A concepção do trabalho parte, então, da ideia de que as zonas de 
contato entre os diferentes compartimentos geomorfológicos interiores do Brasil Oriental são estratégicas para os avanços dos 
conhecimentos sobre as respostas da rede de drenagem ao arcabouço geológico regional.
Os rios Pará e Paraopeba são importantes contribuintes do alto Rio São Francisco (Figura 1). O rio Paraopeba percorre ~550 km até 
sua foz na represa de Três Marias e possui ~13.600 km² de área. Por sua vez, a bacia do rio Pará possui área ~12.200 km² e o canal 
principal percorre ~310 km.
Enquanto a bacia do rio Paraopeba apresenta formato estreito e alongado, próximo ao retangular (SCHVARTZMAN et al., 2002), a bacia 
do rio Pará possui formato mais arredondado. O padrão de drenagem é predominantemente dendrítico em ambas e orientação 
predominante dos rios principais é SSE–NNW (OLIVEIRA, 2019).
Nas porções superiores das bacias ocorrem rochas arqueanas do embasamento cristalino: Complexo Belo Horizonte, gnaisse Alberto 
Flores e gnaisse Fernão Dias (CARNEIRO, 1992; NOCE et al., 1997; INACHVILI, 2014) – Figura 1. Essas áreas são marcadas por colinas 
convexas e cristas alongadas, vales abertos e geralmente entulhados (TULLER et al., 2010). Na porção oeste do QF predominam rochas 
dos supergrupos Rio das Velhas e Minas, sustentando os relevos serranos escarpados. A maior resistência à desnudação das porções 
serranas do QF provém dos quartzitos e formações ferríferas bandadas (itabiritos), cujas taxas de desnudação são inferiores às do 
embasamento (SALGADO et al., 2004; VARAJÃO et al., 2009). Na porção inferior das bacias, sobretudo na do rio Paraopeba, predominam 
unidades do Grupo Bambuí: formações Serra da Saudade, Lagoa do Jacaré, Serra de Santa Helena, Sete Lagoas e Carrancas (PERILLO, 
1998; OLIVEIRA, 1999; ROMANO, 2007). Enquanto nas áreas de ocorrência da Formação Sete Lagoas ocorre relevo cárstico bordejado por 
morros e serras, nas da Formação Serra de Santa Helena notam-se elevações suavizadas com coberturas detrito-lateríticas derivadas 
do intemperismo dos pelitos (TULLER et al., 2010).
Material e métodos
A delimitação das bacias hidrográficas foi realizada por meio do produto Bacias 
Hidrográficas do Brasil (BHB250), em escala 1:250.000, no formato vetorial, 
disponibilizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística  (IBGE). A 
hidrografia em escala 1:50.000 foi obtida em formato vetorial no portal 
Infraestrutura de Dados Espaciais do Sistema Estadual de Meio Ambiente e 
Recursos Hídricos  (IDE-SISEMA) do Governo do Estado de Minas Gerais, enquanto a 
geologia foi obtida em formato vetorial no Portal da Geologia  em escala 
1:1.000.000. Também foi utilizado o Modelo digital de elevação (MDE) Shuttle 
Radar Topography Mission (SRTM) com resolução espacial de 30 metros, 
disponibilizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) no portal 
TopoData . Os dados foram importados para os softwares QGIS e/ou ArcGis. 
Tendo em vista a extensão e a complexidade estrutural e morfológica da área, o 
FABD e o FSTT foram aplicados para as bacias principais e também para as sub-
bacias, sendo estas escolhidas considerando que o rio principal fosse de 3ª 
ordem ou superior na hierarquia de Strahler (1952), e que houvesse diversidade 
estrutural e morfológica. Na bacia do Rio Pará, foram selecionados: na margem 
esquerda, os rios Itapecerica e Lambari (7ª ordem) e Picão e (6ª ordem); na 
margem direita, o rio São João (7ª ordem). Na bacia do Rio Paraopeba, foram 
selecionados: na margem esquerda, os rios rio Brumado (7ª ordem), Macaúbas, 
Manso, Serra Azul (6ª ordem) e Pardo (5ª ordem); na margem direita, rio Maranhão 
(7ª ordem), Betim, Macacos, Grande (6ª ordem) e ribeirão do Cedro (5ª ordem).
O FABD foi proposto por Hare e Gardner (1985) conforme a Equação 1: 
FABD=100*(Ar/At).
Sendo, Ar a área da margem direta da bacia e At a área total da bacia 
hidrográfica. Valores próximos a 50 indicam pouca ou nenhuma migração lateral, 
valores inferiores a 50 denotam migração mais pronunciada do rio principal para 
a margem direita, e valores acima de 50 indicam migração mais pronunciada do rio 
principal para a margem esquerda (SALAMUNI, 1998).
Tendo em vista que as bacias estudadas drenam diferentes compartimentos 
geológicos, o FABD foi calculado para as bacias como um todo, mas também para 
alguns segmentos. Na bacia do Rio Pará, o cálculo do FABD foi realizado para 
dois segmentos: um referente à área da bacia sobre o embasamento cristalino; e o 
outro referente à área da bacia sobre o Grupo Bambuí. Na bacia do Rio Paraopeba, 
o cálculo foi realizado para quatro segmentos: a) da nascente até o Fecho de 
Jeceaba; b) do Fecho de Jeceaba até o Fecho do Funil; c) do Fecho do Funil até a 
transição para o Grupo Bambuí; e d) no Grupo Bambuí. Os “fechos” são cortes 
epigênicos que representam importantes níveis de base locais e separam 
diferentes unidades do Embasamento. À montante do Fecho de Jeceaba se encontram 
rochas do chamado “Cinturão Mineiro” (TEIXEIRA et al., 2000; ALKMIM, 2018): 
granitos e rochas metassedimentares e metavulcânicas de idades 
paleoproterozoicas, compreendidas entre 2,45 e 2,10 Ga, que se distribuem ao 
longo de uma faixa de terreno de orientação NE-SW situada a sudoeste do 
Quadrilátero Ferrífero. Já à jusante do Fecho de Jeceaba ocorre o Embasamento 
arqueano, com rochas gnáissicas e granitos de idades arqueanas compreendidas 
entre 3,20 e 2,80 Ga (ALKMIM, 2018).
Por sua vez, o FSTT foi proposto por Cox (1994) conforme a Equação 2: 
T=Da/Dd.
Sendo, Da a distância entre a linha média e o curso d’água e Dd a distância 
entre a linha média e o divisor da bacia. Valores entre 0 e 0,4 denotam baixo 
grau de anomalia, valores entre 0,41 e 0,8 médio grau de anomalia e valores 
entre 0,81 e 1 alto grau de anomalia (FIRMINO, 2015).
Resultado e discussão
Em geral, os resultados obtidos evidenciam significativa diferença na 
organização hidrográfica entre as bacias estudadas. Ademais, tendo vista os 
diferentes compartimentos geológicos atravessados pela rede de drenagem, por 
vezes, o resultado da bacia como um todo acaba apresentando uma média que 
mascara importantes anomalias em alguns trechos.
O FABD obtido para a bacia do rio Pará é de 35,65 (Figura 2), indicando 
deslocamento do canal principal para a margem direita (NE). Entretanto, a bacia 
do Rio Pará pode ser subdividida em dois segmentos bem definidos em termos 
litoestruturais (Figura 3), por isso o cálculo do FABD foi realizado também para 
esses segmentos. No embasamento cristalino, o resultado é igual a 37,56, 
denotando deslocamento levemente maior para a margem direita (NE) que no trecho 
sobre o Grupo Bambuí, onde é igual a 41,32, caracterizando também deslocamento 
para a margem direita (NE). Por sua vez, o FSTT indica anomalias de baixo grau 
ao longo do rio principal, o que caracteriza uma bacia simétrica. Esta simetria 
se configura mesmo com o rio atravessando distintas litologias e estruturas 
geológicas: os maiores valores obtidos para os segmentos referidos anteriormente 
são, respectivamente, 0,77 e 0,86, sendo estas anomalias pontuais.
Nos rios Itapecerica, São João, Lambari e Picão, os valores obtidos para o FABD 
(Figura 2) indicam baixa migração lateral dos canais fluviais. As anomalias 
identificadas para o FSTT (Figura 2) sinalizam o mesmo sentido de deslocamento 
do canal fluvial. Trata-se de uma área com relevo maduro, composto de colinas 
suaves e topos aplainados (ROMANO, 2007). Entretanto, a sub-bacia do rio Picão 
(Figura 3) apresenta maior migração lateral e deslocamento para ambas as 
margens. Esse deslocamento ocorre em trecho de Formações Superficiais 
Inconsolidadas que recobrem o Embasamento Cristalino. Já na transição para o 
Grupo Bambuí, o canal passa a ter baixa migração lateral, mas está deslocado do 
eixo central da bacia e se aproxima significativamente do interflúvio, 
apresentando anomalias médias a altas de FSTT.
Para a bacia do rio Paraopeba, por sua vez, obteve-se um FABD de 47,45 (Figura 
2), o que explicita uma posição relativamente centralizada do rio principal, com 
pouca migração lateral. Entretanto, a bacia do Rio Paraopeba pode ser 
subdividida em quatro segmentos bem definidos em termos litoestruturais (Figura 
3), por isso, o cálculo do FABD foi realizado também para esses segmentos: a) da 
nascente até o Fecho de Jeceaba: 44,50, com um leve deslocamento do rio para a 
margem direita (E); b) do Fecho de Jeceaba até o Fecho do Funil: 25,33, 
indicando um forte deslocamento do rio para a margem direita (NE); c) do Fecho 
do Funil até a transição com o Grupo Bambuí: 58,06, com um leve deslocamento 
para a margem esquerda (W); d) por fim, o segmento no Grupo Bambuí apresenta 
valor de 62,19, denotando deslocamento um pouco maior para a margem esquerda 
(W). O FSTT indica anomalias de médio grau, principalmente quando o rio 
atravessa o Fecho de Jeceaba. Os maiores valores de cada segmento são: a) 0,47; 
b) 0,57; c) 0,43; d) 0,47.
No alto Paraopeba, o rio Brumado, afluente de margem esquerda, apresenta o canal 
principal centralizado e com anomalias de baixo grau no FSTT (Figura 2). Já o 
rio Maranhão, afluente de margem direita, se encontra bastante deslocado do eixo 
central da bacia (Figura 3), com valor do FABD igual a 83,99 e anomalias de 
médio grau para o FSTT por quase todo o curso. Este contraste de simetria entre 
as bacias do alto Paraopeba evidencia perturbações na organização da drenagem 
mais próxima à borda do CSF, sugerindo, inclusive, soerguimento neotectônico da 
borda Sul do QF.
Na área entre os fechos de Jeceaba e Funil, o rio Paraopeba se encontra bastante 
deslocado para a margem direita, isto é, em direção ao QF/borda do CSF. Do mesmo 
modo, os afluentes de margem esquerda (rios Macaúbas e Manso) mostram, em 
diferentes graus, deslocamentos para a mesma direção, tendo a bacia do Rio Manso 
FABD igual a 26.
No médio Paraopeba, entre o fecho do Funil e a transição para o Grupo Bambuí, o 
ribeirão Serra Azul e o rio Betim mostram valores de FABD e FSTT (Figura 2) de 
canais com baixa assimetria e anomalias. No ribeirão Grande, o FABD mostra que o 
curso principal é simétrico, porém, quando analisado o FSTT, é percebido que há 
anomalias de médio e alto grau, chegando a valores de até 0,82. Um conjunto de 
falhas de cisalhamento transcorrente (NNW-SSE a NNE-SSW) controla a direção da 
drenagem e promove entulhamento do canal principal e de seus afluentes devido a 
movimentações neotectônicas (CARVALHO et al., 2020). No ribeirão dos Macacos, o 
FABD evidencia deslocamento para a margem direita e o FSTT reforça esta 
tendência no alto curso. Logo após o curso d’água atravessar um conjunto de 
falhas de zona de cisalhamento transcorrente (N-S a NE-SW), o canal principal 
apresenta entulhamento, levando a entender que tais falhas também possam ter 
sido reativadas, promovendo movimentações neotectônicas positivas que 
intensificaram os processos erosivos no alto curso. Por não haver energia 
suficiente para transporte, ocorreria então intensificação dos eventos de 
sedimentação a jusante, como apontam Carvalho et al. (2020). Assim, hoje, o 
ribeirão deixa de drenar sobre o Embasamento cristalino e passa a correr sobre 
as Formações Superficiais Inconsolidadas que o recobrem.
No baixo Paraopeba, o ribeirão do Cedro apresenta um valor para o FABD que 
indica baixa assimetria e o FSTT (Figura 2) possui anomalias de médio grau na 
transição do Grupo Bambuí para Formações Superficiais Inconsolidadas que 
recobrem o Embasamento cristalino. Também aqui, o baixo curso sofreu 
entulhamento devido a movimentações neotectônicas e controle litoestrutural da 
drenagem (CARVALHO et al., 2020). Já o rio Pardo apresenta FABD de 18,34, 
estando fortemente deslocado do eixo central da bacia em direção à margem 
direita (E). O FSTT apresenta, por quase toda a extensão do canal, anomalias de 
médio e alto grau, chegando a valores de 0,87. No alto curso, ele drena o 
Embasamento cristalino, já no médio curso ocorre a transição para o Grupo 
Bambuí, por onde segue até a foz. Assim, com base em Carvalho et al. (2020), 
levanta-se a hipótese de basculamento de bloco tectônico, que levaria o canal 
principal a migrar lateralmente na Depressão do Rio Paraopeba.

Mapa principal: Agrupamentos geológicos (simplificado). Encartes: a) Hipsometria.

Quadro síntese dos valores dos índices de simetria.

Mosaico de mapas das bacias do rio Pará e Paraopeba com o índice FSTT e área de margem direita.
Considerações Finais
Os índices morfométricos aplicados evidenciam o controle geológico na evolução 
da drenagem e do 
relevo nas bacias dos rios Pará e Paraopeba. Em geral, observam-se maiores 
evidências de 
perturbações na organização da drenagem mais próxima do QF/borda do CSF, 
possivelmente em razão 
do controle exercido pela complexa matriz estrutural herdadas dos ciclos 
Transamazônico e 
Brasiliano, além de reativações neotectônicas.Desse modo, a bacia do Pará se 
mostra menos afetada 
por anomalias ou assimetrias de drenagem, exceto na sub-bacia do Picão, que 
denota forte controle 
litoestrutural e possivelmente tectônico. A bacia do Paraopeba e suas sub-
bacias, em média, 
também não apresentam expressivas anomalias ou assimetrias. Porém, é clara a 
diferença do 
comportamento da drenagem nos diversos compartimentos litoestruturais. Destaca-
se o trecho da 
bacia entre os fechos do Funil e Jeceaba, além das sub-bacias dos rios Manso e 
Maranhão, sob 
forte influência das perturbações tectônicas e estruturais do QF/borda do CSF. 
Distante desta, 
porém, já no baixo curso, a sub-bacia do Rio Pardo também apresenta fortes 
anomalias, permitindo 
inferir, em conjunto com dados da literatura, a possibilidade de basculamento 
tectônico nesse 
trecho.
Agradecimentos
Ao CNPq pela bolsa de produtividade e pelas bolsas de iniciação científica; à 
FAPEMIG pelas bolsas de iniciação científica e pelo apoio financeiro (Projeto APQ-
00511-21); ao grupo RIVUS - Geomorfologia e Recursos Hídricos (UFMG).
Referências
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