Autores
- LUIS FELIPE FERREIRA BATISTAUNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIAEmail: luisfebat@gmail.com
 - ALAN SILVEIRAUNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIAEmail: silveiraalan8@gmail.com
 
Resumo
O presente trabalho visa analisar a rede de drenagem do Córrego do Japão, a 
partir de Perfil Longitudinal e da aplicação Índice Relação Declividade-Extensão 
(RDE). Tem como intuito de entender a influência dos diferentes materiais para o 
controle do padrão e instalação dos canais, tendo em vista o contexto geológico, 
geomorfológico e pedológico. A bacia estudada é afluente da margem esquerda do 
Rio Bagagem, localiza-se no município de Estrela do Sul (MG) e tem nascentes que 
partem das escarpas das bordas dos Planaltos Tabulares da Bacia do Paraná, que 
se dirigem aos Planaltos Dissecados da Faixa Brasília. A bacia em análise é 
interceptada por zonas de cisalhamento sinistral que foram afetadas em três 
eventos tectônicos, sendo o mais recente há cerca de 90 Ma. Questiona-se, 
portanto, a existência de deformações neotectônicas e a imposição estrutural dos 
terrenos pré-cambrianos ao sistema de canais fluviais e pluviais, e a 
resistência dos litotipos frente aos processos erosivos.
Palavras chaves
Anomalia; Drenagem; Estrutura; Neotectônica; Zona de Cisalhamento
Introdução
A neotectônica tem papel importante na gênese do relevo moderno, ao considerar 
os movimentos tectônicos ou reativação de falhas antigas no período do Neógeno 
ao Quaternário (OBRUCHEV, 1948 apud SUGUIO; MARTIN, 1996). Parte da região do 
Alto Paranaíba, oeste de Minas Gerais, apresenta uma antiga cadeia de montanhas 
Neoproterozóica denominada Faixa Brasília, a qual, de acordo com Fonseca et al. 
(2021), esteve em estabilidade tectônica desde o Paleozoico, com fase final de 
exumação do orógeno mais especificamente entre o Devoniano e Permiano (FONSECA 
et al., 2020).
Durante o Cretáceo a região da Faixa Brasília foi afetada por reativações 
tectônicas (FONSECA et al., 2020), onde ocorreram intrusões kimberlíticas e 
carbonatíticas facilitadas pelos lineamentos Azimute 125º (MORAES ROCHA et al., 
2014; MORAES ROCHA et al., 2019), provocando soerguimentos na região, dando 
origem a Província Ígnea do Alto Paranaíba (ARAÚJO et al., 2001; RICCOMINI et 
al., 2005). O evento esteve associado ao rifteamento do Oceano Atlântico que 
ocorreu por volta de 126 Ma (RICCOMINI et al., 2005). Destaca-se que os 
lineamentos presentes nas proximidades e inseridos na área da Bacia Hidrográfica 
do Córrego do Japão, são abordados por Moraes Rocha et al. (2014) como zonas de 
cisalhamento sinistral formadas durante o Evento Brasiliano com idades da ordem 
de entre 790 Ma e 622 Ma segundo relações de corte com rochas da Faixa Brasília 
(MORAES ROCHA et al., 2014; MORAES ROCHA et al., 2019).  As zonas de 
cisalhamento seriam afetadas por movimentos durante o Evento Brasiliano (950 Ma 
a 520 Ma), durante a fragmentação do Gondwana (180 Ma) e durante a passagem da 
Pluma de Trindade responsável pela formação de corpos intrusivos alcalinos (90 
Ma) (MORAES ROCHA et al., 2014).
Levando em consideração que os canais de drenagem são feições que se ajustam 
mais rapidamente às alterações na paisagem/deformações crustais (ETCHEBEHERE et 
al., 2004), o estudo das bacias hidrográficas se constitui como etapa importante 
para o entendimento da evolução do relevo e das características das rochas 
frente à erosão ou até mesmo às influências neotectônicas. Segundo Hack (1973), 
a análise do sistema de drenagens pode fornecer dados acerca das condições das 
rochas ou dos materiais subjacentes e outros fatores que podem influenciar nas 
diferentes formas de relevo e evolução geomórfica, sendo necessário também 
considerações sobre as influências climáticas e tectônicas. Burnett e Schumm 
(1983) demonstraram que a caracterização da morfologia dos canais, da 
declividade e profundidade do vale, e dos padrões de drenagem podem apontar 
indícios sobre a influência da neotectônica e a dinâmica evolutiva da rede 
fluvial e ajuste dos canais.
Etchebehere et al. (2004) apresentam a aplicação do Índice RDE (Relação 
Declividade Extensão), que consiste numa tradução do Índice SL (slope x lenght) 
de Hack (1973), aplicado inicialmente com sucesso para identificação de 
fenômenos tectônicos em diversos estudos sintetizados por Etchebehere (op. 
cit.). Dessa forma, o objetivo do presente trabalho foi aplicar o Índice RDE 
(ETCHEBEHERE et al., 2004) e analisar o Perfil Longitudinal do Córrego do Japão, 
com a finalidade de relacionar suas características de drenagem com os aspectos 
geopedológicos, sobretudo os litológicos e morfoestruturais.
A área de estudo corresponde à bacia do Córrego do Japão (Figura 1), afluente da 
margem esquerda do Rio Bagagem, município de Estrela do Sul (MG). Os canais de 
primeira ordem nascem em borda escarpada da Bacia do Paraná e se dirigem à Faixa 
Brasília, sobre terrenos pré-cambrianos de gnaisses, metassedimentos e granitos. 
A escolha dessa bacia se justifica pelos diferentes padrões de drenagem, setores 
de alargamento do vale em fundo plano na média bacia, seguido por estreitamento 
dos vales em direção à baixa bacia; além dos diferentes contextos 
morfoestruturais e morfoesculturais, marcados pela transição bacia 
sedimentar/faixa de dobramentos.
Material e métodos
Do ponto de vista geológico, a área está inserida na Zona Interna da Faixa de 
Dobramentos Brasília, segundo compartimentação de Uhlein et al. (2012). A Faixa 
Brasília Meridional, localizada a oeste do Cráton do São Francisco (FUCK, 1994), 
é representada na região de Estrela do Sul por metassedimentos do Grupo Araxá e 
terrenos granítico-gnáissicos (FUCK et al., 1994; CHAVES E DIAS, 2017). Assim 
como já descrito por Seer et al. (2007), e retomado por Chaves e Dias (2017), as 
unidades metassedimentares da região são separadas dos terrenos granito-
gnáissicos por zonas de cisalhamento NW-SE, as quais foram abordadas por Moraes 
Rocha et al. (2014) e Moraes Rocha et al. (2019) e citadas na introdução do 
presente trabalho.
A aplicação do Índice Relação Declividade-Extensão (RDE) ou RDEtrecho foi 
realizada de acordo com Etchebehere et al. (2004), em que os valores são obtidos 
a partir da razão entre amplitude altimétrica de cada seguimento do canal e o 
logaritmo natural de extensão do curso. O RDE é expresso através de:
RDE=(ΔH/ΔL)xL
Onde ΔH é referente à diferença de altitude entre dois pontos de um seguimento 
do canal, ou seja, a diferença altimétrica entre duas curvas de nível 
subsequentes; ΔL é a distância horizontal do seguimento entre duas curvas de 
nível; e L é a medida total do canal desde a cabeceira até a curva de nível 
jusante do seguimento calculado. 
Foi também aplicado o Índice RDEtotal, que é expresso por:
RDE=(ΔH/lnL)
Onde RDEtotal é a razão da amplitude altimétrica entre a nascente e a foz (ΔH) 
com o logaritmo natural da extensão total do canal (lnL). A partir da razão 
entre RDEtrecho e RDEtotal foi possível obter a ordem das anomalias, em que 
valores de setores anômalos seguiram os limiares utilizados por Rubira e Perez 
Filho (2017), definidos por Seeber e Gornitz (1983), os quais: <2 são 
desprezados pois trata-se do limiar inferior das anomalias; >2 e <10 
correspondem a anomalias de 2ª Ordem; e >10 são referentes a anomalias de 1ª 
Ordem. De acordo com Rubira e Perez Filho (2017), os desajustes na concavidade 
do perfil longitudinal se apresentam como anomalias.
Para obtenção dos índices e do perfil longitudinal foi necessário a organização 
de uma base cartográfica na escala 1:25.000. As curvas de nível foram geradas a 
partir de imagens de SRTM (24521 e 24522) disponibilizadas no banco de dados do 
IBGE, com equidistância de 20 metros. As drenagens foram extraídas por 
fotointerpretação, utilizando as ortofotos 2452-1-SE e 2452-2-SO do IBGE (2007). 
No total foram vetorizados 2223 canais fluviais e pluvias. 
Após obtenção dos valores de extensão do canal, dos seguimentos, de amplitude 
altimétrica, tais valores foram tabulados em uma planilha para cálculo e 
obtenção dos índices, e construção do perfil. No eixo das abscissas foi inserida 
a extensão do Córrego do Japão em quilômetros, iniciando na cabeceira e tendo 
fim na foz, e no eixo das ordenadas a variação altimétrica ao longo do percurso, 
com inserção do gráfico logarítmico do perfil (linha de melhor ajuste) como 
recomendado por Hack (1973). Também foi inserido o gráfico das anomalias, 
representante do Índice SL de Hack.
Após geração do Perfil Longitudinal e obtenção da linha de melhor ajuste, foram 
integrados dados geopedológicos produzidos por Batista (2023). A representação e 
construção do Perfil com a inserção dos contextos geológico, geomorfológico e 
pedológico esteve baseada na organização de Rubira e Perez Filho (2017).
No estudo dos perfis, quando acima da linha de melhor ajuste, geralmente 
interpreta-se como áreas de soerguimento, e abaixo da linha como regiões de 
subsidência. No presente trabalho a análise dos dados foi realizada considerando 
a variação dos diferentes materiais do substrato ao longo do curso.
Resultado e discussão
A bacia hidrográfica do Córrego do Japão, tributário do Rio Bagagem, possui uma 
área de 59,8 km2, com cerca de 2223 canais pluviais e fluviais que juntos somam 
320,2 km de distância. Apesar de não ser uma bacia de vasta área, apresenta uma 
diversidade dos padrões de drenagem que foi desenvolvida sobre diferentes 
litotipos. 
Batista et al. (2021) e Batista (2023) mapearam a região como uma transição 
entre Planaltos Tabulares da borda nordeste da Bacia do Paraná para Planaltos 
Dissecados da Faixa Brasília. Dessa forma, ao sul, em contexto de Planaltos 
Tabulares, os autores posicionam litologias da Bacia do Paraná, mais 
especificamente arenitos da Formação Botucatu, depositados sobre gnaisses. Esses 
arenitos também foram encontrados em meio aos Planaltos Dissecados na forma de 
relevos residuais ou morros testemunhos com feições ruiniformes.
Levando em consideração o contexto geomorfopedológico abordado por Batista et 
al. (2021) e Batista (2023), e que Latossolos são caracterizados por suas 
ocorrências em zonas intertropicais em paisagens antigas (MARQUES, 2021), a rede 
hidrográfica da bacia do Córrego Japão instalou-se em um relevo dissecado, o 
qual é resultado do rejuvenescimento e inversão da paisagem sobre áreas 
tabulares da Bacia do Paraná. Os canais de primeira ordem partem da escarpa 
erosiva que delimita a Bacia do Paraná da Faixa Brasília, percorrendo o 
embasamento cristalino pré-cambriano que se constitui como uma depressão 
relativa aos Planaltos Tabulares (BATISTA, 2023), estes condizentes ao nível da 
Superfície Sul Americana (KING, 1956). 
Isso pode ser observado na Figura 2, onde as coberturas latossolizadas 
sobrejacentes à arenitos da Formação Botucatu se posicionam em cotas superiores 
em relação ao embasamento cristalino (Figura 2). Nessa borda escarpada do 
Planalto Tabular, sustentada por Plintossolos Pétricos e arenitos, partem os 
canais de primeira ordem em cabeceiras de drenagem na forma de anfiteatros 
(concavidades).
O Córrego do Japão tem cerca de 20 km de comprimento. Conforme ilustra a Figura 
3, tem sua nascente em cabeceira de drenagem à 983 metros de altitude, instalada 
em concavidade da escarpa erosiva e foz por volta de 680 metros de altitude, 
apresentando uma amplitude altimétrica total de 303 metros. O Perfil 
Longitudinal (Figura 3), ilustra que ao longo de todo o percurso, o Córrego 
manifesta diferentes morfologias, seja em ruptura ou grau de declividade das 
concavidades, assim como extensão dessas formas. A linha de melhor ajuste do 
canal, apresenta-se abaixo do Perfil em setor de alto curso e acima deste em 
setores de médio e baixo curso. Na maior parte do percurso, os valores de 
anomalias se mantêm entre 2 e 4 (2ª Ordem de anomalias), e na transição entre 
alta e média bacia atinge picos de 11,5 e 17,8 (1ª Ordem de anomalias), se 
estabilizando abaixo de 4 em médio curso e com valores retomados acima de 4 
somente em baixo curso.
Em seu alto curso, o canal intercepta uma sequência de coberturas constituídas 
por Plintossolos Pétricos, seguida de arenitos da Formação Botucatu depositados 
sobre o embasamento. Como demostrado no Perfil (Figura 3), esse local apresenta 
alta declividade com uma rápida variação de altimetria, onde o canal se mantém 
em vale em V até os seus primeiros 4 km, seguido por uma quebra na altitude de 
830 metros. Durante esse trajeto em contexto de alta bacia o padrão de drenagem 
observado é dendrítico. Nos primeiros metros, sucede-se passagem do Perfil 
abaixo da linha de ajuste, para acima desta, com pico nos valores de anomalia 
que atingem 4,4 (2ª Ordem). Esse pico se dá possivelmente pela transição 
estratigráfica. 
A cabeceira do canal se encontra abaixo da linha de melhor ajuste, região em que 
a escarpa é sustentada por arenitos silicificados sobrepostos por Plintossolos 
Pétricos. Em seguida, a transição Bacia/Embasamento é marcada pela transição do 
Perfil sobre a linha de melhor ajuste, apresentando quebras consideráveis e 
mudança na declividade, o que pode evidenciar o controle lito-estrutural e zonas 
de remoção. No ponto de ruptura do Perfil os picos chegam a anomalias de 1ª 
Ordem (11,5 e 17,8). Estima-se que as anomalias estejam relacionadas a essa 
mudança brusca na declividade do canal, causada pela variação das diferentes 
caraterísticas apresentadas pelo Ortognaisse, dada sua heterogeneidade, ou 
também pela mudança na composição do material da vertente, se caracterizando por 
possível depósito coluvionar, uma vez que o canal nesse setor se posiciona ao 
sopé da escarpa erosiva.
Por volta dos 6 km, em médio curso, a morfologia do Perfil se apresenta mais 
suave e retilínea, encaminhando com tal padrão até a foz que se encontra em 
altitude de 680 metros. Destaca-se que nesse setor a adiante, apesar de o canal 
se instalar abaixo da linha de melhor ajuste, apresenta padrão semelhante a 
esta. A mudança no padrão é uma resposta aos diferentes materiais sobre os quais 
o córrego se desenvolve, onde agora apresenta leito de fundo plano e morfologia 
meandrante, erode parte de terraços antigos, os retrabalha e deposita na forma 
de barras de pontal. Uma vez que os depósitos aluviais ocupam apenas a margem 
sul do canal, o vale se constrói em forma assimétrica com vertentes declivosas a 
norte e ao sul como rampas amplas de mergulho suave. Destaca-se que nesses 
locais de superfícies planas ao longo do médio curso, os valores de anomalia 
tornam a baixar, inferiores a 4 (2ª Ordem).
O rio volta a entalhar em vales confinados entre 15 e 16 km de sua extensão até 
a foz. Apesar de não ocorrerem mudanças no Perfil, acontecem alternâncias nos 
materiais sobre os quais o canal corre. Nesse contexto o papel estrutural se faz 
ainda mais evidente, e o curso é controlado por cotovelos que marcam lineamentos 
de drenagem e assimetria do vale, onde o setor NW apresenta longa vertente com 
padrões de drenagem dendrítica e o setor SE com vertentes curtas e canais de 
primeira e segunda ordem em padrão de drenagem paralelo. Os valores de anomalias 
de 2ª Ordem anteriormente abaixo de 4, em contexto de baixo curso tendem a 
aumentar e apontam o contraste dos materiais onde o canal agora corre em leito 
rochoso de xistos do Grupo Araxá. 
Regiões onde o Perfil se exibe acima da linha de melhor ajuste poderiam indicar 
áreas em soerguimento, com continuidade de regiões abaixo da linha que poderiam 
acusar locais de subsidência representados por depósitos aluviais quaternários 
retrabalhados pela dinâmica fluvial local e depósitos fluviais representados por 
barras de pontal. A quebra por volta dos 4 km possivelmente indica uma alteração 
no equilíbrio do canal, dada pelas variações nas características do gnaisse, 
tendo em vista a heterogeneidade dessa unidade, a qual, como destacado na Carta 
Estrela do Sul (CHAVES; DIAS, 2017), se caracteriza por feições migmatíticas 
locais e tem relações pouco estabelecidas com as outras unidades presentes na 
área.

Figura 1: Localização da área de estudo. A) Minas Gerais. B) Bacia Hidrográfica do Rio Bagagem. C) Bacia Hidrográfica do Córrego do Japão.

Figura 2: A) Hipsometria da área de estudo. No canto inferior direito Classes de Hipsometria. B) Declividade da área de estudo. No canto inferior dire

Figura 3: Perfil longitudinal do Córrego do Japão e seu contexto geopedológico da nascente a foz.
Considerações Finais
Tendo em vista que as rochas da região passaram por deformações tectônicas, 
inicialmente foi abordado contexto estrutural e os eventos que afetaram a região 
de estudo. Ao longo da área, em setores de embasamento cristalino, verificou-se a 
existência de lineamentos de drenagens, os quais indicam ajustes dos canais a uma 
tectônica antiga e/ou amoldamento dos canais aos terrenos pré-Cambrianos. 
Em adição aos apontamentos relacionados aos possíveis controles estruturais na 
drenagem, foi possível associar as anomalias no Perfil Longitudinal Córrego do 
Japão como respostas frente às mudanças litológicas ou na variação de resistência 
das rochas locais, além de modificações morfoestruturais e morfoesculturais 
(geomorfológicas), e alternâncias na cobertura de solos. Dessa forma, constatou-se 
que as transições geopedológicas também podem se apresentar como desajustes na 
concavidade do canal e alterações na declividade do mesmo, resultando em 
anomalias. 
Dadas as formas e mudança na declividade do canal ao longo do curso, pressupõem-se 
que o front escarpado continue evoluindo regressivamente até que o canal atinja 
seu equilíbrio. Abordagens acerca da erosão regressiva dos planaltos tabulares na 
região estudada foram discutidas por Batista et al. (2021) e Batista (2023), sendo 
tal recuo do front também evidenciado pela presença de relevos residuais ou morros 
testemunhos de arenitos da Formação Botucatu. Por fim, entende-se que o processo 
regressivo ocorre atualmente pela contribuição da rede hidrográfica local.
Agradecimentos
Referências
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