Autores
- RODRIGO WAGNER PAIXÃOUNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - UERJEmail: rodrigowpp1@gmail.com
 - ANDRÉ AUGUSTO RODRIGUES SALGADOUFGEmail: aarsalgadoufmg@gmail.com
 - MARCELO MOTTA FREITASPUC-RIOEmail: marcelomotta@puc-rio.br
 - ANTONIO ALBERTO GOMESUNIVERSIDADE DO PORTOEmail: albgomes@gmail.com
 - PEDRO PROENÇA CUNHAUNIVERSIDADE DE COIMBRAEmail: pcunha@dct.uc.pt
 - ANTONIO MARTINSUNIVERSIDADE DE ÉVORAEmail: aam@evora.pt
 - LUIZ GUILHERME DO EIRADO SILVAUERJEmail: lgeirado@gmail.com
 - JULIO CESAR HORTA ALMEIDAUERJEmail: jchalmeida@gmail.com
 - MIGUEL ANTONIO TUPINAMBÁUERJEmail: tupinambamiguel@gmail.com
 
Resumo
O presente trabalho objetiva reconstituir a paleodrenagem da bacia hidrográfica 
do rio Paraíba do Sul através da utilização da técnica Seppômen. Para tanto, 
foram utilizadas imagens de Radar SRTM refinadas no âmbito do projeto 
TOPODATA para execução da rotina Seppômen e reconstituição paleotopográfica, 
utilizando grades de células de tamanhos 5x5km, 4x4km, 3x3km, 2x2km e 1x1km. Os 
resultados demonstram que o sistema de drenagem do rio Paraíba do Sul 
apresentava zonas de convergência de drenagem no interior do continente, 
associados aos grabens formados na tectônica Cenozoica, com evidência de 
endorreísmo pretérito na região. Esses sistemas eram desconectados por 
paleodivisores e/ou altos estruturais que foram erodidos ao longo do tempo e 
conectados por meio de capturas fluviais. Neste sentido, pode-se dizer que 
ocorreu um processo de transição fluvial de um sistema endorreico para um 
sistema exorreico por meio de capturas fluvial e erosão remontante.
Palavras chaves
Rearranjo de drenagem; Seppômen; Endorreísmo; Paraíba do Sul; Morfogênese fluvial
Introdução
As características atuais dos sistemas de drenagem são o resultado da evolução 
geológica, climática e geomorfológica da região nas quais estão inseridas. De 
fato, as bacias hidrográficas configuram um sistema aberto (CHORLEY, 1962) que 
possuem entradas (input) pelo regime de precipitação, uma funcionalidade interna 
de acordo com os elementos da paisagem presentes em seu interior e uma saída 
(output) em sua vazão líquida e sólida na foz. Neste contexto, a análise dos 
sistemas de drenagem e bacias hidrográficas constitui importante elemento no 
estudo da evolução geomorfológica da paisagem, uma vez que os rios são um dos 
principais agentes modeladores da superfície terrestre em ambientes não extremos 
em termos climáticos. A conformação, arranjo e distribuição dos sistemas de 
drenagem apresentam características intrínsecas do processo de evolução da 
paisagem de longo termo (SILVA & SANTOS, 2010; CHEREM et al., 2012). Logo, 
através do estudo desses sistemas é possível analisar a dinâmica erosiva e 
denudacional em bacias hidrográficas, bem como identificar processos de migração 
de divisores e capturas fluviais (SUMMERFIELD, 1991; BURBANK, 2002; BRICALLI, 
2016).
No Brasil, os estudos a respeito sobre mecanismos de reordenamento de drenagem, 
capturas fluviais, regressão de escarpas e morfogênese regional ainda são 
escassos. Os poucos trabalhos realizados concentraram-se em escarpamentos 
situados em margens passivas do tipo rifte (AB’SABER, 1957; CHEREM et al., 2012; 
REZENDE et al., 2013; SALGADO et al., 2016; SORDI et al., 2018; PAIXÃO et al., 
2019). Na região Sudeste do Brasil, essa margem do tipo rifte foi submetida à 
eventos tectônicos distensivos ao longo do Cenozoico, que culminaram na formação 
do Rifte Continental do Sudeste do Brasil (RCSB). Este rifte não progrediu até a 
sua completa ruptura, mas formou hemi-grabens no interior do continente 
(HEILBRON et al., 2000; RICCOMINI et al. 2010, ZÁLAN & OLIVEIRA, 2005). Além 
disso, sistemas de rifte como esse tendem a formar redes hidrográficas 
endorreicas e no Sudeste do Brasil, a temática endorreísmo fluvial foi muito 
pouco estudado, havendo apenas dois trabalhos de referência: Paixão et al. 
(2020) e Freitas et al. (2022). Provavelmente isso ocorra em função de que 
endorreísmo não é algo comum em margens passivas com clima tropical úmido. 
Entretanto, a existência do RCSB faz com que o tema mereça ser mais bem 
investigado na bacia hidrográfica do rio Paraíba do Sul.
O objetivo geral deste trabalho é elaborar a reconstituição paleotopográfica e 
paleohidrográfica na área da Bacia Hidrográfica do rio Paraíba do Sul (BHRPS) 
(Figura 1) e discutir episódios de endorreísmo e processos de rearranjo fluvial 
envolvidos na sua evolução e gênese, posteriormente, à formação do Sistema de 
Riftes Cenozóicos do Sudeste do Brasil (SRCSB). Essa reconstituição será baseada 
na técnica Seppômen. A elaboração de mapas paleotopográficos, através da rotina 
Seppômen, revela a configuração topográfica pretérita à dissecação atual dos 
sistemas de drenagem. A metodologia Seppômen foi introduzido no Brasil por 
Motoki et al. (2008), e sua abordagem cartográfica baseia-se no preenchimento de 
vales (COUTO et al., 2012). A partir do cruzamento dos dados do Mapa Seppômen 
com os dados topográficos atuais é possível estabelecer as áreas com maior 
dissecação e entalhamento fluvial e as áreas mais preservadas como relictos da 
paleopaisagem.
Material e métodos
Inicialmente, foram utilizadas a base cartográfica do IBGE na escala de 1:50.000 
através de cartas topográficas, totalizando 124 cartas para a área da BHRPS. As 
cartas topográficas estão disponíveis para download na biblioteca virtual do 
IBGE (https://biblioteca.ibge.gov.br/) e, posteriormente, as mesmas foram 
georreferenciadas no software ArcGIS. As cartas topográficas, inicialmente, 
foram utilizadas na delimitação da bacia estudada e auxiliou na caracterização 
geomorfológica da área de estudo junto com a obtenção dos resultados obtidos em 
outros procedimentos. 
Além da base cartográfica do IBGE, foram utilizadas imagem de radar SRTM 
(Shuttle Radar Topography Mission) refinadas no âmbito do projeto TOPODATA do 
Instituto Espacial de Pesquisas Espaciais (INPE) (VALERIANO & ROSSETI, 2012). Ao 
todo, foram utilizadas 9 imagens de radar que estavam inseridas na área de 
estudo que foram integradas em um mosaico único através do software ArcGIS 10.1. 
A partir da imagem SRTM mosaicada foram elaborados os mapas paleotopográficos 
através da rotina Seppômen.
Os procedimentos para confecção dos mapas Seppômen consistem na divisão da área 
de estudo em células quadráticas de mesmo tamanho e, posteriormente, extração do 
maior valor altimétrico dentro de cada célula. Os outros valores são 
desconsiderados na rotina que se segue, ignorando, assim, as morfologias de 
entalhamento dos vales. Com os valores máximos de altimetria de cada célula, foi 
realizado interpolação dos dados através da ferramenta IDW no Arcgis 10.5. O 
tamanho das células varia de acordo com o tamanho da área de estudo, recomenda-
se células de tamanho maiores para análises regionais e células com tamanho 
menores para análises em escalas locais (MARQUES NETO et al., 2019). Quanto 
maior for o tamanho da célula maior a extrapolação paleotopográfica do relevo. 
No presente trabalho, a elaboração dos mapas paleotopográficos através da rotina 
de Seppômen objetiva identificar depressões topográficas ao longo do planalto 
sudeste que podem auxiliar na identificação de eventos de endorreísmo 
preteritamente. Os mapas paleotopográficos também podem ajudar na identificação 
de paleodivisores que separavam bacias de drenagem no Planalto Sudeste. Diante 
disso, foram elaborados mapas Seppômen ou mapa de nivelamento de topos com 
diferentes tamanhos de grades de células para a BHRPS, sendo elas: 5km x 5km; 
4km x 4km; 3km x 3km; 2km x 2km; 1km x 1km. Os mapas com diferentes tamanhos de 
células possibilitam a reconstrução topográfica da área da BHRPS, permitindo 
análises em diferentes escalas espaciais e temporais.
Por fim, através dos mapas paleotopográficos com diferentes tamanhos de célula 
foram extraídas as redes de drenagem da BHRPS utilizando o conjunto de 
ferramentas do pacote Hidrology do ArcGIS 10.1. Ressalta-se que as redes de 
drenagem obtidas em cada paleotopografia representa um estágio temporal do 
sistema fluvial da BHRPS, sendo as grades que apresentam áreas maiores estão 
associadas a escalas temporais maiores. Por outro lado, as grades de áreas 
menores representam escalas temporais mais recentes.
Resultado e discussão
Os resultados obtidos através dos Mapas Seppômen demonstram uma configuração do 
relevo mais elevada e remontam à dimensão do planalto Sudeste pré-dissecação do 
sistema fluvial do rio Paraíba do Sul. Nota-se um planalto mais extenso, com 
divisores mais elevados e contínuos, além de interflúvios menos íngremes (Figura 
2).
Os resultados da reconstituição paleotopográfica demonstram características 
marcantes que valem ser mencionadas, como a presença de depressões desconexas ao 
longo da atual calha principal do rio Paraíba do Sul. Estas depressões são mais 
visíveis no mapa Seppômen com células de 5km (Figura 2A) e, conforme as células 
diminuem o tamanho nos mapas e nos aproximamos de períodos de tempo mais 
recentes, as depressões passam a ser interconectadas pela rede fluvial. Não 
coincidentemente, as depressões formadas no mapa de célula de 5km, correspondem 
aos grabens mencionados anteriormente: Taubaté, Resende, Volta Redonda, Três 
Rios e Itaocara. Além destas, também foi identificada uma depressão fechada na 
porção nordeste da BHRPS, na nascente do rio Pomba (Figura 2A). Oliveira (2019) 
analisou taxas de denudação ao longo deste divisor e identificou a formação de 
um graben no rio dos Bagres, afluente do rio Pomba, o que pode explicar a 
formação de uma depressão nesta porção da bacia hidrográfica. A presença de 
depressões fechadas ao longo da calha principal do rio Paraíba do Sul é mais uma 
evidência da formação de bacias endorreicas durante um período no planalto 
sudeste. Pela idade dos sedimentos encontrados na bacia de Taubaté, Resende e 
Volta Redonda, acredita-se que este período se deu ao longo do Mioceno, com a 
formação dos altos estruturais e tipo de sedimentação lacustre das Formações 
Floriano e Pindamonhangaba.
A diminuição do tamanho das células no Mapas Seppômen elaborados para a BHRPS 
demonstra o entalhe fluvial e dissecação do planalto sudeste até a morfologia 
atual (Figuras 2B, 2C, 2D, 2E e 2F). Ao analisar os mapas, pode-se inferir 
dissecação do planalto sudeste de jusante para montante, com entalhe vertical e 
alargamento dos vales mais proeminente na foz da BHRPS. Esta característica pode 
ser explicada pelo pulso erosivo promovido pelo nível de base atlântico no 
litoral brasileiro. Conforme a dissecação adentra o interior do planalto 
sudeste, os divisores topográficos que isolavam as depressões topográficas são 
rebaixados e, consequentemente, através de sucessivas capturas fluviais os 
grabens são incorporados ao sistema de drenagem do rio Paraíba do Sul. A partir 
da incisão fluvial e rebaixamento dos paleodivisores, o sistema fluvial dos 
grabens no planalto sudeste brasileiro deixam de ser endorreicos e passam, um a 
um, a integrar a bacia exorreica atlântica do rio Paraíba do Sul.
A análise do perfil longitudinal do rio Paraíba do Sul elaborado para o mapa 
Seppômen com célula de 5km e a morfologia atual, demonstra a ocorrência de 
depressões ao longo da calha do rio Paraíba do Sul individualizadas por altos 
estruturais, como o alto de Queluz (Figura 3). A variação topográfica entre o 
produto cartográfico e o relevo atual atinge cerca de 500m próximo à nascente. 
Pode-se perceber que as maiores diferenças topográficas ocorrem nas porções mais 
elevadas, como as áreas próximas às nascentes e nos altos topográficos que 
delimitam os grabens. O gráfico indica maior dissecação para os grabens de 
Itaocara e Três Rios que se localizam mais próximos à foz, enquanto que o graben 
de Taubaté apresenta a menor dissecação entre os grabens. A ausência de registro 
sedimentar nestes grabens pode estar associada ao fato deles terem sido muito 
dissecados. O graben de Taubaté é a depressão da BHRPS mais distante da foz o 
que pode explicar a menor dissecação do relevo e do seu registro sedimentar.
Estes resultados reforçam a ideia de erosão remontante do planalto sudeste 
gerado pelo pulso erosivo do rio Paraíba do Sul, impulsionado pelo nível de base 
atlântico, que condicionou processos de capturas fluviais por recuo de 
cabeceiras. Isto permitiu a incorporação das bacias endorreicas que estavam 
isoladas ao sistema de drenagem, sendo o graben de Taubaté o último sistema 
endorreicos integrado no sistema de drenagem atlântico do rio Paraíba do Sul. As 
bacias foram sendo capturadas da foz para as cabeceiras em direção oeste ao 
longo do planalto sudeste, até a captura do rio Tietê pelo rio Paraíba do Sul 
evidenciado pelo cotovelo de Guararema (AB'SABER, 1957). Riccomini et al. (2010) 
dataram a captura e formação do cotovelo de Guararema do Mioceno, através do 
estudo de paleocorrentes, contudo, os autores enfatizam que esta captura pode 
ter ocorrido antes da formação do sistema de drenagem do rio Paraíba do Sul, 
sendo esta, capturada por drenagens do grabén de Taubaté. O abatimento do bloco 
e formação do grabén de Taubaté teria rebaixado o nível de base local e 
aumentado o potencial erosivo das drenagens daquela região que passaram a erodir 
o bloco soerguido pelo Alto de Queluz e capturar a drenagem à montante do 
cotovelo (Riccomini et al., 2010). Esta característica também foi observada por 
Ab’Saber (1957), indicando que o cotovelo de Guararema teria sido formado antes 
da consolidação do atual sistema fluvial do rio Paraíba do Sul. Neste sentido, 
pode-se afirmar que a formação e consolidação da atual morfologia do sistema de 
drenagem do rio Paraíba do Sul se deu posteriormente ao Mioceno. Este processo 
ocorreu de maneira remontante ao longo da calha do rio Paraíba do Sul e se 
expandiu para o planalto Sudeste. 
Sendo assim, logo após a consolidação do RCSB, a bacia do rio Paraíba do Sul 
estava restrita a porção leste do continente, na frente da Serra do Mar nas 
proximidades da cidade de Campos com divisores situados na Serra de São Pedro 
(Figura 2A). Após romper este primeiro divisor, foi incorporada a primeira bacia 
endorreica, cujas drenagens do rio Pirapetinga, rio Pomba e ribeirão das Areias 
convergem para a localidade de Itaocara (Figura 2B). O pulso erosivo do rio 
Paraíba do Sul promoveu capturas fluviais incorporando novas bacias endorreicas, 
desta vez a porção de Além Paraíba, na qual convergiam o rio Paquequer, rio 
Angu, dentre outros. O divisor topográfico deste momento, situava-se na Serra da 
Prata, próximo município de Sapucaia. Neste período, o rio Pomba também avança 
para o interior até às proximidades de Leopoldina (MG) na Serra da Boa Vista 
(Figura 2B). Posteriormente, o rio Paraíba do Sul promove captura fluvial na 
cabeceira e dá origem ao estreito de Sapucaia (SARTI, 2008), incorporando a 
bacia endorreica de Três Rios. Neste mesmo período, o rio Pomba rompe o divisor 
na porção norte de Leopoldina e aumenta o potencial erosivo remontante de suas 
drenagens (Figura 2C). Após este momento, o rio Paraíba do Sul incorporou as 
bacias endorreicas de Volta Redonda e Resende, com divisores próximos à cidade 
de Queluz, no Alto Estrutural de Queluz. (Figura 2D). Por fim, o rio Paraíba do 
Sul rebaixa o divisor do alto de Queluz e incorpora o atual alto curso do rio 
Paraíba do Sul que ficava restrito à bacia sedimentar de Taubaté e consolida a 
configuração do sistema de drenagem atual associado ao nível atlântico (Figura 
2E e 2F).
Cabe ressaltar que o rebaixamento dos paleodivisores podem não ter ocorrido na 
ordem proposta acima, uma vez que a área estudada carece de dados 
geocronológicos para tal afirmação. Neste sentido, ressalta-se a necessidade de 
trabalhos geocronológicos para a datação das capturas fluviais ao longo do rio 
Paraíba do Sul para ordenar a morfogênese do sistema de drenagem do Planalto 
Sudeste com maior precisão cronológica.

Localização e Hipsometria da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul

Paleotopografia elaborada através da rotina Seppômen para a Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul com diferentes tamanhos de grade de célula.

Perfil longitudinal do rio Paraíba do Sul conjugado ao perfil topográfico entre o Mapa Seppômen com célula de 5km e a topografia atual.
Considerações Finais
A evolução do sistema de drenagem do Rio Paraíba do Sul ocorreu graças a um 
sucessivo processo de capturas fluviais das bacias endorreicas herdadas do 
processo de rifteamento durante o Cenozoico. Os grabens contidos no sistema 
fluvial do Rio Paraíba do Sul constituíam àquela época depocentros de descargas 
fluviais convergentes. Logo, a Bacia Hidrográfica do rio Paraíba do Sul não 
existia até recentemente e somente quando a atividade tectônica no RCSB diminuiu 
de intensidade, ela se organizou e entrou em fase de ajuste erosivo e expansão. 
Este aparente contrassenso ocorreu em razão de que foi somente com a diminuição da 
atividade tectônica que o pulso erosivo do rio Paraíba do Sul pode, por erosão 
remontante, capturar uma série de bacias endorreicas que se localizavam à montante 
no interior dos grabens. Este processo fez com que os cursos fluviais que antes 
tinham seus níveis de base no interior desses grabens ganhassem energia e isso 
permitiu um input erosivo remontante que organizou a rede de drenagem tal qual a 
conhecemos hoje em dia.
Agradecimentos
Referências
AB’SABER, A. N. O problema das conexões antigas e da separação da drenagem do Paraíba e do Tietê. Geomorfologia 26. São Paulo, Instituto de Geografia da USP, p. 38-49. 1957.
BRICALLI, L. L. Procedimentos Metodológicos e Técnicas em Geomorfologia Tectônica. Espaço Aberto, PPGG - UFRJ, V. 6, N.1, p. 75-110. 2016.
BURBANK, D. W. Rates of erosion and their implication for exhumation. Mineralogical Magazine, vol. 66(1), pp. 25 – 52. 2002.
CHEREM, L. F. S.; VARAJÃO, C. A. C.; BRAUCHER, R.; BOURLÉS, D.; SALGADO, A. A.; VARAJÃO, A. C. Long-term evolution of denudational escarpments in southeastern Brazil. Geomorphology. v. 173-4. p. 118-27. 2012.
CHORLEY, R. J. Geomorphology and general systems theory. U.S. Geological Survey. Prof. Paper, n. 500-B, p. 1-10. 1962.
COUTO, E. V.; FORTES, E.; SORDI, M. V.; MARQUES, M. J.; CAMOLEZI, B. A. Seppômens maps for geomorphic developments analysis: the case of Parana Plateau border, Faxinal, State of Parana, Brazil. Acta Scientarium Technology, v. 34, n. 1, p. 71-18, 2012.
FREITAS, M. M., PAIXÃO, R. W., SALGADO, A. A. R., SILVA, L. G. E., CUNHA, P. P., GOMES, A. A. T., MARTINS, A. A., ALMEIDA, J. C. H., TUPINAMBÁ, M. A., DANTAS, M. 2022. The endorheic – exorheic transition and later stage of fluvial incision in a wet tropical margin setting: the Atlantic draining Paraíba do Sul River basin (Brazil). Journal of South American Earth Sciences. https://doi.org/10.1016/j.jsames.2022.103742
HEILBRON, M.; MOHRIAK, W.; VALERIANO, C.M.; MILANI, E.; ALMEIDA J.C.H.; TUPINAMBÁ, M. From collision to extension: the roots of the southeastern continental margin of Brazil. In: TALWANI & MOHRIAK (eds). Atlantic Rifts and Continental Margins. American Geophysical Union, Geophysical Monograph Series, 115:1-34. 2000.
MARQUES NETO, R.; MOREIRA, J. A.; SILVA, F. P. Evolução de escarpamentos em margens rifte: uma discussão sobre soerguimento e desnudação na Mantiqueira Meridional a partir de mapas paleotopográficos e parâmetros geomorfométricos. Revista Brasileira de Geomorfologia, São Paulo, v.20, n.4, (Out-Dez) p.877-890, 2019.
MOTOKI, A. G.; PETRAKIS, H.; SICHEL, S. E.; CARDOSO, C. E.; MELO, R. C.; SOARES, R.; MOTOKI, K. F. Origem dos relevos do maciço sienítico do Mendanha, RJ, com base nas análises geomorfológicas e sua relação com a hipótese do vulcão de Nova Iguaçu. Geociências, v. 27, n. 1, p. 97-113, 2008.
PAIXÃO, R. W., SALGADO, A. A. R.; FREITAS, M. M.; ALMEIDA, J. C. H. Possibilidade de endorreísmo e capturas fluviais na morfogênese da Bacia do rio Paraíba do Sul. Revista Brasileira de Geomorfologia, Brasília, v.21, n.4, (Out-Dez) p.821-834. 2020. http://dx.doi.org/10.20502/rbg.v21i4.1779
PAIXÃO, R. W.; SALGADO, A. A. R.; FREITAS, M. M. Morfogênese do Divisor Hidrográfi co Paraná/Paraíba do Sul: O Caso da Sub-Bacia do Paraíbuna. Revista Brasileira de Geomorfologia, São Paulo, v.20, n.1, (Jan-Mar) p.119-136, 2019. http://dx.doi.org/10.20502/rbg.v20i1.1498
REZENDE, E. C.; SALGADO, A. A. R.; SILVA, J. R.; BOURLÈS, D.; BRAUCHER, R.; LÉANNI, L. Fatores Controladores da Evolução do Relevo no Flanco NNW do Rift Continental do Sudeste do Brasil: Uma Análise Baseada na Mensuração dos Processos Denudacionais de Longo-termo. Revista Brasileira de Geomorfologia, v.14, n.2, (Abr-Jun) p.221-234, 2013.
RICCOMINI, C.; GROHMANN, C. H.; SANT’ANNA, L. G.; HIRUMA, S. T. A Captura das Cabeceiras do Rio Tietê pelo Rio Paraíba do Sul. In: MONDENSEIGAUTTIERI, M. C.; BARTORELLI, A. CARNEIRO, C. R. LISBOA, M. B. A. L. A Obra de Aziz NacibAb'Sáber. São Paulo: Beca-BALL edições, 2010.
SALGADO, A.A.R., REZENDE, E.A., BOURLÈS, D., BRAUCHER, R., DA SILVA, J.R., GARCIA, R.A., Relief evolution of the continental rift of Southeast Brazil revealed by in situproduced10Be concentrations in river-borne sediments. Journal of South America Earth Science. 67:89–99. 2016. Disponível em:<https://doi.org/10.1016/j.jsames.2016.02.002>. 
SARTI, T. P. Condicionantes litológicos e estruturais na evolução da rede de drenagem, Sapucaia-RJ, médio vale do Rio Paraíba do Sul. Dissertação de Mestrado. Faculdade de Geologia, UERJ. 95 pp. 2008.
SILVA, T. M.; SANTOS, B. P. Sistemas de Drenagem e Evolução da Paisagem. Revista Geogr. Acadêmica v.4, n.1, 5-19. 2010.
SORDI, M. V. de, SALGADO, A. A. R., SIAME, L. BOURLÈS, D., PAISANI J. C., LEANNI, L. BRAUCHER, R., COUTO, E. VÍTOR do, ASTER TEAM. Implications of drainage rearrangement for passive margin escarpment evolution in Southern Brazil. Geomorphology. 306: 155-169. 2018. Disponível em<doi.org/10.1016/j.geomorph.2018.01.007>.
SUMMERFIELD, M. A. Global Geomorphology: An introduction to the Study of Landforms. Longman Scientific &Technical. p. 537. 1991.
VALERIANO, M. M.; ROSSETTI, D. F. Topodata: Brazilian full coverage refinement of SRTM data. Applied Geography, v. 32, p.300-309, 2012.
ZALÁN, P. V.; OLIVEIRA, J. A. B. Origem e evolução estrutural do Sistema de Riftes Cenozóicos do Sudeste do Brasil. Boletim de Geociências Petrobras, Rio de Janeiro, v. 13, n. 2, p. 269-300, maio/nov. 2005.








 









 