Autores
- VINICIUS MINELLI MOREIRAUFMGEmail: viniciusminellimoreira@gmail.com
 - DANIEL MACHADO FACURYUFMGEmail: danielfacury@gmail.com
 - RUBIA RIANE DE SOUSA ARAÚJOUFMGEmail: rubia.rianedesa@gmail.com
 - ANTONIO PEREIRA MAGALHÃES JRUFMGEmail: antonio.magalhaes.ufmg@gmail.com
 
Resumo
As áreas úmidas são sistemas hidrogeomorfológicos cuja dinâmica está ligada à 
circulação de água entre as diferentes formas e materiais do relevo. Este 
trabalho teve como objetivo caracterizar e tipificar, em caráter preliminar, as 
Áreas Úmidas (AUs) na Bacia hidrográfica do Rio Picão (BHRP), embora não tenha 
sido realizado o monitoramento extensivo das áreas úmidas de forma a acompanhar 
a sua dinâmica sazonal e anual. Estudos futuros podem auxiliar na melhor 
definição, classificação e compreensão dessas áreas. Sendo assim, as AUs 
mapeadas em ambiente SIG foram caracterizadas e agrupadas de acordo com as 
principais características hidrogeomorfológicas levantadas: contexto ambiental, 
ligação com a rede de drenagem, prováveis aspectos genéticos e manutenção de 
água nesses sistemas. Atualmente, os impactos das obras na BHRP se efetivam 
continuamente nos sistemas de AUs. Neste sentido, a identificação e 
caracterização das AUs torna-se um eficiente instrumento para subsidiar a sua 
proteção.
Palavras chaves
Áreas úmidas; SIG; sistemas hidrogeomorfológicos; caracterização; tipificação
Introdução
Áreas úmidas (AUs) são sistemas hidrogeomorfológicos de grande importância para 
a manutenção dos ecossistemas e provisão de serviços ecossistêmicos.  A sua 
configuração envolve uma complexa interação de variáveis fisiográficas, ocupando 
mais de 20% do território nacional e distribuídas em diferentes tipologias 
(CUNHA et al., 2016). No Brasil, há importantes lacunas de conhecimentos sobre a 
estruturação e dinâmica das AUs (BULLOCK; ACREMAN, 2005; TOOTH et al., 2015).
O cerrado brasileiro é um bioma rico e diverso em áreas úmidas, mas muitas 
regiões ainda carecem de levantamentos mais específicos sobre as AUs. Na bacia 
do Alto Rio São Francisco estudos, como o de Araújo et al. (2022), buscou trazer 
abordagens hidrogeomorfológicas para a compreensão genética e a dinâmica de 
lagoas marginais e áreas úmidas, ressaltando a importância ambiental desses 
elementos na região. O presente estudo se insere nesse contexto, tendo como área 
de estudos a bacia hidrográfica do Rio Picão (BHRP), afluente do Rio Pará que, 
por sua vez, é um dos principais tributários da margem direita do Alto Rio São 
Francisco. 
O trabalho tem como objetivo identificar, caracterizar e tipificar, de forma 
preliminar, as áreas úmidas na bacia do rio Picão, utilizando-se de uma 
abordagem hidrogeomorfológica. Para atingir esse objetivo, foram utilizadas 
ferramentas em Sistema de Informação Geográfica (SIG) e trabalho de campo
A área de estudo está localizada na região centro-oeste de Minas Gerais (Fig. 
1d). O quadro litológico (Fig. 1a) é formado, predominantemente, por camadas 
sedimentares com baixo grau de metamorfismo e os depósitos cenozoicos consistem 
em coberturas detrito-lateríticas que sustentam os topos suavemente ondulados da 
bacia, além dos depósitos aluviais nos fundos dos vales do rio Picão e do 
ribeirão Capivari. 
As diferenças geológicas são importantes fatores para explicar a atuação do 
intemperismo, da pedogênese e da dinâmica hidrosedimentológica fluvial (BARROS E 
MAGALHÃES JR, 2020). Na BHRP, as planícies são constituídas por sedimentos 
principalmente arenosos, areno-argilosos e argilo-silticos (CPRM, 2009b).
No contexto geomorfológico (Fig. 1c), se destacam as colinas dissecadas no 
embasamento cristalino a S-SE da bacia, onde se encontra a maior parte da 
infraestrutura urbana local. Nas áreas onde predominam coberturas detrito-
lateríticas nota-se uma incipiente densidade de drenagem, o que provavelmente 
está associado à maior permeabilidade da superfície. 
O adensamento da rede hidrográfica ocorre sobretudo à jusante da porção central 
da bacia em direção à foz, com manchas a SW também marcadas por incisão da rede 
de drenagem nessas rochas. A maior coesão e menor permeabilidade dessas 
litologias favorecem o maior fluxo superficial durante as chuvas, explicando, 
também, a maior frequência de focos erosivos na porção inferior da bacia. 
A altimetria varia entre 570 e 870m, com os maiores valores associados às 
litologias do embasamento cristalino, e os menores ao vale do rio Picão (Fig. 
1b). Essa grande mancha de planícies e terraços se mostra anômala em comparação 
com o tamanho da bacia, a capacidade e competência do rio e a sua localização no 
médio trecho dos vales. Araújo et al. (2022) sugerem que essa área pode se 
tratar de um paleocanal do rio São Francisco, o que justificaria a extensão do 
fundo de vale compatível com um curso d’água de grande porte. 
O uso da terra na BHRP mostra mosaicos de agricultura e pastagem (CBH DO RIO 
PARÁ, 2008), sobretudo em sua parte central. As modificações das paisagens pelas 
pressões antrópicas se refletem na funcionalidade e capacidade de suporte das 
AUs. As alterações realizadas nos usos da terra podem degradar esses ambientes 
tendendo a reduzir as áreas inundadas e o potencial de formação de sistemas 
úmidos por impactos associados à erosão acelerada, assoreamento e poluição, 
principalmente (MITSCH; GOSSELINK, 2015).
Material e métodos
Foram realizados os seguintes procedimentos metodológicos: elaboração de mapas 
temáticos (litologia e relevo); tratamento e manipulação do Modelo Digital de 
Terreno (MDT) Forest and Buildings Removed Copernicus DEM (FABDEM) com resolução 
espacial de 30 metros; aplicação de índices morfométricos: Topographic Wetness 
Index (TWI) e Índice de Rugosidade do Terreno; detecção das AUs via 
Sensoriamento Remoto (SR); trabalho de campo e caracterização e tipologia de AUs
Para o mapeamento do substrato litológico foram utilizadas as cartas geológicas 
do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) na escala de 1:100:000. A área de estudo 
abarca as cartas de Bom Despacho (CPRM, 2009) na sua porção meridional, e a 
carta de Abaeté (CPRM, 2009b) ao norte. Os compartimentos geomorfológicos foram 
identificados inicialmente por meio da correlação dos dados litológicos, de 
solos, de hipsometria, declividade e densidade kernel de drenagem gerados a 
partir do MDT, sendo assim uma aproximação ao mapeamento de domínios 
geomorfológicos proposto por Oliveira, Augustin e Fonseca (2017). O FABDEM foi 
classificado por Bielski et al (2023) como o melhor MDT gratuito disponível 
atualmente. O cálculo do TWI e do ICR foram feitos a partir deste arquivo. 
As áreas úmidas caracterizam-se, entre outros fatores, pela presença de solos 
hidromórficos. As condições para o acúmulo de água no solo envolvem a presença 
de solos pouco permeáveis, ou de solos muito permeáveis que facilitam a 
mobilidade do nível freático e a exfiltração na superfície. O TWI é uma técnica 
de processamento esquematizada por MATTIVI et al. (2019) que descreve a 
tendência de uma determinada área acumular água. 
O ICR é uma técnica proposta por Sampaio e Augustin (2014), que consiste na 
análise de padrões de rugosidade do terreno a partir de parâmetros numéricos do 
relevo, entendendo como rugosidade a distribuição espacial da declividade, 
permitindo um reconhecimento da dissecação e compartimentação do relevo a partir 
desta variável.
A detecção das áreas úmidas foi realizada por detecção visual e por meio do MDT 
FABDEM. A primeira foi realizada com base nas imagens do CBERS4A (Satélite Sino-
Brasileiro de Recursos Terrestres), com câmera multiespectral e pancromática de 
Ampla Varredura. Foram utilizadas imagens disponibilizadas para a região datadas 
de junho de 2021, pois apresentavam menor cobertura de nuvens. O reconhecimento 
destas feições por meio de detecção visual teve como base os critérios de cor, 
forma e textura apresentadas nas imagens de satélite, sendo que as AUs 
apresentam coloração verde escura a negra devido ao acúmulo de matéria orgânica, 
textura rugosa e formas irregulares. 
A utilização do MDT FABDEM para identificação de AUs se deu por conta da 
identificação de depressões fechadas na região. Essas depressões comumente 
consistem em locais de acúmulo de água, abrigando assim áreas úmidas. A detecção 
de depressões fechadas foi realizada seguindo a metodologia compilada por Pardo-
Igúzquiza e Dowd (2021), com as adaptações propostas por Silva et al. (2022). 
Após a detecção de depressões fechadas por essas técnicas, foi realizada a 
detecção visual descrita acima para confirmar evidências da ocorrência delas. 
Todas as áreas úmidas identificadas inicialmente foram vetorizadas em ambiente 
SIG.
O trabalho de campo foi realizado entre os dias 18 e 19 de março, logo após a 
estação chuvosa, e foi possível verificar, em algumas AUs, a presença de solos 
hidromórficos e de vegetação típica de áreas úmidas. Essa etapa foi importante 
para verificar se as litologias da área corresponderam ao mapeamento realizado, 
bem como entender a tipificá-las no contexto da paisagem da BRHP.
Com os dados obtidos nas etapas anteriores, realizou-se a caracterização e 
tipificação das AUs encontradas. Esses procedimentos se baseiam nos parâmetros 
hidrogeomorfológicos (HGM) para caracterização de áreas úmidas apresentados por 
Ferreira (2020) e Gomes (2016).
Resultado e discussão
Conforme apresentado na Figura 2a, os valores mais elevados do TWI, que indicam 
áreas com maior tendência ao acúmulo de água, coincidiram com áreas de valores 
mais reduzidos do ICR, que indicam áreas com menor rugosidade do terreno. 
Durante o trabalho de campo, foi possível confirmar que essas áreas são as que 
mais concentram áreas úmidas, estando presentes principalmente no entorno do rio 
Picão e do ribeirão Capivari, mas também em manchas de áreas mais claras 
formadas nas áreas mais elevadas com coberturas detrito-lateríticas. O TWI 
permitiu uma definição mais detalhada dos limites das AUs, enquanto o ICR, (Fig. 
2b), apresentou zonas de maior probabilidade de ocorrência dessas áreas. A parte 
mais baixa da bacia, onde ocorrem colinas dissecadas sobre os siltitos, 
apresentou os valores mais elevados no ICR e valores baixos no TWI, indicando 
áreas com menor tendência à ocorrência de áreas úmidas, o que foi confirmado 
durante o trabalho de campo. Nessa área, as áreas úmidas estão restritas à 
meandros abandonados e pequenas lagoas marginais na planície do rio Picão.  
A BHRP apresenta diferentes tipologias de AUs que estão associadas a diferentes 
substratos litológicos e contextos hidrogeomorfológicos. As AUs ocupam cerca de 
5% da área total e foram divididas em 4 tipologias (Fig. 3a). A classificação 
buscou agrupar AUs semelhantes quanto ao formato, posição topográfica, substrato 
litológico, conectividade e contexto hidrogeomorfológico, a saber: (1) AUs de 
planícies isoladas e periodicamente encharcadas; (2) AUs contínuas em várzeas 
permanentemente encharcadas; (3) AUs de cabeceira de drenagem e (4) AUs em 
depressões fechadas.
As AUs de planícies isoladas e periodicamente encharcadas (Fig. 3b) se 
concentram no entorno do rio Picão, principalmente na área de colinas dissecadas 
em siltitos. As principais característica dessas AUs são: tamanho reduzido e 
presença de água dependente das flutuações do nível do rio Picão. Essas AUs se 
restringem a planícies de pequena extensão no entorno do rio principal, não 
apresentando conexão de água aparente entre elas.
As AUs contínuas em várzeas permanentemente encharcadas (Fig. 3c) representam 
77,09% das AUs da BHRP. Se localiza na parte central da bacia, entre as cotas 
573 e 610 m, em uma extensa área plana de planícies e terraços fluviais. Essas 
planícies e terraços apresentam tamanho desproporcional em relação ao tamanho do 
rio Picão, sendo que sua gênese geomorfológica ainda precisa ser elucidada. As 
áreas úmidas desse tipo formam grandes manchas contínuas, com conexão hídrica 
por meio do substrato encharcado. As áreas úmidas nessa área já foram muito 
alteradas antropicamente, sendo esse o trecho da bacia que passou por processos 
de retificação, que permitiu o plantio de culturas (especialmente arroz) durante 
certo período. Dessa forma, o uso do solo atual nessas áreas é formado por um 
mosaico de pastagens, culturas e manchas de áreas úmidas existentes nesse setor. 
As AUs de cabeceira de drenagem (Fig. 3d) ocorrem na forma de áreas brejosas 
localizadas nos fundos do vale, com solos encharcados e geometrias irregulares. 
É comum que nos fundos de vale onde ocorre esse tipo de AU não ocorra um canal 
de água bem definido, sendo um fluxo de água difuso e lento no substrato da 
própria AU. Ocorrem preferencialmente nas cotas entre 610 e 760 m. Quando 
situadas em áreas urbanas, apresentam processo de degradação com a conversão do 
uso da terra contribuindo para processos de erosão e/ou assoreamento dos 
sistemas de AUs. Essa tipologia ocorre principalmente na parte sul da bacia, 
associado rochas cristalinas, aos siltitos do Grupo Bambuí e em vales escavados 
nas coberturas detrito-lateríticas.
As AUs em depressões fechadas (Fig. 3e) estão associadas a geometrias mais 
arredondadas em comparação com as anteriores. Essas AUs se concentram nos topos 
planos desenvolvidos nas coberturas detrito lateríticas, não apresentando 
conexão superficial com a rede de drenagem. Essas AUs estão circundadas por 
silvicultura, que predomina nas áreas de topografia favorável e dos solos mais 
profundos
Os depósitos aluvionares representam somente cerca de 7% da área da bacia, mas 
concentram, ao longo do vale do rio Picão e ribeirão Capivari, cerca de 3/4 das 
AUs mapeadas. A zona de confluência de ambos foi palco das intervenções 
responsáveis pela retificação do leito do rio Picão, o que permitiu, de maneira 
parcial, o aproveitamento de terras antes encharcadas para atividades 
agropecuárias. Apesar do avanço dessas atividades, esta zona ainda contém as AUs 
de maior extensão, formando manchas encharcadas e conectadas.
A jusante do trecho das grandes manchas encharcadas citadas acima, o rio Picão 
adentra domínios de colinas dissecadas sobre siltitos da Formação Serra da 
Saudade. Nessa área, o curso d’água apresenta fundo de vale mais estreito, com 
planícies isoladas e pontuais. Desse trecho até a foz, a ocorrência de áreas 
úmidas é muito reduzida, estando restrita a meandros e lagoas marginais no 
entorno do rio principal.
Os processos de artificialização da hidrografia regional ainda estão em pauta na 
bacia. O rio Picão tem apresentado períodos de reduzida vazão cada vez mais 
frequente, colocando em dificuldade o uso múltiplo das águas na região. Dessa 
forma, foi proposto um projeto de derivação do rio São Francisco  para o rio 
Picão que tem como objetivo regularizar a vazão deste curso d’água (PREFEITURA 
DE BOM DESPACHO, 2021). É necessário, no entanto, apontar que as AUs apresentam 
enorme importância para o fornecimento de água para os rios, funcionando como 
uma esponja, como citado por Furlan (2019). Assim sendo, projetos de recuperação 
das AUs historicamente degradadas na BHRP são extremamente necessários para 
manter a oferta hídrica em médio e longo prazo, o que pode substituir ou 
complementar a proposta de derivação do rio São Francisco, que busca aumentar a 
oferta de água por meio de outra bacia. 
Vale ressaltar que, se a retificação do rio Picão e a drenagem de parte das 
planícies encharcadas reduziu o potencial de formação de AUs na bacia, a 
possível derivação do São Francisco pode aumentá-lo, mas de forma descontrolada. 
Os processos acelerados de deposição, por exemplo, devem ser previstos para que 
se previna a colmatação das AUs existentes.
O trabalho apresenta um exemplo de aplicação da classificação de AUs 
desenvolvida por Gomes (2017) em um estudo que busca caracterizar e tipificá-las 
em uma área predominantemente rural. Durante o trabalho de campo e mapeamento em 
ambiente SIG, foi possível perceber que as definições de AUs estabelecidas por 
Gomes (2017) foram úteis para orientar a elaboração de uma classificação que se 
adequasse à escala espacial restrita. A partir da classificação proposta, foi 
possível dividir a tipologia referente às planícies inundáveis de acordo com o 
intervalo de tempo em que elas se encontram encharcadas e as AUs em depressões e 
cabeceiras de drenagem, tipos já classificados pela autora.
Dessa forma, a classificação de AUs desenvolvida por Gomes (2017) se mostrou uma 
ferramenta útil e eficiente para orientar a elaboração de uma classificação de 
ambientes que permite a identificação de características específicas dos 
ambientes ecológicos pensados e, consequentemente, subsidiar estratégias de 
conservação desses ambientes.

Características fisiográficas da BHRP. 1a) Quadro Geológico; 1b) Quadro Hipsométrico; 1c) Unidades do Relevo; 1d) Localização

TWI e ICR.

Espacialização dos tipos de AUs na BHRP.
Considerações Finais
A proteção das AUs envolve o controle dos processos de uso e ocupação da terra e 
dinâmicas de educação e conscientização ambiental. As ferramentas SIG e de SR, 
nessa perspectiva, possibilitam o monitoramento e a análise ambiental em 
diferentes escalas, levando a uma maior eficiência nos trabalhos de 
caracterização em campo, além da economia de recursos.
O cálculo do TWI, do ICR e a utilização de imagens de satélites se complementam 
e proporcionam mais eficiência na localização e mapeamento de AUs, mas, para 
além de todo o contexto físico-natural, a validação em campo é necessária para 
entender esses sistemas hidrogeomorfológicos como elementos do espaço 
geográfico. Assim, o presente trabalho deixa claro que, diante dos resultados 
obtidos, são necessárias novas pesquisas que aprofundem os conhecimentos sobre 
AUs na região. 
Ao identificar as diferentes tipologias dessas áreas é possível avaliar suas 
características e entender como elas interagem com os diferentes aspectos 
fisiográficos. Essas informações são importantes para o planejamento e gestão 
dos recursos hídricos, pois permitem identificar e proteger as áreas mais 
sensíveis e os habitats mais importantes de espécies animais e vegetais. A 
partir dessa classificação e tipificação, é possível conhecer melhor as 
características e necessidades específicas de cada área, permitindo a adoção de 
medidas mais efetivas para garantir a disponibilidade de água de qualidade e a 
conservação dos ecossistemas aquáticos e terrestres associados.
Agradecimentos
Pela colaboração para a realização da pesquisa agradecemos: ao Programa de Pós-
Graduação em Geografia (UFMG), ao Grupo RIVUS, à CAPES (Código de Financiamento 
0001) e ao CNPq pela concessão de bolsa.
Referências
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