Autores
- GABRIELA ELIDIO DA SILVAUNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSOEmail: elidio.gabriela@unemat.br
 - FERNANDA ALMEIRA PIRESUNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSOEmail: fernanda.pires1@unemat.br
 - PAULO VITOR BEZERRA DA SILVAUNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSOEmail: paulo.vitor1@unemat.br
 - MARIA ANDRIELY SILVA VILANOVAUNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSOEmail: maria.andriely@unemat.br
 - LILIANE STEDILE DE MATOSUNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSOEmail: liliane.matos@unemat.br
 - ERNANDES SOBREIRA OLIVEIRA JUNIORUNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSOEmail: ernandes.sobreira@gmail.com
 
Resumo
Devido às mudanças climáticas, o Pantanal vem enfrentando um aumento 
significativo de dias sem precipitação, ocasionando na perda de água e no aumento 
da seca. Dado que o município de Cáceres é considerado a principal cidade 
matogrossense abrangida pelo Pantanal, esse trabalho objetivou analisar a 
dinâmica temporal das áreas úmidas no município de Cáceres/MT, na perspectiva de 
compreender o atual cenário de incêndios no bioma Pantanal. Para mapeamento das 
classes: Campo Alagado e Área Pantanosa, Formação Campestre e Corpos Hídricos 
(rios e lagos), assim como dados de área queimada do município, foram utilizadas 
imagens do satélite Landsat dos anos de 2010 e 2020, obtidas gratuitamente 
através da plataforma MapBiomas. Com a análise dos dados notou-se que a classe 
campo alagado e área pantanosa sofreu uma drástica redução em 10 anos, passando 
de 5.196,30 km² (2010) para 2.642,72 km² (2020). Em contrapartida, a formação 
campestre teve um aumento significativo de 3.283,42 km² (2010) para 6.627,06 km² 
(2020). Já os corpos hídricos tiveram uma redução de 2.283,42 km² (2010) para 
1.465,71 km² (2020). Ademais, em 2010 o município teve 312,29 km² de área 
queimada, aumentando expressivamente para 3.100,59 km² em 2020. Esses resultados 
evidenciam que à medida em que o campo alagado e área pantanosa secaram, essa 
área foi sendo substituída pela formação campestre com grande propagação das 
gramíneas na ocupação da paisagem. Dado que as gramíneas possuem baixa capacidade 
de alteração do microclima local e retenção de umidade, estas se tornaram um 
fator facilitador para os incêndios na área analisada, visto que os 1.465,71 km² 
(2020) de área queimada localizou-se especialmente nas áreas ocupadas pela 
vegetação campestre. Portanto, destaca-se a preocupação com a mudança da paisagem 
pantaneira, principalmente com a alteração do ciclo hidrológico de um ambiente 
regulador ecossistêmico, resultando em impactos nos elementos bióticos e 
abióticos que o constituem.  
Palavras chaves
Mudanças Climáticas; Planície Alagada ; Pantanal








 









 